Presidente apela à União Africana e CEDEAO para ajudarem Moçambique
Bissau, 21 mar 19 (ANG) – O presidente em
exercício da CPLP, Jorge Carlos Fonseca, apelou aos presidentes da CEDEAO e da
União Africana, respectivamente, para ajudarem as autoridades moçambicanas
neste momento de “grande tragédia” para o país.
O chefe de Estado cabo-verdiano diz-se
“comovido e preo-
cupado” com a situação por que passa Moçambique neste momento,
em que o país foi assolado por um ciclone tropical.
Em mensagem dirigida ao seu homólogo
Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, Presidente do Egipto e Presidente da União
Africana, o chefe de Estado cabo-verdiano, na qualidade de presidente em
exercício da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), pediu à UA a
prosseguir com os “esforços já consentidos”, através de ajuda já enviada, e, ao
mesmo tempo, apelou à “intensificação” de contactos diplomáticos com os
governos de países membros da organização continental a solidarizarem-se
como Moçambique.
Jorge Carlos Fonseca endereçou uma outra
mensagem do mesmo teor ao Presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, que é
igualmente presidente em exercício da Comunidade Económica para o
Desenvolvimento dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a quem solicita apoio
de solidariedade para com Moçambique.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi,
anunciou na terça-feira que mais de 200 pessoas morreram e 350 mil “estão em
situação de risco”, tendo decretado o estado de emergência nacional.
O Idai, com fortes chuvas e ventos de
até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na
quinta-feira à noite, deixando os cerca de 500 mil residentes sem energia e linhas
de comunicação.
A Cruz Vermelha Internacional indicou na
terça-feira que pelo menos 400 mil pessoas estão desalojadas na Beira, em
consequência do ciclone, considerando tratar-se da “pior crise” do género no
país.
No Zimbabué, foram contabilizados mais
de 100 mortos e mais de 200 feridos, com as estimativas a apontarem para mais
de 500 desaparecidos, enquanto no Malawi as únicas estimativas conhecidas
apontam para pelo menos 56 mortos e 577 feridos.
ANG/Inforpress
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