China/Governo quer objetividade em processos contra dirigentes de Israel e Hamas
Bissau, 21 Mai 24 (ANG) – A China defendeu hoje que o Tribunal Penal Internacional (TPI) se mantenha objetivo, após os mandados de captura solicitados por um procurador contra dirigentes israelitas, incluindo o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e do movimento islamita Hamas.
"Esperamos
que o TPI mantenha a sua posição objetiva e imparcial e exerça os seus poderes
em conformidade com a lei", declarou o porta-voz do Ministério dos
Negócios Estrangeiros, Wang Wenbin, apelando ao fim da "punição coletiva
do povo palestiniano".
Na segunda-feira,
o procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, solicitou
mandados de captura para o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, o
seu ministro da Defesa e três líderes do Hamas por alegados crimes cometidos na
Faixa de Gaza e em Israel.
Pequim
afirmou que existe "um consenso esmagador no seio da comunidade
internacional para parar imediatamente a guerra em Gaza e pôr fim à crise
humanitária do povo palestiniano".
"A
China esteve sempre do lado da justiça e do Direito internacional na questão
palestiniana", afirmou Wang, acrescentando que Pequim apoia "os
esforços para promover uma solução global, justa e duradoura para a questão
palestiniana".
O
procurador do TPI, Karim Khan, anunciou na segunda-feira que pediu mandados de
captura para Netanyahu e para o seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, por
crimes como "matar deliberadamente civis à fome", "homicídio
intencional" e "extermínio e/ou assassínio", relacionados com a
operação israelita em Gaza.
Karim
Khan solicitou igualmente a emissão de mandados de captura contra três
dirigentes do Hamas - Ismail Haniyeh, Mohammed Deif e Yahya Sinouar - por
crimes como "extermínio", "violação e outras formas de violência
sexual" e "tomada de reféns como crime de guerra", relacionados
com o ataque de 7 de outubro em Israel.
A
China há muito que apoia a causa palestiniana e uma solução de dois Estados
para o conflito israelo-palestiniano.
O Presidente chinês, Xi Jinping, apelou à realização de uma "conferência internacional de paz" para pôr fim à guerra. ANG/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário