Telecomunicações/Angola volta a aventurar-se
no espaço
Bissau, 12 Out
22 (ANG) - O Governo angolano volta esta quarta-feira, 12 de Outubro, a
aventurar-se no espaço com o envio do satélite Angosat-2 na estação
aeroespacial de Baikonur, no Cazaquistão.
O objetivo desta
missão aeroespacial é reduzir a exclusão digital e melhorar o sinal de
telecomunicações nas zonas mais remotas de Angola e do continente africano.
O lançamento do satélite Angosat-2 na
estação aeroespacial de Baikonur, no Cazaquistão, vai reduzir a exclusão
digital e melhorar o sinal de telecomunicação nas zonas remotas de Angola e do
continente africano.
De acordo com a agência angolana, o
Angosat-2 começou a ser construído em 2018, nas instalações da Airbus em
França, e a estrutura foi depois transferida para a fábrica da ISS Reshetnev,
na cidade de Zheleznogorsk, próximo de Krasnoyarsk -Sibéria, onde foi produzida
a carcaça e instalado o mecanismo de arranque.
A liderar a delegação angolana está
ministro das Telecomunicações, Tecnologia de Informação e Comunicação Social,
Mário Oliveira, que, em declarações à Televisão Publica de Angola, referiu que
a equipa de técnica angolana tem estado a trabalhar de forma próxima com
técnicos russo, salientado que tudo está reunido para o lançamento do
Angosat-2.
Em entrevista à Radio Nacional de Angola,
o engenheiro Gilson dos Santos, do Ministério das Telecomunicações Tecnologias
de Informação e Comunicação Social, explica que este satélite “vai melhorar a taxa de captação de internet,
mas também de comunicação móvel”. Mário Oliveira refere que outra
questão que está a ser trabalhada é “a
observação da terra, um dos pontos da nossa estratégia espacial”.
É a segunda vez que Angola coloca em
órbita um satélite, depois do Angosat-1, em Dezembro de 2017, cujo lançamento
fracassou. Todavia, o engenheiro Gilson dos Santos considera que Angola está no
bom caminho e lembra que o país tem feito avanços ao nível da tecnologia
espacial.
“Se olharmos
para o contexto africano, [Angola] foi o país africano que mais avanços fez ao
nível da tecnologia espacial. Tendo em conta aquilo que é a nossa estratégia
espacial 2016-2025, o sector da capacitação e promoção da nossa estratégia é
bastante significativa. Temos tido bastantes actividades para atingirmos os
objectivos daquilo que é a nossa estratégia espacial", notou. ANG/RFI
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