Estados Unidos/ Detido de Guantánamo repatriado para Arábia Saudita
Bissau, 09 Mar 23 (ANG) - Os Estados Unidos anunciaram, quarta-feira, o repatriamento de um cidadão saudita, detido há mais de 20 anos em Guantánamo, suspeito de fabricar bombas para a rede terrorista Al-Qaeda, informou a agência Lusa.
O Departamento de Defesa
norte-americano disse que Ghassan Abdullah al Sharbi, de 48 anos de idade, foi
transferido para a Arábia Saudita, depois de as autoridades dos EUA e da Arábia
Saudita terem coordenado conjuntamente o repatriamento.
Em Fevereiro do ano
passado, o Pentágono indicou ter sido determinado que a detenção de Al Sharbi
já "não era necessária" para proteger o país "contra uma ameaça
significativa e contínua à segurança".
Como resultado, o
secretário da Defesa, Lloyd Austin, notificou o Congresso dos Estados Unidos em
Setembro de 2022 da intenção de repatriar o prisioneiro para a Arábia Saudita.
Al Sharbi foi detido em
Faisalabad, no Paquistão, com outro membro da rede terrorista Al-Qaeda, em
Março de 2002. Até ao ano passado, nunca foi formalmente acusado.
"Os Estados Unidos
apreciam a vontade do reino da Arábia Saudita e de outros parceiros em apoiar
os esforços em curso dos EUA no sentido de um processo deliberado e abrangente
centrado na redução responsável da população prisional e, por fim, no
encerramento das instalações de Guantánamo", de acordo com uma declaração
daquele departamento.
Actualmente, 31 detidos
permanecem na prisão da base militar na baía de Guantánamo, em Cuba.
De acordo com
funcionários norte-americanos, 17 são elegíveis para repatriamento.
A transferência de Al Sharbi
é a quarta libertação mais recente de Guantánamo, prisão onde chegaram a estar
detidas quase 800 pessoas.
Vários presidentes dos
Estados Unidos, incluindo Joe Biden e Barack Obama (2009-2017), prometeram
fechar aquele centro de detenção, em Cuba.
O governo cubano
criticou repetidamente mais de "20 anos de abusos ultrajantes em
território cubano ocupado ilegalmente", numa referência ao centro de
detenção que descreveu como "prisão atroz".ANG/Angop
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