quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

      Cooperação/Macron na Índia para consolidar parceria estratégica

Bissau,25 Jan 24(ANG) - O Presidente francês inicia esta quinta-feira, 25 de Janeiro, uma visita de dois dias à Índia, parceiro estratégico da França na região. Emmanuel Macron é o convidado de honra do primeiro-ministro Narendra Modi para as celebrações da constituição indiana.

A presidência francesa considera que esta deslocação vai permitir consolidar e aprofundar as relações diplomáticas e económicas franco-indianos e fortalecer laços entre os dois países.

O chefe de Estado francês inicia a viagem, de dois dias, em Jaipur, capital do estado do Rajastão, conhecida pelos marajás e palácios, nomeadamente o palácio dos Ventos.

Emmanuel Macron viaja depois para Nova Deli onde será convidado de honra do primeiro-ministro Narendra Modi para as celebrações da constituição indiana, que entrou em vigor a 26 de janeiro de 1950, três anos após a independência. O Presidente francês aceitou desempenhar o papel de substituto, depois de Joe Biden ter recusado o convite.

Esta visita será também uma oportunidade para abrir novas oportunidades comerciais, uma vez que o comércio bilateral atingiu 15 mil milhões de euros em 2022. Um volume modesto em comparação com o comércio França-China, estimado em mais de 100 mil milhões de euros.

As exportações francesas são principalmente os equipamentos aeronáuticos e militares, uma vez que a Índia continua com uma política proteccionista em muitos sectores, como a indústria alimentar, automóvel e farmacêutica.

A França quer aumentar a cooperação militrar com a Índia, que adquiriu 36 Rafales e está em negociações para adquirir outros 26 -  e vender seis reactores EPR para a central eléctrica de Jaitapur, no estado de Maharashtra, um projecto em preparação há cerca de quinze anos. Um acordo-quadro poderá ser concluído durante a visita, segundo uma fonte indiana.

Esta deslocação está a ser acompanhada pelas organizações de Direitos Humanos que denunciam os abusos autoritários e a repressão das minorias, instaram Emmanuel Macron a abordar a questão. A Human Rigths Watch defende que se os aliados  não deixarem claro ao governo Modi que as violações dos direitos terão consequências (…) a repressão e o autoritarismo vão continuarão a crescer na Índia”.ANG/RFI

 

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