Comércio/”Ausência de autoridade de Estado motiva aumentos de preços de arroz e demais produtos no
mercado”, diz Bambo Sanha
Bissau, 13 Out 22
(ANG) – O secretário-geral da Associação dos Consumidores de Bens e Serviços
(ACOBES) afirmou hoje que o aumento de preços de arroz e demais produtos de primeira necessidade está a acontecer por
falta de autoridade de Estado no país e vontade política do próprio Governo.
Bambo Sanhá que falava
em entrevista à ANG sobre a subida de preços de arroz e outros produtos de primeira necessidade, sustenta
que, se existisse a autoridade de Estado
não seriam os operadores económicos a determinar
a lei passando por cima do Governo e contra
interesses dos consumidores.
Disse que a especulação
de preços dos produtos de primeira
necessidade no mercado é uma preocupação para a ACOBES, há muitos anos, porque,
diz, não se trata de um cenário novo.
″O Ministério de
Comércio, várias vezes aprovou estruturas de preços, fez termo de compromisso
com importadores sucessivamente, em cada
importação surge novo termo de compromisso que determna os preços dos produtos
no mercado”, revelou.
Aquele responsável
sublinhou que, quando o Governo fixar um determinado preço para a venda do
arroz, acontece que, cada vez que haja nova
importação o operador alega sempre que já não pode verder ao preço anterior.
Acrescenta que os importadores têm alegado sempre a subida de preços no mercado internacional,
obrigando com isso o Ministério do Comércio a fazer novo termo de compromisso que adopta novos preços em alta.
Segundo Bambo Sanhá,
são nestas cisrcunstâncias que o preço
do arroz se dispara no mercado e actualmente custa 23 mil francos por saco de 50
quilogramas.
Disse que, pela
informação que receberam do interior do país, o arroz supremo já saiu de 23 mil para 25 mil francos cfa cada saco de
50 quilogramas, o que a ACOBES diz ser “espantoso”
perante um Governo que diz que quer
ajudar a população.
O responsável da
organização que defende os consumidores disse que o preço de arroz supremo chegou
à esse valor por causa do termo de compromisso que o Governo estabeleceu com o
importador representante do referido arroz no país.
“Para ACOBES é
estranho a forma como a estrutura de preços dos produtos da primeira
necessidade é aprovada no Ministério do Comércio, porque não existe nenhum
forúm que junta todos os operadores do mercado para derimir assuntos ligados a problemática
de qualidade de preço no mercado nacional”,referiu.
Bambo sustenta que a ACOBES propôs, há muitos anos, a criação de um
Conselho Nacional de Consumo, que deverá envolver o setor público, privado e
organizações dea sociedade civil, sindicatos, organização nacional de defesa
dos consumidores e outros mas o Governo não se interessou por essa iniciativa.
“Em qualquer parte do
mundo existe mercado livre e não preço livre, porque o preço livre é sinómino
que o Estado abandonou a sua população nas mãos de comerciantes” criticou. ANG/MI/ÂC//SG
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