EUA/Irão nega existência de planos para assassinar Donald Trump
Bissau, 17 jul 24 (ANG) - O Irão rejeitou hoje planos para assassinar o ex-presidente norte-americano Donald Trump semanas antes do ataque de sábado, como afirmaram os serviços secretos dos EUA.
"Rejeitamos
veementemente qualquer envolvimento no recente ataque armado contra Trump ou
alegações de que o Irão tinha planos para realizar uma ação semelhante",
disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano Nasser
Kanani, em comunicado.
"Tais alegações têm
motivos e objetivos políticos maliciosos", afirmou.
O diplomata declarou que
Teerão quer tomar medidas legais contra Trump pelo papel direto que teve no
assassínio, em Bagdade, em 2020, do general iraniano Qasem Soleimani,
comandante da força Al Quds, grupo de elite da Guarda Revolucionária Iraniana.
A missão do Irão junto da
ONU - único canal oficial iraniano em solo norte-americano, uma vez que não
existem relações diplomáticas - já tinha rejeitado as acusações, descrevendo-as
como infundadas e maliciosas.
Um responsável da segurança
nacional dos EUA disse à agência de notícias EFE que quando foi detetado o
plano iraniano, há semanas, a Casa Branca alertou a campanha de Trump e os
serviços secretos para o perigo acrescido, tendo estes tomado medidas
adicionais para proteger o ex-presidente.
A porta-voz do Conselho de
Segurança Nacional Adrienne Watson indicou à EFE que o Irão tem vindo a ameaçar
responsáveis norte-americanos há anos como vingança pelo ataque que Trump
ordenou em 2020 e que matou Soleimani.
O Irão apelou em várias
ocasiões para a vingança pela morte de Soleimani.
O antigo presidente iraniano
Ebrahim Raisi (1960-2024) disse há dois anos que a 'Umma' (comunidade
muçulmana) se vingaria com as próprias mãos se Trump não fosse julgado pelo
assassínio do general.ANG/Lusa
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