Comunicação Social/Pelo menos 140 jornalistas assassinados em 2023, 81 só em Gaza
Bissau, 05 Jan 24 (ANG) – O ano
de 2023 foi o ano mais mortífero da última década para os jornalistas, segundo
o relatório anual da Campanha do Emblema de Imprensa (CEI), que registou pelo
menos 140 mortes violentas de repórteres em 28 países.
Para a CEI, trata-se de um aumento anual de mais de 20% em relação a 2022, quando 116 jornalistas foram mortos.
Segundo os dados da
organização não-governamental, a Faixa de Gaza tem sido a região com mais
assassínios de profissionais da comunicação social em todo o mundo, com 81
mortos desde o início da ofensiva entre Israel e o grupo islâmico Hamas, em 07
de Outubro, até 31 de dezembro.
O relatório alerta para o
facto de este ser o maior número de vítimas dos meios de comunicação social
durante um conflito em tão pouco tempo, com quase um jornalista morto por dia
nos últimos três meses de 2023.
O presidente da CEI, Blaise
Lempen, referiu ser difícil verificar se estes jornalistas, muitos deles
palestinianos que trabalhavam para meios de comunicação social locais e
estrangeiros, foram intencionalmente visados devido à sua profissão ou se foram
mortos em ataques israelitas.
A este respeito, a
organização instou as Nações Unidas a lançar uma investigação independente para
descobrir as circunstâncias exatas em que os jornalistas foram mortos em Gaza,
uma vez que “os responsáveis por estes crimes devem ser levados à justiça o
mais rapidamente possível”.
Nalgumas regiões da América
Latina, a situação também não melhorou, como o México, que foi o segundo lugar
mais mortífero do mundo para jornalistas em 2023, com um total de nove
repórteres mortos. Com cinco assassínios, a Guatemala foi o terceiro país do
mundo com mais vítimas deste flagelo.
Outro país destacado no
relatório da CEI 2023 foram a Ucrânia, onde a guerra deixou um total de quatro
jornalistas mortos, o mesmo número contabilizado em Israel, na sequência dos
ataques do movimento islamita Hamas, a 07 de Outubro.
Por regiões, o Médio Oriente
ocupa o primeiro lugar com 64% das mortes registadas em 2023, dois terços das
vítimas, seguido da América Latina com 20, Ásia com 12, África com 11, Europa com
quatro e América do Norte com três.ANG/Inforpress/Lusa
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