sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Correios


Nova direcção  perspectiva melhorar infra-estruturas no quadro de um Plano de relançamento da empresa

Bissau, 23 Nov 18 (ANG) - O Presidente e Director-geral dos Correios da Guiné-Bissau perspectiva melhorar as infra-estruturas e garantir a sustentabilidade e modernização dos produtos e serviços do sector postal do país.

Fernando Joaquim Ferreira de Lacerda que falava em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné (ANG) sobre o plano do relançamento dos Correios da Guiné-Bissau, disse que a restruturação e relançamento daquela instituição decorrem da visão da actual administração por um triénio 2019 a 2021, com base nas estratégias postal mundial.

Disse que estas metas de desenvolvimento são seguidas através da realização de vários programas e projectos que fazem parte do Plano de Desenvolvimento Postal para o período de três anos, nomeadamente solucionar o problema da comunicação, desenvolvimento da filatelia, como meio de promoção da representação e divulgação de parte da história do país através de personagens, monumentos, cultura, flora e demais assuntos de interesse dos coleccionadores.

Para atingir as metas acima referidas, de acordo com o Director-geral dos Correios deve-se apostar em novas tecnologias para desenvolvimento de sistemas de informação, para maximizar a competitividade e eficiência da empresa e o correto planeamento, bem como o controlo dos sistemas de informação e a promoção da inovação e implantação de novas formas de negócio.

Fernando Lacerda disse que o relançamento efectivo dos Correios depende essencialmente do saneamento financeiro, que consiste na criação de condições para liquidação das dívidas contraídas em cerca 3,5 mil milhões de francos CFA, que disse ultrapassar a capacidade financeira da empresa.

“Temos dívidas sociais de 15 meses de salário em atraso bem como da falta de canalização dos descontos feitos nos salários para o pagamento dos impostos de selo, imposto profissional, compensação de aposentação, entre outros”, ilustrou o aquele responsável.

Acrescentou que a empresa se depara ainda com falta de pagamento da quota nas organizações internacionais , nomeadamente a União Postal Universal (UPU), União Postal Pan-africana (UPAP), Conferencia Postal de Estados da África Ocidental (CPEAO) e com as Companhias de Transportes Aéreo, como a TAP Air Portugal e Euro Atlantic Airways.

Referiu-se ainda ao empréstimo contraido  em 2015 pelo então Secretário de Estado dos Transportes e Comunicações para a reabilitação do edifício principal dos Correios.

“Já apresentei propostas ao governo, através do Ministério da Economia e Finanças, para assumir estas dívidas e promover as diligências necessárias com vista a sua regulamentação com máxima brevidade possível”, explicou.

Afirmou que a liquidação das dívidas com as Companhias de Transportes Aéreo pode ser assumida pela empresa, através de um empréstimo bancário com o Aval e a Carta de Conforto do governo.  

Quanto à reestruturação da empresa, Lacerda assegura que consistirá na  aplicação de instrumentos normativos internos, tais como a Acordo de Empresa, o Regulamento Interno e os manuais de procedimentos administrativos e operacionais; organização do sistema de gestão com destaque para a contabilidade, estatísticas e gestão dos recursos humanos.

Indicou que a adopção de novo quadro legal e regulamento do sector postal, prestação do serviço de comércio electrónico, desenvolvimento da filatelia e coleccionismo e dos serviços de expresso, encomendas e logísticas, bem como os serviços de transferência de dinheiro e construção e manutenção de edifício, entre outros, como programas e projectos que constam do Plano de Desenvolvimento Postal.

 Fernando Joaquim Ferreira de Lacerda afirmou que, com a implementação dos referidos programas e projectos serão criadas as  condições para um desenvolvimento sustentável dos Correios da Guiné-Bissau.  

Os serviços dos Correios se encontram paralisados há vários anos por falência . ANG/LPG/ÂC//SG 

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