Tesouro americano taxa de corruptos altos responsáveis da CENI
Bissau, 22 mar 19 (ANG) - O Departamento
do Tesouro dos Estados Unidos da América acusou quinta-feira, em comunicado, o
presidente da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), Corneille Nangaa
e outros funcionários daquela instituição de terem desviado fundos operacionais
da central eleitoral, o que possibilitou o atraso das eleições de 2016.
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Trata-se de Corneille Nangaa, presidente da CENI, de Norbert
Basengezi, vice-presidente da CENI e de Marcellin Basengezi, filho do último e
conselheiro do mesmo órgão, e de dois altos dignitários do regime de Kabila,
nomeadamente o antigo presidente da Assembleia Nacional, Aubin Minaku e Benoit
Lwamba Bindu, presidente do Tribunal constitucional.
Um comunicado do Departamento do tesouro indica que durante as
operações que conduziram as eleições gerais de 30 de Dezembro de 2018, os três
altos funcionários da CENI enriqueceu-se ilicitamente, sobre-facturando por
mais de 100 milhões de dólares a compra das máquinas a votar e se atribuindo os
mercados sem respeitar as normas legais.
O presidente da CENI e outros responsáveis daquela instituição
de apoio à democracia desviaram fundos operacionais da central eleitoral e
tomaram decisões que afrouxaram o registo eleitoral, facilitando o atraso das
eleições, acusa ainda o comunicado do Departamento do Estado.
No documento, Nangaa é ainda acusado utilizar várias empresas
fictícias para desviar fundos operacionais do órgão para fins pessoais e
políticos, enquanto os outros responsáveis da CENI enriqueceram-se comprando e
vendendo combustíveis, o que atrasou o registo de muitos eleitores.
Ao comprar o combustível para os bureaux, Nangaa negociou uma
taxa reduzida, conservou a diferença em relação ao valor orçamentado para
dividi-lo entre os principais funcionários da CENI, e instou-os a fabricarem
recibos para compensar o deficit das despesas, afirmou Sigal Mandelker,
subsecretário do Tesouro encarregue do terrorismo e do reconhecimento
financeiro.
Por seu lado, Marcellin Basengezi é acusado pelo mesmo documento
de ter corrompido o Tribunal constitucional para fazer respeitar a decisão da
CENI de adiar as eleições previstas para
Relativamente a Marcellin Basengezi, o documento diz que o mesmo
beneficiou o seu hospital onde trabalha o pessoal da central eleitoral com o
dinheiro da instituição.
Quanto a Katintima, o mesmo é acusado de ter supervisionado os responsáveis
da CENI, utilizando também várias empresas de fachada para desviar fundos
operacionais para fins pessoas e políticos.
Retirou e forneceu 80 mil dólares dos fundos operacionais da
CENI ao seu próprio hospital, que tratava todos os funcionários da
instituição”, sublinha o Departamento do Tesouro.
Sigal Mandelker, revelou que a instituição superior de controlo
enviou à CENI investigadores não identificado para auditar as suas actividades
financeiras e, os responsáveis, incluindo Katintima, aceitaram corromper os
inquiridores em troca de ua auditoria falsa.ANG/Angop
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