quinta-feira, 4 de agosto de 2022

 Ambiente/Técnicos da Plataforma “Planta” debatem estratégia de gestão racional de mangais no país

Bissau,04 Ago 22(ANG) – Cerca de 30 técnicos ligados à diferentes instituições ambientais estão reunidos hoje no 3º Encontro da Plataforma sobre Paisagens de Mangais na Guiné-Bissau denominada “Planta”.

Ao presidir a cerimónia de abertura da reunião, o Secretário-geral do Ministério do Ambiente e Biodiversidade disse que a “Planta” é um nome que interpela à todos porque vai significar, num futuro próximo, a realização de ações concretas para reduzir a degradação dos mangais.

Laurenço Vaz sublinhou que o mais importante objetivo da Plataforma Planta, é a conservação ambiental no seu todo, sobretudo de espécies marinhas que aproveitam esse ecossistema para se reproduzir, concretamente os peixes.

“O mangal representa quase tudo e com a criação do Parque Natural dos Tarrafes do Rio Cacheu, essa importância veio mais à tona”, salientou.

Segundo o Diretor-geral do Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas(IBAP), Justino Biai, os mangais representam 9,3 por cento do território nacional e 10 por cento da zona costeira.

Biai salientou que é algo que não existe em todos os países, frisando que a Guiné-Bissau tem a particularidade de ter a zona continental e insular e um terço do seu território são as ilhas e dois terços considerados da zona costeira.

“Se no passado falávamos dos mangais unicamente como espaço de procriação de recursos marinhos e costeiros, hoje em dia a sua importância está a ganhar cada vez mais proporções internacionais, sobretudo no que concerne ao sequestro de carbono”, salientou.

O Diretor-geral do IBAP acrescentou que o ecossistema do mangal tem um grande potencial de sequestrar o dióxido de carbono que é emitido ao ar pelo efeito de estufa e que está a contribuir para as mudanças climáticas.

“Isso significa que a sua importância não se limita unicamente ao país, mas sim, contribui para o clima global e por isso mesmo a sua importância ultrapassa, de longe, as fronteiras nacionais”, referiu Justino Biai.

Outra importância dos mangais, segundo Biai, se prende com as zonas de desobação e procriação dos recursos pesqueiros, de repouso de acasalamento de algumas espécies de aves residentes e emigradoras entre outras.

A Plataforma Sobre Paisagem de Mangais na Guiné-Bissau, (Planta), foi criada em 2020, a fim de combinar esforços, reunindo recursos, facilitando a sua coordenação, promovendo a partilha de conhecimentos, harmonização de métodos e definir obejctivos comuns nas áreas de investigação, educação, advocacia e angariação de fundos. ANG/ÂC//SG

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