COP 26/EUA e a China anunciam declaração
conjunta sobre o clima
Bissau,11
nov 21(ANG) - Os Estados Unidos e a China, os dois maiores poluidores do mundo,
concluíram uma "declaração conjunta sobre o fortalecimento da ação
climática". O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que
foi dado “um passo importante na direção certa".
A dois dias do fim da COP26,
Washington e Pequim fizeram história ao anunciar uma “declaração conjunta sobre
o fortalecimento da acção climática".
O comunicado bilateral
refere que os dois países "reconhecem a seriedade e urgência da crise
climática” e que vão trabalhar para resolver o problema juntos.
Ambos os lados
comprometem-se a cooperar em normas regulatórias, transição para energia limpa,
descarbonização e "design verde e utilização de recursos renováveis".
O enviado especial dos
Estados Unidos para o clima, Jonh Kerry, salientou que esta Declaração
reconhece a necessidade “urgente” de
se acelerarem as acções para combater as alterações climáticas.
Durante uma conferência
virtual, à margem da cimeira Cooperação Económica Ásia-Pacífico-Apec- o
Presidente Chinês, Xi Jinping, declarou que “todos podem embarcar no caminho do desenvolvimento verde e sustentavel”.
Pequim e Washington
comprometeram-se a trabalhar em Glasgow para "um resultado ambicioso,
equilibrado e inclusivo na mitigação (emissões mais baixas), adaptação e apoio
financeiro" aos países pobres.
Em resposta a esta Declaração,
o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que foi dado “um passo importante na direcção certa".
Esta quarta-feira, a
presidência britânica da COP26 apresentou um primeiro projecto da declaração
final. No documento, os governos são instados a reforçar os objectivos de
redução de carbono até ao final de 2022, a apresentarem estratégias a longo
prazo para zero emissões de carbono e é pedido mais apoio para as nações
vulneráveis.
O texto provocou reacções
diversas, em particular dos países pobres, que insistem que os mais ricos devem
ajudá-los no combate e adaptação às alterações climáticas.
Ao fim de duas semanas de
conversações, em Glasgow, Reino Uunido, o presidente da cimeira, Alok Sharma,
pediu aos governos para definirem objetivos mais ambiciosos.
Uma das promessas por
cumprir é a atribuição de 50 mil milhões de dólares por parte das nações mais
ricas para ajudar os países em desenvolvimento a adaptar-se ao equilíbrio entre
crescimento económico e desafios climáticos.ANG/RFI
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