quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Vias urbanas





"Fundo Rodoviário não é interveniente directo na manutenção das estradas", explica Director Executivo

Bissau, 01 Out 15(ANG) - O Director Executivo do Fundo de Conservação Rodoviário afirmou que esta instituição não é o interveniente directo nos trabalhos de manutenção das estradas do país.

Em entrevista exclusiva à ANG, Marciano Mendes informou que não é o Fundo Rodoviário quem define a política de manutenção das estradas, mas sim o Ministério das Infra-estruturas Sociais, através da Direcção Geral de Estradas e Pontes.

"Anualmente definem as estradas que acham que devem ser reabilitadas e para o efeito elaboram os Cadernos de Encargos para o lançamento do concurso de adjudicação das obras", explicou.

Segundo Marciano Mendes só depois deles contratarem a empresa encarregue de executar as obras é que solicitam ao Fundo Rodoviário para que assume o engajamento de financiamento dos trabalhos.

"Quando recebemos o contrato da execução das obras, reunimos o nosso Conselho de Administração para ver se temos ou não a capacidade financeira para disponibilizar", disse.

Marciano Mendes sublinhou que o Fundo Rodoviário tem apenas a obrigação de fazer a colecta de receitas, sua gestão e posteriormente financiar as obras através de propostas submetidas pela Direcção Geral de Estradas e Pontes.

"Os utentes rodoviários devem saber que os estatutos do Fundo não lhe dão poderes e competências para executar obras de manutenção e infelizmente as pessoas têm dificuldades em perceber esse facto", explicou.

Aquele responsável frisou que todas as propostas de financiamento da manutenção de estradas que recebeu no ano em curso da parte do Ministério das Infra-estruturas, foram atendidas pelo Fundo Rodoviário num montante de cerca de novecentos milhões de francos CFA.

Disse que as principais estradas financiadas pelo Fundo Rodoviário no ano em curso, são Bissau/São-vicente/Impack, Safim/Jugudul/Bantandjam, Xime/Bantandjam/Bafatá/Gabú, Mansoa/Bissora/Bula/Cacheu, Gabú/Pitche/Burruntuma/Candicá, Bambadinca/Buba, Bissau/Prabis/ e Bissau/Quinhamel.

Na capital Bissau, o Director Executivo do Fundo Rodoviário referiu que foram financiadas igualmente as Avenidas Unidade Africana, Pansau Na Isna, Vitorino Costa, José Carlos Schwartz e Amílcar Cabral.

Segundo ele, foram ainda financiados os troços de Cuntum Madina à Bor, estrada Antula/Universidade Jean Peajet, artéria que liga BCEAO à Paragem de Transportes, Enterramento/Bôr, Guimetal/Escola Nacional de Saúde bem como a reparação das jangadas de Farim e as obras de vedação do Estádio de Futebol de Bairro de Ajuda.

Em recentes declarações à ANG, motoristas de transportes público urbano interrogaram-se sobre o paradeiro dos fundos que pagam para a manutenção das estradas, que entretanto continuam esburacadas.

E o Fundo Rodoviário, na qualidade da entidade que faz a colecta desses fundos tem sido apontado como um dos responsáveis pelas más condições das vias de circulação urbana.

ANG/ÂC/SG

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