Conflito Médio Oriente/MNE israelita acusa Pedro Sánchez de ser "cúmplice de incitar o genocídio judeu"
Bissau, 28 mai 24 (ANG)
- O ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, Israel Katz, acusou
hoje o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, de ser "cúmplice do
genocídio judeu" por reconhecer o Estado palestiniano.
"O presidente
'@sanchezcastejon' - ao não despedir '@yolanda_diaz'_ e ao anunciar o reconhecimento
do Estado palestiniano - é cúmplice do incitamento ao assassinato do povo judeu
e de crimes de guerra", escreveu hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros
israelita, nas redes sociais, que também associou a mensagem à conta
do líder do Partido Popular, Alberto Núñez Feijóo, nas redes sociais.
Katz acrescentou que o chefe
do Governo espanhol deveria ter demitido a vice-presidente do Governo
espanhol, Yolanda Díaz, por ter afirmado que "a Palestina será livre
'do rio (Jordão) ao mar'".
O Governo de Espanha
vai reconhecer hoje formalmente a Palestina como Estado e prevê-se que a
República da Irlanda e a Noruega façam o mesmo a partir de hoje, como
anunciaram os três países na semana passada.
Na mesma mensagem publicada
hoje nas redes sociais - em castelhano e hebraico -, Katz acusou Díaz
de pretender a eliminação de Israel e a criação de um "Estado
terrorista" palestiniano, comparando a vice-presidente do Executivo
espanhol ao líder supremo iraniano Ali Khamenei e ao dirigente do Hamas em
Gaza, Yahya Sinwar.
Mais tarde, Yolanda
Díaz esclareceu que quando afirmou que "a Palestina será livre
do 'rio ao mar'" queria dizer que os dois Estados - Israel e
Palestina -, deveriam "partilhar um futuro de paz e prosperidade".
O esclarecimento de
Díaz ocorreu depois de a embaixadora israelita em Madrid, Radica
Radian-Gordon, a ter acusado de utilizar "uma palavra de ordem do
Hamas".
Pedro Sánchez manifestou
hoje vontade em manter "as melhores relações possíveis" com
Israel, apesar do reconhecimento da Palestina como Estado por parte de Espanha.
Por outro lado, Sánchez
expressou rejeição "categórica" do Hamas, que, frisou, não está
comprometido com a solução de dois Estados.
Na sexta-feira, Israel
anunciou que vai impedir a prestação de serviços a palestinianos pelo consulado
de Espanha em Jerusalém, que na prática funciona como uma embaixada para
residentes na Cisjordânia, prestando serviços consulares e assumindo as
relações diplomáticas com a Autoridade Nacional Palestiniana.
Na véspera da formalização
do reconhecimento, o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita ordenou que
o consulado espanhol em Jerusalém encerre os serviços a palestinianos a partir
do próximo dia 01 de junho.
Mais de 140 países
reconhecem a Palestina como Estado, alguns dos quais, membros da União
Europeia, como Bulgária, Chipre, República Checa, Hungria, Polónia, Roménia e
Eslováquia e a Suécia.
Portugal não faz parte do grupo de países que reconhecem a Palestina como Estado.ANG/Lusa
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