Justiça/PR defende implementação de politicas públicas para prevenir e combater ameaças à estabilidade das instituições
Bissau,27 Mai 24 (ANG) – O Presidente
da República defendeu hoje a implementação de politicas públicas para se prevenir
e combater as ameças à estabilidade das instituições e paz social.
Umaro Sissoco Embaló falava na abertura da primeira Conferência
Internacional sobre a Justiça que decorre sob o lema: “ Justiça e os Desafios
Contemporâneos”, que decorre de hoje até 29 do mês em curso, em Bissau.
Durante três dias, de acordo com programa , os conferencistas vão debater a Cooperção
Juridica Internacional no Combate à Criminalidade e Recuperação dos Activos –
experiência Cabo-Verdiana, a Constituição e as Instituições Democráticas,
Justiça Criminal e os Desafios Contemporâneos.
A cooperação Jurídica Internacional no Combate
à Criminalidade e Recuperação de Activos- a experiência são-tomense, o
patrocínio judiciário e as Garantias Constitucionais, A justiça e o Estado de
Dirieto – experiência –angolana, serão outros temas a debater.
O Chefe de Estado apontou a realização
da justiça como um dos pilares do Estado de dirieto democratica.
Reconheceu que os desafios que a justiça
guineense enfrenta são cada mais tecnicamente complexos
O chefe de Estado alertou que os agentes
do crime organizado renovam sempre as suas capacidade no dominio de crime económico
e financeiro, sobretudo por vias de branqueamento de capitais, da corrupção e
cibercrime.
Face à esta realidade, que considerou
de desafiante e complexa, o Presidente da República disse que o Estado tem de
aplicar politicas públicas para prevenir e combater as ameaças que possam pôr em
risco a estabilidade das instituições e a paz social.
Para o Presidente da República o
sistema judicial só pode ser considerado democrático se for capaz de dar
resposta atempada e acompanhar a
evolução dos problemas sociais emergentes.
“Dada a natureza dos desafios que a
justiça enfrenta é imperativo reforçar todos os instrumentos disponíveis da
cooperação bilateral e multilateral”, disse.
Segundo a ministra da Justiça e dos Direitos humanos, Maria do Cêu Silva Monteiro é fundamental que a justiça não seja
apenas uma instituição estática, mas um organismo dinámico, capaz de se adaptar
e evoluir para enfrentar as novas demandas da sociedade.
A governante disse que a globalização,
a revolução digital, as crises ambientais, os conflitos armados, as migrações
em massa e as pandemias, são apenas alguns dos fenómenos que moldam o nosso
presente e influenciam directamente o sistema da justiça.
“O tema central desta conferência, sob
o lema: "A Justiça e os Desafios Contemporâneos", não poderia ser
mais pertinente. Estamos reunidos aqui para reflectir, discutir e encontrar
soluções para as questões que afectam a justiça, a escala global. A troca de
experiências, conhecimentos e melhores práticas entre diferentes nações é
essencial para construirmos um sistema de justiça mais eficaz, inclusivo e
equitativo”, referiu a governante.
Afirmou que a corrupção, continua a ser um dos maiores
obstáculos à justiça em numerosos países e sustenta que este fenómeno retira a
confiança pública nas instituições, desvia recursos necessários ao
desenvolvimento e perpetua a desigualdade.
Para combater a corrupção de forma
eficaz, segundo Maria de Cêu Monteiro, é preciso fortalecer os mecanismos de
controle e fiscalização, promover a transparência e garantir que todos,
independentemente de sua posição ou influência, sejam responsabilizados por
suas ações.
“A luta contra a corrupção deve ser
abrangente e envolver todos os sectores da sociedade. Isso inclui o
fortalecimento das instituições judiciais, a promoção da ética e da integridade
entre os servidores públicos e a implementação de politicas de transparência e
prestação de contas”, assegurou.
Disse
que, para além disso, é crucial envolver a sociedade civil e os
meios de comunicação na luta contra a corrupção, garantindo que haja uma
vigilância constante e um debate público vigoroso sobre a temática.
Maria do Cêu Silva Monteiro disse que
a justiça é indessociàvel dos direitos humanos, e que atua como a guardião
desses direitos, assegurando que todas as pessoas, independentermente de sua
raça, género, religião ou estatuto social, possam viver com dignidade e
segurança.
Por isso, a ministra defenedeu a
colocação da proteção dos diretos humanos no centro da politica e práticas
judiciais.
A governante disse que a colaboração
internacional é essencial para enfrentar esses fenóminos, de maneira eficaz e que
o tráfico de drogas continua a ser uma das principais fontes de receitas para
as organizações criminosas transnacionais.ANG/LPG/ÂC//SG
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