quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Cabo Verde/Presidente cabo-verdiano  vai  ponderar se visita ou não a Guiné-Bissau

Bissau, 04 Nov 20 (ANG) – O Presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, garante que, brevemente, vai receber um convite formal do seu homólogo, Umaro Embaló, para visitar a Guiné-Bissau, mas que vai ponderar, devido à situação da pandemia.

“Farei todos os possíveis para responder positivamente à multiplicidade de convites que tenho recebido da Guiné-Bissau”, garantiu o Chefe de Estado cabo-verdiano aos jornalistas, à margem  da reunião do Conselho Superior  de Defesa Nacional (CSDN) , realizado esta terça-feira, 03, na cidade da Praia.

Assegurou, entretanto, que antes do fim do seu mandato realizará uma visita à Guiné-Bissau, também pelo facto de este país acolher uma “importante comunidade cabo-verdiana” que gostaria de “abraçar”.

Adiantou que esta deslocação a Bissau seria sempre concertada com o executivo cabo-verdiano.

Jorge Carlos Fonseca reconhece, porém, que tanto Cabo Verde como Guiné-Bissau está a viver uma “situação complicada”, em termos da pandemia de covid-19, o que o leva a ponderar sobre uma possível deslocação à Guiné-Bissau, país com o qual o arquipélago tem “relações históricas”.

Assim, defende que deve haver uma “maior proximidade” entre os dois países ligados por laços “históricos”.

“Estas relações não têm sido tão regulares, como seria desejável”, comentou o Presidente da República, que revelou ter recebido vários convites da parte do anterior Chefe de Estado, José Mário Vaz, para visitar a Guiné-Bissau, chegando a ter uma “data quase marcada”, mas, sublinhou, “devido a factores de ordem política, internos da Guiné-Bissau”, levaram-no a adiar tal visita.

Para Jorge Carlos Fonseca, é “importante” que o relacionamento entre os dois estados se aprofunde, “independentemente de quem esteja no Governo ou seja Presidente da República em cada conjuntura”.

Segundo o estadista cabo-verdiano, neste momento, a Guiné-Bissau tem dado um “sinal muito positivo”, ao indicar um embaixador residente na Praia, o que não acontece com Cabo Verde.

Deixou entender que a abertura de uma representação diplomática cabo-verdiana em Bissau deve ser uma “possibilidade a ser vislumbrada”, ponderando os meios e recursos que o País dispõe.

“Precisamos de ter uma relação de mais proximidade com a Guiné-Bissau, porque essa relação não pode estar dependente do Governo que temos em Cabo Verde, se é do PAICV [Partido Africano da Independência de Cabo Verde ou do MpD [Movimento para a Democracia] ou da UCID [União Cabo-verdiana Independente e Democrática]”, defendeu.

Para Jorge Carlos Fonseca, as relações entre os dois estados não devem também depender do Governo ou do Presidente que estejam no poder na Guiné-Bissau.

“Há muito em comum [entre os dois países] que justifica relações regulares e estáveis, independentemente dos aspectos conjunturais”, indicou o estadista cabo-verdiano. ANG/Inforpress

 

 

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