Capitão
dos Portos da Guiné adverte para medidas de precaução
Bissau, 27 mar 19 (ANG) – O
Capitão dos Portos da Guiné advertiu segunda-feira aos guineenses no sentido de
estarem atentos à catástrofes naturais, sendo que a Guiné-Bissau é o segundo
país mais vulnerável à subida do nível do mar a par do Bangladesh.
Em entrevista exclusiva á ANG,
Siga Batista disse que recentemente houve uma subida de nível de água na zona
de Marinha Mercante em Bissau, mas que não foi revelada ao público.
Aconselha à todos para se acautelarem
nas actividades que tocam com cortes de mangais, que são protectoras da zona
costeira.
Referiu que dada a situação geográfica da Guiné-Bissau, raramente o fenómeno de Moçambique(ciclone Itai) pode
acontecer no país “porque as águas das chuvas de nenhum país desaba para a
Guiné-Bissau”.
“A Guiné-Bissau está abaixo de nível da água
do mar e em caso de alteração repentina das ondas com 10 metros de altura ou
mais, pode sofrer consequências imprevisíveis. Atualmente a população está a
construir casas nas zonas húmidas impedindo o escoamento das águas,” advertiu.
O Capitão dos Portos, a título
de exemplo, indicou que alguns países fazem reforços com betão armado nas zonas
costeiras para protecção, o que não tem sido feito no país devido a
inexistência de projetos ou planos nesse sentido.
Disse que o país não tem mecanismos de alerta para qualquer calamidade natural, e que o Serviço de
Proteção Civil não tem meios materiais para responder à uma catástrofe natural
à qualquer momento.
Batista defende tomada de
medidas que proíbam cortes de mangais, muito praticado por cidadãos de países
vizinhos e a população guineense, para evitar a erosão das zonas costeiras e insulares.
Disse que a superfície de
algumas ilhas diminuíram ao longo das quatro décadas, devido a erosão da terra
porque o país não possui uma política de construção de diques para proteger a
subida do nível das águas. ANG/JD/AC//SG
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