Covid-19/ONU pede aos Governos
para não esquecerem deficientes
Bissau, 06 mai 20 (ANG)
- O secretário-geral da ONU, Antónimo
Guterres, pediu hoje (6) aos governos que tenham em conta mil milhões de
pessoas com deficiência nas diferentes respostas à pandemia da covid-19.
Em tempos normais, estas
pessoas já têm dificuldades no acesso à educação, a cuidados de saúde e ao trabalho,
lembrou António Guterres, num comunicado publicado ao mesmo tempo que um estudo
da ONU sobre este grupo populacional.
"A pandemia reforça
as desigualdades, ao colocar novas ameaças", salientou o português,
destacando a vulnerabilidade dos deficientes perante a covid-19.
"Peço aos governos
que coloquem os deficientes no centro da resposta à covid-19 e da reconstrução
económica, que sejam consultados e também beneficiários dos esforços
desenvolvidos para combater a doença", acrescentou António Guterres.
Para o chefe da ONU, é
necessário "garantir direitos iguais para os deficientes para que possam
ter acesso aos cuidados e às medidas tomadas para salvar vidas durante a
pandemia".
A nível global, segundo
um balanço da agência de notícias France-Presse (AFP), a pandemia de covid-19
já provocou mais de 256 mil mortos e infectou quase 3,6 milhões de pessoas em
195 países e territórios.
Mais de um 1,1 milhões
de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida
por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do
centro da China.
Para combater a
pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de
metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e
reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando sectores inteiros da
economia mundial.
Face a uma diminuição de
novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a
desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar
diversas medidas.ANG/Angop
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