Manifestação Frente Popular/LGDH anuncia libertação de 84 dos 93 detidos em prisões de Bissau
Bissau,20 Mai 24(ANG) – A
Liga Guineense dos Direitos Humanos(LGDH), informa que, foram hoje libertados 84 dos 93 detidos pelas Forças de Segurança na sequência da
manifestação do último sábado (18.05) contra o atual regime, organizada pela
Frente Popular
"Entre 93 detidos, 84 foram libertados hoje, mas a luta continua", disse a LGDH em nota publicada na sua página no Facebook visitada pela ANG.
Na nota a LGDH informa que
nove pessoas continuam detidas, dentre as quais, o líder da Frente Patriótica, Armando Lona.
A Liga Guineense dos Direitos Humanos confirma a
detenção de mais de 70 pessoas, alertando para as "más condições de
detenção" e para o facto de algumas pessoas "precisarem de
assistência médica urgente". Um dos detidos encontra-se internado no
Hospital Nacional Simão Mendes.
Mais de 70 pessoas foram detidas sábado, 18 de Maio, em Bissau, Gabu e Buba. As detenções aconteceram durante as manifestações convocadas pela plataforma Frente Popular.
Em entrevista à RFI, uma das advogadas indigitadas pela Ordem dos Advogados da Guiné Bissau para assistir e tentar libertar as pessoas detidas descreve "um ambiente de perseguição" na capital guineense.
As detenções aconteceram durante manifestações convocadas pela plataforma Frente Popular, protestos dispersados de forma violenta pela polícia.
A Ordem dos Advogados da Guiné Bissau indigitou sete advogados para defender e tentar libertar as pessoas detidas, como explica Beatriz Furtado, uma das advogadas, que confirma a libertação de uma pessoa. "Foi criada uma comissão para acompanhar este caso.
Temos sete advogados e conseguimos falar com duas pessoas porque não nos permitem entrar em contacto [com os detidos]. Conseguimos uma porque é mãe, tem um bebé de nove meses. Tivemos de trazer a criança ontem para ser amamentado nos Calabouços e aí conseguimos. Um dos agentes sentiu aquela parte humana e libertou a mãe", descreveu.
A
advogada acrescenta, que, "segundo a informação de um dos agentes, [as
detenções] rondam 70 pessoas, entre elas 14 mulheres. Temos uma grávida detida
e uma idosa e há também dois jornalistas detidos".ANG/RFI
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