quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Imigração


Governo pede autoridades angolanas atenção particular à diáspora guineense 

Bissau,14 nov 18 (ANG) – O ministro da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares pediu as autoridades angolanas uma atenção particular à diáspora guineense residente naquele país.

Agnelo Augusto Regala discursava segunda-feira em representação do primeiro-ministro num jantar oferecido pela Embaixada de Angola na Guiné-Bissau, por ocasião da celebração do 44º aniversário da independência daquele país, assinalado no dia 11 do corrente mês.

“Não podemos  deixar nesta ocasião de lembrar que a República de Angola acolhe uma importante comunidade guineense. Comunidade essa que em busca de melhores condições de vida ou por razões de instabilidade política demandou para as terras angolanas e perante a qual o Estado guineense não pode estar nem ausente  nem insensível”, vincou.

Agnelo Regala disse que, sendo assim, em nome do governo, lança um apelo às autoridades angolanas para que uma atenção particular seja concedida à diáspora guineense residente naquele país, para que possa fazer um trabalho sério e honesto e contribuir para o desenvolvimento de Angola e simultaneamente da Guiné-Bissau.

“Neste momento, o actual governo da Guiné-Bissau se encontra empenhado no cumprimento da missão singular que lhe foi conferida de preparar e realizar eleições legislativas. E para o efeito queria realçar e agradecer o importante apoio da República de Angola que contribuiu com montante de um milhão de dólares para a realização do escrutínio”, enalteceu.

Em reação às denúncias dos maus tratos contra  cidadãos guineenses em Angola, o Embaixador daquele país na Guiné-Bissau negou a prática  de referidos actos.
Daniel António Rosa reconheceu contudo que alguns em situação irregular foram detidos e disse que a situação será resolvida em termos diplomáticos entre os dois países.
Sobre a atenção particular solicitada pelo governo, Daniel António Rosa disse que a situação será estudada, acrescentando que, cada qual deve cumprir as leis internacionais.


“Pelos dados que tenho não existem quaisquer maus-tratos como estão a ser propalados por algumas redes sociais aqui na Guiné-Bissau. Não. Isso não existe. Eu pessoalmente fui chamado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau e demos-lhe a informação de que alguns cidadãos guineenses foram detidos de facto em Angola por se encontrarem numa situação de emigração ilegal”, reconheceu o diplomata angolano.

Daniel Rosa afirmou que as autoridades da Guiné-Bissau por via diplomática enviaram uma carta solicitando a regularização migratória de todos os  cidadãos guineenses.

 ANG/ÂC//SG





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