ANAG pede calma aos associados
Bissau, 22 mar 19 (ANG) –
O Presidente da Associação Nacional dos Agricultores da Guiné (ANAG), pediu
calma aos agricultores, devido aquilo que chama de desinformação ou seja uma “exposição
de má-fé”, referente ao anúncio do
boicote da presente campanha de comercialização da castanha de caju pela
Associação dos Importadores e Exportadores da Guiné-Bissau.
Jaime Boles Gomes que
falava hoje em exclusivo à Agência de Notícias da Guiné (ANG) sobre as
perspectivas da presente campanha, afirmou que o desvio do dinheiro do Fundo Nacional
de Promoção Industrial (FUNPI) não pode
por em causa a quotização de 20 francos por cada quilo de castanha a exportar,
proposta pela Agência Nacional de Cajú da Guiné-Bissau (ANCA-GB).
Por isso, Jaime Boles
Gomes considera de má-fé o boicote da campanha, porque esta organização tem o
seu representante ou seja faz parte do Conselho Geral da ANCA-GB.
Boles acrescentando que, se há problema, deve ser
tratado numa das reuniões do referido Conselho e não anunciar o boicote de
forma unilateral.
O líder da Associação
dos agricultores avisou que, quem não quer participar no actual processo de comercialização
de caju que deixe, salientando que qualquer interveniente na fileira de cajú
tem que contribuir com o referido 20 francos para permitir a implementação do
plano de investimento apresentado pela ANCA-GB.
O Presidente da ANAG
garantiu que a presente campanha será melhor em relação a do ano passado.
Quanto ao Relatório de Contas
da Agência Nacional de Caju (ANCA) cuja apresentação é exigida pela Associação dos Importadores e Exportadores ,
revelou que o referido documento chegou de ser apresentado pela primeira direcção
daquela instituição, frisando que até fora apresentado um Plano de Investimento, no qual a ANAG devia
beneficiar de cerca 2.000 bolsas de formações para os seus associados.
“O desenvolvimento de
qualquer actividade não depende dos homens, mas sim da sua capacidade
intelectual científica e financeira, porque não podemos ter a castanha de caju
há muito tempo como um produto estratégico ou seja o ouro mas não beneficia os
agricultores”, disse.
Jaime Boles Gomes
considerou de grave o comportamento dos guineenses em pretender apenas ganhar dinheiro
na fileira de caju, sem nunca investir um tostão nela.
Falou da necessidade do
envolvimento de todos para melhorar as plantações de caju que, no momento,
estão a ser atacadas por pragas, acrescentando que essa situação já desperta
interesse de muita gente e sobretudo dos políticos.
O presidente da ANAG
abordou a necessidade de sensibilizar os produtores sobre como devem preservar o meio ambiente,
reduzindo hectares de plantação de caju.
Apela aos agricultores
para não receberem um quilo de arroz em troca de dois quilos de caju,
adiantando que devem esperar pelo anúncio oficial do preço e o acordo deve ser
alterado em conformidade com o valor indicado pelo governo
.
A castanha de caju é o
principal produto de exportação da Guiné-Bissau.
ANG/LPG/AC//SG
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