Bissau,11 Mai 20(ANG) - O presidente do Instituto
Nacional de Saúde Pública, Dionísio Cumba, pediu no último fim de semana o
isolamento da capital do país, Bissau, por ser o principal foco de infeção.
Na
conferência de imprensa diária sobre a evolução do novo coronavírus no país, o
médico guineense e coordenador do Centro de Operações de Emergência de Saúde
(COES) pediu às autoridades políticas para isolarem a cidade de Bissau, por
ser, a par das localidades de Cumura e Bor, nos arredores da capital, principal
foco da infeção.
O
médico defendeu que os casos de infeção pela covid-19 vão continuar a aumentar
“porque a maioria de guineenses ainda não está a levar à serio a doença”.
Segundo
a Lusa, Dionísio Cumba já tinha defendido o prolongamento do estado de
emergência no país, que termina segunda-feira, e a imposição de medidas mais
restritivas.
O COES
elevou para 726 os casos registados com infeção por covid-19 no país.
Nas
últimas 24 horas foram registados mais 85 casos positivos, elevando para 726 o
número de infeções registadas, incluindo 26 recuperados e três mortos.
Dionísio
Cumba explicou que a “situação tende a agravar-se”.
O
médico disse também que há 16 pessoas internadas no Hospital Nacional Simão
Mendes, principal unidade hospitalar do país, cinco das quais estão em estado
grave e a necessitar de oxigénio induzido.
Para
fazer face ao novo coronavírus, as autoridades guineenses encerraram também as
fronteiras, serviços não essenciais, incluindo restaures, bares e discotecas e
locais de culto religioso, proibiram a circulação de transportes urbanos e
interurbanos e limitaram a circulação de pessoas ao período entre as 07:00 e as
14:00 horas.
O
Presidente guineense poderá prolongar o estado de emergência, que termina
segunda-feira, e impor medidas mais restritivas devido ao aumento de casos no
país.
O
número de casos da covid-19 em África ultrapassou hoje os 60 mil e 2.223
pessoas morreram em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a
pandemia naquele continente.
Entre
os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau
lidera em número de infeções (726 casos e três mortos), seguindo-se a Guiné
Equatorial (439 e quatro mortos), Cabo Verde (246 e duas mortes), São Tomé e
Príncipe (212 casos e cinco mortos), Moçambique (91) e Angola (43 infetados e
dois mortos).
A nível
global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19
já provocou mais de 279 mil mortos e infetou mais de quatro milhões de pessoas
em 195 países e territórios.
Mais de
1,3 milhões de doentes foram considerados curados.ANG/Lusa
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