Ministério das Finanças/Comissão Negocial dos grevistas acusa ministro de “má fé”
Bissau, 13 Out 20 (ANG) – O
porta-voz da Comissão Negocial da greve do Ministério das Finanças acusou hoje
o ministro da tutela de falta de vontade e “abuso do poder” em relação as
reivindicações dos funcionários em greve
na instituição desde 12 de Julho passado.
“Ou seja quando o incentivo
foi criado em 1997 os dois Ministério
eram um só e mesmo assim os funcionários da Secretaria de Estado do Plano não
beneficiavam desse subsídio. Só em 2014, quando ainda os dois ministérios se
fundiram num só é que o ministro de tutela na altura, Geraldo Martins achou por
bem introduzir os funcionários efectivos da Secretária de Estado do Plano e Integração
Regional, no mapa de incentivo do Ministério das Finanças “,explicou.
Injai frisou que na clausula
constava que quando um funcionário perder o vínculo com o Ministério das
Finanças, cessa imediatamente o seu direito ao incentivo.
Acrescentou, a titulo de exemplo,
que quando um funcionário das Finanças foi transferido para outro Ministério já
não tem o direito de receber esse incentivo.
Segundo Home Injai, o
decreto que instituiu o governo actual, acabou com a fusão dos dois Ministérios
, que permitia aos funcionários da Economia receber os incentivos.
Alega que, hoje, os dois Ministérios separaram e que
cada um deve assumir os seus encargos, e aconselha aos técnicos do Ministério da Economia e
Integração Regional a exigirem
incentivos a instituição que os tutela.
“E como afirmam que geram
receitas nos diferentes serviços devem reclamar junto aos seus superiores nesse
caso o ministro da Economia, o direito que têm, como acontece no Ministério das
Finanças ou seja, o filho só pode exigir direitos na casa do seu pai não o
contrário”, disse.
Salientou que esta situação de dar subsídios pertencentes
as Finanças aos funcionários da outra instituição nunca existiu, acrescentando
que recebiam porque os dois Ministério foram unidos , caso contrário não faz
sentido.
Reagindo as acusações do
Sindicato de base do Ministério da Economia e Integração Regional segundo as
quais os colegas do Ministério das Finanças
não querem que sejam controlados, Malam Injai disse que o Sindicato sempre
exige o controlo.
“ O Sindicato não é
administrador da instituição, mas sim segue orientações dos superiores
hierárquicos, mas quando estão a violar a
lei o sindicato reclama, tal como está a
acontecer neste momento”, sustentou.
Injai referiu que, no dia 8 de Junho passado, o ministro da
Finanças produziu um despacho ,onde disse que por causa do Decreto Presidencial
número 3 que acabou com a junção entre os Ministérios da Economia e Finanças,
cada um passou a ser independente, vai retirar os nomes dos funcionários da
Economia da mapa do subsídio de incentivo.
Disse que, por isso,
consideravam de muito bem fundamentado a medida, mas depois de receber uma
carta do seu homólogo do Ministério da Economia, neste caso Victor Mandinga, onde
lamentou que a greve na sua instituição afectou negativamente o funcionamento
da instituição, o titular da pasta das Finanças acabou por voltar a conceder aos funcionários da Economia o referido
subsídio.
Injai disse lamentar que até a data presente o patronato não se dignasse
em negociar com o sindicato, que lamenta ainda a situação de bloqueio de salários de 700
funcionários, bem como o despedimento dos cerca de 400 estagiários que exerciam há mais de 10 anos, “ porque
a administração não os efectivou e porque participaram na greve” .ANG/MSC/ÂC//SG
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