Marcha Frente Popular/CN-CJP exige a libertação dos jovens “sequestrados” no protesto de sábado
Bissau, 24 Mai 24 (ANG) - A Coordenação Geral da Coligação
da Juventude dos Países Africanos da Língua Oficial Portuguesa (CN-CJP) exige imediata colocação em liberdade e sem
condições dos jovens que diz ter sido “sequestrados”
no sábado(18) incluindo o líder da
Frente Popular, Armando Lona.
A exigência foi feita através de uma nota à imprensa da
instituição, assinada pelo seu Coordenador para a Guiné-Bissau Vladimir
Victorino Gomes.
A organização lamenta
e condena, sem reservas, a ação que considera de anti-republicana das forças
pioliciais guineenses contra cidadãos e jovens indefesos.
A CN-CJP diz que a postura das forças policiais é ante Estado
de direito democrático, por extrapolarem os limites e o padrão de utilização da
força policial em qualquer circunstância.
Responsabiliza o regime e o Presidente da República da
Guiné-Bissau, Umaro Sisoco Embalo pela “agressão aos jovens, atentado à paz, ao
Estado de Direito democrático e à liberdade e garantias fundamentais”.
A organização
sustenta na nota o caso requer uma coordenação-geral
da Coligação da Juventude dos Países Africanos da Língua Oficial Portuguesa, para
denúncia formal do “regime opressor jamais visto na história
recente da Guiné-Bissau contra jovens” , junto das Nações Unidas, União
Africana, CEDEAO, União Europeia, do Presidente de Angola, Cabo Verde, Moçambique,
Guiné-Equatorial, São Tomé e Príncipe e ainda junto de todas as entidades
diplomáticas, com as quais a Guiné-Bissau tem mantido uma relação de cooperação.
Apelar a mobilização
dos jovens da Guiné-Bissau e das suas estruturas representativas em defesa dos
direitos que lhes assistem.
″A Coordenação Geral
da Coligação da Juventude dos Países Africanos da Língua Oficial Portuguesa
chocada como nunca, está a testemunhar e ao mesmo tempo a acompanhar com séria preocupação os últimos
acontecimentos sociais na Guiné-Bissau, decorrentes da realização, à 18 de Maio,
do protesto popular pacífico contra a deterioraçáo das condições básicas de
sobrevivència, pela Frente Popular, brutalmente reprimido pelo Governo da Guiné-Bissau”,
refere a Nota.
Nove dos cerca de 100
detidos de sábado ainda se encontram nas selas da segunda Esquadra , em Bissau.
O Tribunal Regional de Bissau determinou que sejam apresentados, quinta-feira,
ao Juiz de Instrução Criminal(JIC) pelo
Ministério do Interior e da Ordem Pública, mas essa apresentação ao JIC foi adiada para esta sexta-feira.ANG/MI/ÂC//SG
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