"Fundo
Rodoviário não é interveniente directo na manutenção das estradas", explica
Director Executivo
Bissau,
01 Out 15(ANG) - O Director Executivo do Fundo de Conservação Rodoviário
afirmou que esta instituição não é o interveniente directo nos trabalhos de
manutenção das estradas do país.
Em
entrevista exclusiva à ANG, Marciano Mendes informou que não é o Fundo
Rodoviário quem define a política de manutenção das estradas, mas sim o
Ministério das Infra-estruturas Sociais, através da Direcção Geral de Estradas
e Pontes.
"Anualmente
definem as estradas que acham que devem ser reabilitadas e para o efeito
elaboram os Cadernos de Encargos para o lançamento do concurso de adjudicação
das obras", explicou.
Segundo
Marciano Mendes só depois deles contratarem a empresa encarregue de executar as
obras é que solicitam ao Fundo Rodoviário para que assume o engajamento de
financiamento dos trabalhos.
"Quando
recebemos o contrato da execução das obras, reunimos o nosso Conselho de Administração
para ver se temos ou não a capacidade financeira para disponibilizar",
disse.
Marciano
Mendes sublinhou que o Fundo Rodoviário tem apenas a obrigação de fazer a
colecta de receitas, sua gestão e posteriormente financiar as obras através de
propostas submetidas pela Direcção Geral de Estradas e Pontes.
"Os
utentes rodoviários devem saber que os estatutos do Fundo não lhe dão poderes e
competências para executar obras de manutenção e infelizmente as pessoas têm
dificuldades em perceber esse facto", explicou.
Aquele
responsável frisou que todas as propostas de financiamento da manutenção de
estradas que recebeu no ano em curso da parte do Ministério das Infra-estruturas,
foram atendidas pelo Fundo Rodoviário num montante de cerca de novecentos milhões
de francos CFA.
Disse que as principais estradas financiadas pelo Fundo Rodoviário
no ano em curso, são Bissau/São-vicente/Impack, Safim/Jugudul/Bantandjam,
Xime/Bantandjam/Bafatá/Gabú, Mansoa/Bissora/Bula/Cacheu, Gabú/Pitche/Burruntuma/Candicá,
Bambadinca/Buba, Bissau/Prabis/ e Bissau/Quinhamel.
Na
capital Bissau, o Director Executivo do Fundo Rodoviário referiu que foram
financiadas igualmente as Avenidas Unidade Africana, Pansau Na Isna, Vitorino
Costa, José Carlos Schwartz e Amílcar Cabral.
Segundo
ele, foram ainda financiados os troços de Cuntum Madina à Bor, estrada
Antula/Universidade Jean Peajet, artéria que liga BCEAO à Paragem de
Transportes, Enterramento/Bôr, Guimetal/Escola Nacional de Saúde bem como a
reparação das jangadas de Farim e as obras de vedação do Estádio de Futebol de
Bairro de Ajuda.
Em
recentes declarações à ANG, motoristas de transportes público urbano
interrogaram-se sobre o paradeiro dos fundos que pagam para a manutenção das
estradas, que entretanto continuam esburacadas.
E o
Fundo Rodoviário, na qualidade da entidade que faz a colecta desses fundos tem
sido apontado como um dos responsáveis pelas más condições das vias de
circulação urbana.
ANG/ÂC/SG
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