EUA/Biden nomeia Quénia como
"aliado principal fora da NATO"
Bissau, 24 Mai 24 (ANG)
- O Presidente norte-americano, Joe Biden, nomeou quinta-feira o Quénia como
"principal aliado fora da NATO" para reforçar a aliança bilateral,
numa altura em que Nairobi se prepara para enviar uma missão de segurança
multinacional para o Haiti.
Biden fez o anúncio numa conferência de imprensa na Casa Branca
com o Presidente queniano, William Ruto, que foi recebido com todas as honras
na primeira visita de Estado de um líder africano a Washington desde 2008.
"Estou orgulhoso em anunciar que estamos a trabalhar com o
Congresso para designar o Quénia como 'aliado principal fora da NATO
(Organização do Tratado do Atlântico Norte)", afirmou o Presidente dos
EUA.
Biden explicou que tomou esta decisão devido à colaboração do
Quénia na luta contra o terrorismo, contra o grupo extremista Estado Islâmico
(EI) e o Al-Shabaab, bem como ao seu apoio à Ucrânia e ao envio previsto da
missão de segurança para o Haiti.
O estatuto especial do Quénia inclui privilégios económicos e
militares, incluindo o possível fornecimento de equipamento de defesa e a
organização de formação conjunta, e surge numa altura em que a influência da
China em África está a aumentar.
Trata-se da primeira designação de uma nação da África
Subsaariana como um importante aliado não pertencente à NATO.
Com este anúncio, o Quénia junta-se a dezassete países,
incluindo a Argentina, o Brasil e o Qatar, que foi designado em Março passado.
Outros países com este estatuto são Israel, Egipto, Jordânia,
Bahrein, Koweit, Marrocos, Tunísia, Afeganistão e Paquistão.
O anúncio surge no momento em que o Quénia se prepara para
liderar uma força multinacional de apoio à segurança no Haiti, a fim de pôr
termo à violência dos bandos armados e devolver o controlo ao Estado.
A missão resulta de uma resolução do Conselho de Segurança da
ONU, é apoiada financeiramente pelos Estados Unidos e estará sujeita ao
controlo da Polícia Nacional Haitiana.
A designação do Quénia como um aliado especial dos EUA também
faz parte da estratégia de Biden para reforçar os laços com os principais
líderes africanos e competir com a influência da China em África.
O Presidente dos EUA recebeu dezenas de líderes africanos em
Washington em 2021, numa cimeira em que prometeu investimento no continente e
uma viagem a África que ainda não se realizou. ANG/Angop
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