Portugal/Dirigentes centristas africanos reúnem-se em Lisboa para debater avanço da democracia em África
Bissau, 23 Fev 23(ANG) – Dirigentes africanos do centro do espetro político reúnem-se sexta-feira em Lisboa para “pressionar no avanço da democracia em África”, onde “fraudes eleitorais e golpes militares tornam a situação muito complicada”, disse hoje à Lusa o organizador do encontro.
“O grande problema agora
é que, com a fraude eleitoral e os golpes militares, a situação em África é
muito complicada”, salientou Alberto Ruiz Thierry, vice-presidente-executivo da
IDC Internacional.
A reunião, que tem como
tema “Democracia em África”, é promovida pela Internacional Democrática do
Centro (IDC), que reúne mais de 90 partidos políticos, e decorrerá na sede da
União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA).
A IDC África é presidida
por Ulisses Correia e Silva, atual primeiro-ministro de Cabo Verde.
Nas declarações à Lusa,
Alberto Ruiz Thierry salientou que “o grande problema dos países africanos
agora é a nova geoestratégia”: “Há os chineses, que estão armados para a nova
geoestratégia e que querem recolonizar África. Há os russos, que estão sempre
em países onde os governos são muito fracos e há também a Turquia, que está
cada vez mais presente em África”.
“E são todos países que
não são democráticos. Digamos que esta conferência é para dar um impulso mais
forte à democracia, à liberdade de imprensa, aos direitos humanos”,
acrescentou.
As conclusões do debate
e respetivas linhas de força serão inscritas num documento final, denominado
“Declaração de Lisboa”.
O evento contará com a
presença de diversos dirigentes dos partidos que compõem a IDC Internacional e
IDC África, vários dos quais chefes de Estado e de Governo, assim como do
presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas.
Entre os dirigentes
políticos esperados figuram Ulisses Correia e Silva, primeiro-ministro de Cabo
Verde e presidente do MpD, o partido no poder, Umaro Sissoco Embaló, Presidente
da Guiné-Bissau, Patrice Trovoada, primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe e
presidente da ADI, o partido no poder, e Adalberto da Costa Júnior, presidente
da UNITA, principal partido da oposição angolana.
O presidente da
principal formação da oposição em Moçambique, Resistência Nacional Moçambicana
(Renamo), Ossufo Momade, o secretário-geral do partido marroquino Istiqlal,
Nizar Baraka, o presidente da IDC Internacional e ex-presidente da Colômbia
Andrés Pastrana, bem como diversos dirigentes de partidos da Guiné-Conacri,
Burkina Faso, Madagáscar, Somália, e especialistas de assuntos políticos e
de segurança de Espanha, França, Hungria e Reino Unido, participam igualmente na
reunião. ANG/Inforpress/Lusa
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