segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

PNUD


    “A Guiné-Bissau não tem avançado no seu desenvolvimento humano” diz Tjark Egenhoff
 Bissau, 09 dez 19 (ANG) – O Representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Tjark Egenhoff disse hoje que a Guiné-Bissau não tem avançado no seu desenvolvimento humano, e que as disparidades no desenvolvimento humano se mantêm
amplas, apesar das conquistas registadas na redução de privações extremas.

Tjark Egenhoff  falava esta segunda-feira à imprensa sobre o  lançamento do Relatório de Desenvolvimento Humano 2019 que terá lugar em Bogotá, Colombia, sob o lema: “Além do rendimento, além das médias, além do tempo presente: desigualdades no desenvolvimento humano no século XXI”.

Falando da posição da Guiné-Bissau no Índice de Desenvolvimento Humano disse que constata-se  que não houve progresso, sublinhando que o país tem que esforçar mais para alcançar níveis de desenvolvimento humano e o Objectivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS) no ano 2030.

Disse que o PNUD quer continuar a ser o parceiro da Guiné-Bissau para alcançar esse objetivo.

Acrescentou que a Guiné-Bissau é um país vulnerável a perder espaços que até hoje são habitados, e que o combate a pobreza extrema continua sendo um objectivo fundamental no país.

Aquele responsável sustentou que apenas três por cento das crianças nascidas em países com um desenvolvimento baixo têm acesso ao ensino superior contra 55 por cento dos países com desenvolvimento elevado.

Segundo ele, esta situação compromete o futuro das crianças.

“A desigualdade começa ainda antes do nascimento com consequências drásticas nas oportunidades das pessoas. Por isso, as políticas públicas que tomam em conta a desigualdade precisam investir especialmente na educação, saúde e nutrição das crianças desde muito pequenas”, referiu.

Disse  que a desigualdade de renda e riqueza são frequentemente traduzidas em desigualdades política e de participação, dando mais espaços a certos grupos de interesse para tomar decisões em seu favor.

“Os privilegiados podem capturar o sistema, desenhando as suas preferências, e consequentemente promovendo uma agudização da desigualdade”, disse Tjark Egenhoff.

Segundo o relatório, a desigualdade enfraquece a coesão social, perturba a confiança no governo e nas instituições como também a confiança entre os cidadãos e impede que todos os membros de uma sociedade tenham acesso a desenvolver o seu potencial e essa desigualdade é bloqueio no caminho para o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável. ANG/DMG//SG

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