Coordenador
do Projecto “Fórum de Paz” considera positiva a monitorização comunitária
durante o processo
Bissau, 22 mar 19 (ANG) – O
Coordenador do Projecto denominado “Fórum de Paz” vocacionada para a mediação de
conflitos relacionados com o processo eleitoral considerou hoje de positiva a
monitorização comunitária feita pela sua organização durante o processo
eleitoral de 10 de Março.
José Carlos Lopes Correia
falava numa conferência de imprensa em que se fez o balanço do controle comunitário das eleições legislativas
de 10 de Março passado, nos seis círculos eleitorais que compõem o Sector
Autónomo de Bissau (SAB).
Disse que trabalharam na base de apoio para a cidadania proactiva, com o objectivo
de fazer com que todos os cidadãos a
participassem nos actos eleitorais e dar a sua voz, contribuindo para a melhoria do
estado do país.
“Por isso, chegamos a conclusão
de que devemos fazer um trabalho de monitorização ou acompanhamento do processo
eleitoral findo iniciado desde o período de recenseamento, campanha eleitoral,
acto de votação e divulgação dos resultados, em conjunto com o grupo denominado “Kumpuduris
de Paz”, construtores da paz em português, para fazer os jovens irem as urnas”,
disse.
Lopes Correia lembrou que
certas reivindicações dos jovens em particular dos bairros de Cuntum Madina e
Pessak, que ameaçavam não se recensear se certas preocupações das suas
localidades não foram resolvidas, e afirmou que neste sentido houve contactos
com as associações dos bairros, que possibilitou a criação de um espaço de
reflexão para irem junto dos moradores para sensibilizarem a comunidade e
leva-la a entender que deviam recensear.
O Coordenador do Projecto
Fórum de Paz lembrou que o acto foi uma pequena contribuição da organização que
dirige mas muito valiosa, salientando
que concluíram que ajudaram muito em alertar ao povo em relação ao processo em que
muitas das vezes são ou foram enganados pelos políticos com promessas que nunca
foram compridas.
José Carlos Lopes Correia
disse que a maior preocupação da organização depois das eleições tem a ver com
a forma como vão acompanhar ou vigiar o mandato dado aos partidos, frisando que
não se deve eleger os dirigentes e deixá-los fazer o que entenderem, mas sim pressioná-los
a cumprir as promessas ou projectos eleitorais durante a
governação, para o bem das respectivas
comunidades.
Para o efeito o Núcleo de
Expressão das Associações de Base dos Círculos Eleitorais do SAB pedem a assinatura de um Acordo de Compromisso Solidário
entre o povo e os candidatos à deputados da Nação dos diferentes círculos
eleitorais, prevendo a promoção do
debates e convívios entre deputados e a comunidade, em diferentes círculos.
“ Através de um diálogo
inclusivo entre todas as organizações de base, iniciado em Outubro de 2018,
foram registadas as necessidades básicas mais urgentes para resolver e foi
produzido um Termo de Obrigação, que deverá ser assinado entre as comunidades, candidatos à
deputados e os seus respectivos partidos, envolvendo os 21 partidos concorrentes as eleições
legislativas passadas. Entretanto, até presentemente
nem todos os partidos o fizeram “,lamentou.
ANG/MSC/AC//SG
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