Dia dos Combatentes/Presidente da República promove 69 combatentes da Liberdade da Pátria
Bissau,24 Jan 24(ANG) - O
Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló promoveu esta
terça-feira, 69 veteranos de luta de libertação nacional que estão na idade de
reforma, no âmbito da celebração do Dia dos Combatentes da Liberdade da Pátria
que se assinala no dia 23 de Janeiro.
Entre os 69 ex, combatentes
promovidos, consta 12 Coronéis para a patente de
Brigadeiro General, 15 Tenentes-coronéis para Coronéis, 26 Majores para
Tenente Coronéis, 16 Capitães para Major e dois oficiais superiores.
Após a cerimónia de promoção
realizada nas instalações do Estado Maior General das Forças Armadas em Bissau,
o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, disse que os
guineenses continuam a pagar as consequências do conflito
político militar de 1998 que teve como resultado a destruição do pais, que não
beneficiou ninguém e que vários familiares perderam os seus entes queridos.
“A promoção dos combatentes
da liberdade da pátria que estão na idade de reforma é um sinal forte para a
comunidade internacional, em como quando o processo da reforma iniciar
no setor da classe castrense, a mais prestigiado da nação,
isso significa que todos os setores do país, sobretudo a função
pública, vão entrar no mesmo barco da reforma”, salientou.
Umaro Sissoco Embaló assegurou
que um bom militar não faz golpe de Estado, por isso as pessoas devem
renunciar aquela prática que não é boa para o país e muito
menos para o povo guineense.
“O único golpe de Estado
reconhecido é 14 de Novembro de 1980, porque irmãos da mesma pátria
matavam uns aos outros e que se Amílcar Cabral estivesse de vida não haveria
genocídio entre 1974 a 1980, porque não é a sua forma de ser
e não compactua com a cultura de violência”, disse.
O Presidente da República
sublinhou que, as Forças armadas guineenses devem ser republicanas e
quem quer ser político deve entregar a farda e inscrever-se numa
formação política sem problemas.
“Agora, entrar em
conexão com políticos para fazer golpe, isso não é bom caminho,
porque haverá consequências adequadas para os envolvidos,
porque um bom militar não é violento, mas sim é obediente”, frisou.
Úmaro Sissoco Embalo
sublinhou que, várias vezes os militares
envolvidos na tentativa de golpe de Estado são as pessoas que não conseguem
dirigir nenhum pelotão para terem
uma noção das consequências de um golpe que
acaba por destruir por completo uma nação.
Por seu lado, o ministro da
Defesa Nacional, Nicolau dos Santos, disse que a história lhes convocou para
celebrar a data de 23 de Janeiro de 1963, o início do que deveria ser
a gloriosa epopeia libertadora e que culminou com a proclamação da
independência da Guiné-Bissau a 24 de Setembro de 1973.
O governante informou que o
executivo decidiu, em sinal de
reconhecimento, promover os 69 combatentes da liberdade da
pátria dos três ramos das Forças Armadas guineenses, dando assim início a
um processo de reconhecimento e de gratidão a todos os militares que
consentiram enormes sacrifícios em benefício da pátria que
lhes viu nascer.ANG/ÂC
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