Bissau,27 mar
19(ANG) - O Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu à Guiné-Bissau a
realização de eleições presidenciais em 2019, "dentro do prazo legalmente
estipulado",e insistiu na necessidade de ser acelerada a revisão da
Constituição.
Vista do Palácio da República da Guiné-Bissau |
"Os
membros do Conselho de Segurança lembraram a importância de uma eleição
presidencial credível, livre, justa e pacífica a ser organizada dentro do prazo
legalmente estipulado", pode ler-se num comunicado sobre a Guiné-Bissau
divulgado na terça-feira ao final do dia.
No
comunicado, o Conselho de Segurança salienta também a "necessidade de um
diálogo inclusivo" e "instou as autoridades nacionais a acelerar a
revisão da Constituição, em conformidade com o Acordo de Conacri, bem como com
o roteiro de seis pontos da Comunidade Económica dos Estados da África
Ocidental (CEDEAO).
Os
membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas felicitaram os guineenses,
líderes políticos e organizações da sociedade civil pela realização das
eleições legislativas a 10 de março, com destaque para a Comissão Nacional de
Eleições que conduziu um "processo de contagem expedito" e "pelo anúncio oportuno dos
resultados".
No
documento, emitido pela presidência francesa do Conselho de Segurança, é pedido
também aos líderes dos partidos políticos guineenses para continuarem a
"abster-se de incitar os seus apoiantes a qualquer ação violenta e a
respeitar os resultados eleitorais".
Segundo
os resultados definitivos das eleições legislativas de 10 de março divulgados
pela Comissão Nacional de Eleições, o Partido Africano para a Independência da
Guiné e Cabo Verde (PAIGC) elegeu 47 deputados, o Movimento para a Alternância
Democrática (Madem-G15) 27, o Partido da Renovação Social (PRS) 21, a
Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) cinco,
e a União para a Mudança e o Partido da Nova Democracia, um deputado, cada um.
Os
resultados das eleições, bem como o nome dos deputados eleitos, já foram
publicados esta semana no Boletim Oficial (equivalente ao Diário da República).
O PAIGC,
a APU-PDGB, a União para a Mudança e o Partido da Nova Democracia assinaram na
semana passada um acordo de incidência parlamentar e governativa, que lhes
permite ter uma maioria de 54 deputados na Assembleia Nacional Popular.
O
Madem-G15 e o PRS também assinaram um acordo de incidência parlamentar.
Os novos
deputados tomam posse a 18 de abril. ANG/Lusa
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