segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Sociedade


"A impunidade é o maior cancro da sociedade guineense" diz Augusto Mário da Silva

Bissau, 9 dez 19 (ANG) – Augusto Mário da Silva disse que a impunidade é o maior cancro da sociedade guineense e que está a corroer os tecidos que constituem a base da sociedade no país.

Augusto Mário da Silva falava no acto de encerramento do IV congresso ordinário da Liga Guineense dos Direitos Humanos, no decurso do qual foi reeleito para o segundo mandato de 4 anos com 71 votos a favor, quatro abstenção e 0 contra.

 Sustenta  que é urgente o país adoptar politicas públicas que visam  desencorajar a impunidade, acrescentando que a liga produziu em 2012 e 2013 um relatório sobre 40 anos de impunidade na Guiné-Bissau com elementos importantes que possam contribuir para sua redução, se foram bem explorados  pelas entidades competentes.

" A liga vai investir as suas capacidades no sentido de desencorajar a cultura da impunidade na Guiné-Bissau que tem feito tanto mal na nossa sociedade porque continua a generalizar a corrupção," disse Mário da Silva.

Segundo  da Silva os desafios que a liga tem pela frente são enormes, o  primeiro vai ser a educação, por forma a contribuir na  elevação do nível de instrução dos cidadãos para um efectivo gozo dos direitos fundamentais.

Mário da Silva declara que a liga  vai apostar ainda na qualidade do sistema de saúde  com elaboração de relatórios temáticos que irão ajudar as autoridades responsáveis na elaboração de politicas publicas concretos para o sector.

Além da educação e saúde,a Liga promete dar uma atenção especial à promoção de igualdade de género, “porque nos últimos anos a Guiné-Bissau retrocedeu muito na promoção de igualdade de género”.

“Com a aprovação da lei da paridade que contou com a nossa contribuição, a Guiné-Bissau deu um passo importante e decisivo para a promoção do género. Estamos agora a reconquistar o nosso lugar no contexto nacional e internacional no que diz respeito a participação feminina, realçou Augusto da Silva.

O presidente reeleito entende que o país deve adoptar uma lei que proíbe o casamento forçado e precoce para evitar aflição  e drama dos jovens raparigas e ter atitudes  firme para fazer cobro a situação.

O IV Congresso da organização que defende os direitos humanos no país decorreu sob o lema: "Consolidar as conquistas e relançar-se para novos desafios" .

Os congressistas elegeram também 45 membros do conselho nacional, conselho fiscal e membros de jurisdição. ANG/MI/LPG//SG

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