Comunicação Social/“Atribuição da carteira profissional é única solução para combater o fenómeno “jornalismo político”, diz António Nhaga
Bissau, 05 Out 22
(ANG) - O Bastonário de Ordem dos Jornalistas
da Guiné-Bissau (OJGB) disse que, a única solução para combater o fenómeno “jornalismo
político” é começar a classificar a classe jornalística através de atribuição
da carteira profissional de jornalismo.
António Nhaga falava hoje em entrevista à ANG sobre o fenómeno “jornalismo
político” que está a ganhar espaço dentro da classe jornalística guineense, no
qual lamentou e condenou adesão progressiva e cada vez mais dos profissionais aos
partidos politicos, num país onde as pessoas já têm ideia do é jornalismo.
Disse que, como se
não basta, o subsídio da cobertura jornalistica nos trabalhos do jornalismo constitui o maior problrema do fenóminoʺ
jornalismo partidário”.
Sublinhou que neste
momento nem a Ordem, nem o Sindicados dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação
Social têm poder de resolver esta questão, a não ser por meio de atribuição da carteira
profissional e em caso da violação das condutas deontológicas que lhe seja
retirada a carteira.
“Como ainda não há carteira profissional e a
nossa profissão é aberta e onde qualquer pessoa no nosso país é jornalista,
neste momento a Ordem dos Jornalistas está um pouco fragilizada no sentido em que
por mais que falamos ninguém nos dá ouvidos”, explicou
Pediu ao Presidente
da República para promulgar a lei de atribuição da carteira profissional e
consequentemente a sua publicação no Boletim oficial e entrar em vigor.
O Bastonário
acrescentou que, se o referido documento entrar em vigor vai permitir classificar os jornalistas com emissão de
carteiras profissionais, adiantou que, esta é a solução imediata, fácil e consistente para
resolução do problema.
Para aquele
responsàvel, enquanto não existir a forma de como sancionar jornalistas, não se pode travar essas práticas
de ser assessor de imprensa ao mesmo tempo josnalista e militante dos partidos
políticos.
António Nhaga
salienta que, estas situações não dignifica a classe e que os jornalistas guineenses estão a abrir portas
para que a Federação Internacional dos Jornalistas e as pessoas que estão fora do
país ouvir que um jornalista foi espancado não vão acreditar, porque vão dizer
que jornalistas na Guiné-Bissau fazem política.
Realçou que, os
jornalistas têm de ser independentes e na sociedade democrática como esta que
querem na Guiné-Bissau, o jornalista deve ser uma pessoa do bem e fala a
verdade.
ʺUm jornalista não
pode dizer que é uma pessoa de bem e estar no partido político e nem pode dizer
que está a falar a verdade, porque quando entra num partido tem que alinhar com
estatuto do mesmo onde não vai pôr nada contra esse partido.ʺdisse
Nhaga disse que, não
há explicação para jornalísta inscrever no partido político, sabendo que esta
profissão é nobre e não quer a misturo, sustentando que jornalista é como
professor na sociedade que deve ter uma conduta exemplar.
Afirmou por outro
lado que, maior perigo deste fenómeno é desacreditação da classe jornalística
de uma vez por todas, onde ninguém mais vai acreditar no jornalismo guineense.
Considerou que, a solução
viável e imediato para resolução deste problema, para além da emissão da
carteira profissional era bom que a Direção dos Orgãos de Comunicação Social tenham
capacidade de poder identificar e se for necessário convocar uma reunião para
advertir todos os jornalistas de que quem for pego com cartão de militância do
partido vai ser expulso por justa causa, uma vez que partido e jornalismo são
incompatíveis. ANG/MI/ÂC
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