Angola/Falta de investimento
trava desenvolvimento da agricultura em África, segundo UA
Bissau, 17
Nov 23 (ANG) - A comissária da União Africana (UA), Josefa Correia Sacko, considerou
a falta de investimento adequado por parte dos Estados-membros como o principal
fator estrangulador do desenvolvimento da agricultura em África.
A diplomata falava na abertura da 5.ª
sessão ordinária do Comité Técnico Especializado (CTE), sobre
agricultura, desenvolvimento rural, água ambiente, que
termina esta quinta-feira, na capital etíope, Addis Abeba.
Segundo uma nota de imprensa transmitida à
ANGOP, em Luanda, Josefa Sacko reconheceu que, apesar dos tempos difíceis
que afetaram o sector agrícola, foi possível alcançar muitos
resultados em conjunto no que respeita às recomendações anteriores.
“ Infelizmente, o principal destaque do
relatório é que não estamos nem perto de alcançar os objetivos de Malabo! Esta
constatação poderá desiludi-lo e, na verdade, a todos os povos de África.
“A minha percepção pessoal da principal
causa do desafio é que poucos Estados Membros afetaram recursos adequados para
implementar os seus planos nacionais da agricultura”, referiu.
Fez saber que fatores externos, como as
tendências mundiais, incluindo a COVID-19 e a subida em flecha dos preços dos
produtos de base estratégicos, os efeitos das alterações climáticas e a
estabilidade política que tem consumido muitas partes do continente, são
responsáveis pelo fraco desempenho não só no sector agrícola, mas também
noutros sectores económicos e sociais.
“ Conseguimos muito, apesar do que se
tornou um desafio perene de falta de pessoal profissional para as diferentes
atividades especializadas, especialmente na categoria de pessoal regular,
pois, dependemos em grande medida de pessoal a curto prazo e
destacado, bem como de consultores, graças aos nossos parceiros”, enfatizou.
Perante este cenário desolador, está a
decorrer um processo de planeamento pós-Malabo que já começou com
consultas às Comunidades Económicas Regionais (CER) para sua análise,
orientação e aprovação.
De acordo com a Comissária da UA, em
véspera do fim da declaração de Malabo, os Estados-membros
estão longe de ter cumprido os sete compromissos referentes ao
Programa Abrangente de Desenvolvimento da Agricultura em
África.
Esta situação provoca uma intervenção
robusta sobre o que poderá ser feito para apoiar os países a manter o
rumo do seu desempenho agrícola e criar uma solução baseada em provas, da qual
se vai tirar lições que vão permitir construir uma agenda
forte pós-Malabo, disse. ANG/Angop
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