Conferência Internacional Justiça/ Participantes
defenderam a mudança de paradigma e a
reforma da Constituição para atender as aspirações dos guineenses
Bissau, 30
mai 24 (ANG) – Os participantes na Conferência Internacional sobre a justiça, defenderam a necessidade da mudança de paradigma do modelo constitucional
e a reforma da Constituição para atender as aspirações dos guineenses.
A exigência
consta nas conclusões saidas na Conferência Internacional sobre a justiça, sob
o tema "A Justiça e os Desafios Contemporâneos", que decorreu em
Bissau de 27, 28 e 29, tinha entre os seus objectivos, a partilha de
conhecimentos e das boas práticas e o reforço da Cooperação Judiciária.
Reiteraram ainda a necessidade de reforçar a cooperação
judiciária em matéria penal para o combate a criminalidade transnacional,
inclusive no combate aos crimes cibernéticos.
Nas resoluções
finais, pedem a criação de mecanismos eficazes que facilitem investigação
financeira permitindo a sua celeridade; a necessidade da operacionalização do
Gabinete de Recuperação de Ativos e de Administração de Bens enquanto
mecanismos de combate a criminalidade financeira, branqueamento de capital e
corrupção.
Encorajam o aumento do investimento público na área
judicial e a criação de condições para o normal funcionamento dos tribunais em
todo o país e construção de prisões e a adequação do sistema prisional aos ditames
internacionais e sobretudo em matéria de regras mínimas para o tratamento dos
presos.
Recomendaram
ainda a promoção seminários, conferências e discussões sobre a integridade da
magistratura, assim como a cultura de confiança entre o judiciário em geral e
os Órgãos da Policia Criminal, além disso a necessidade de criação de
instrumentos que permitam uma justiça alternativa e outros métodos de resolução
de litígios.
Nas conclusões,
defenderem a especialização nas magistraturas e aplicação do princípio de
inamovibilidade com a finalidade de aumentar a produção e responder ås demandas
da justiça e a criação de mecanismos de controlo independente das acções dos
magistrados e correcção dos autores judiciários que atentem contra os
procedimentos legais, assim como a consolidação do notariado por forma a
garantir a segurança documental.
A ministra da
Justiça e dos Direitos Humanos, disse que a Conferência que agora se encerra,
conseguiu identificar com realismo as
fragilidades, os desafios e as oportunidades, por isso deve se continuar
a olhar para a justiça e para as soluções que são necessárias, com o olhar do
cidadão que com ela interage ou por ele é condicionado na sua vida pessoal,
profissional e empresarial.
Maria do Cêu
Silva Monteiro acrescentou que é preciso desatar e romper os bloqueios que
existem, Inúmeras quantas vezes, apenas porque foi sempre assim.
A governante
afirmou que é necessário cuidar da justiça, da sua integridade e dos princípios
da separação de poderes em todas as suas dimensões.
Disse que, uma
justiça célere, eficaz e transparente, é essencial para prevenir e combater o
crime, frisando que, este é um momento histórico e significativo para todos
nós, comprometidos com a promoção da justiça e dos direitos humanos,
salientando que, juntos seremos mais fortes e venceremos ar barreiras e os
obstáculos.
Maria do Cêu
Silva Monteiro afirmou que é preciso
continuar a trabalhar juntos para desenvolver estratégias integradas e
eficazes, para reforçar o Estado de Direito e combater a criminalidade transnacional.
Os
conferencistas tiveram oportunidade de durante três dias de trabalho, debater
com diferentes atores da vida jurídica
nacional e internacional, com peritos em matéria constitucional, da
criminalidade internacional, da segurança notarial e documental, da gestão e
integridade do judiciário da proteção dos direitos fundamentais e acesso à
justiça.ANG/LPG/ÂC
Sem comentários:
Enviar um comentário