quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Comunicação social/Secretário-Geral de Sinjotecs considera de “preocupante” a proliferação do chamado “jornalismo politico”

Bissau 05 Out 22 (ANG) – O secretário-geral do Sindicato Nacional dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (Sinjotecs), considerou hoje de “preocupante” a inversão dos valores que fundamentam a actividade jornalistica com o exercicio do chamado “jornalismo político“, que tem vindo a ganhar força nos últimos tempos no seio da classe jornalistíca guineense.

Diamantino Domingos Lopes convidado a analisar a situação pela ANG, disse que a profissão de jornalista é muito complexa tendo em conta a sua incidência e efeitos sobre a sociedade.

“Ou seja, um jornalista não comunica por um certo grupo de pessoas em particular, mas sim, pela sociedade em geral sem diferença”, salientou.

Aquele responsável disse que, para um jornalista ganhar a confiança da sociedade deve ser aberto e focado a prestar um serviço à pessoas que não tem dois pesos e duas medidas e que coloca tudo no mesma balança e segue os crítérios básicos que fundamentam a sua profissão.

“O jornalista deve centrar as suas actuações na verdade, imparcialidade e foca sobretudo na diversidade e que não olha para A ou B quando assunto é informar”,disse.

Disse que, são esses valores que caracterizam um jornalista, por isso não precisa tomar partido, frisando que, agora um jornalista que toma partido, mesmo informando a verdade as pessoas vão duvidar.~

“Ou seja pela implicação prática que as informações têm na vida da comunidade, não devem ser questionados quando difundidas, pode até ser críticadas uma vez que abre horizonte para reflexão”, sublinhou.

Lopes salientou que, foi por isso mesmo que a Lei de Imprensa chama atenção no seu capítulo de Estatuto dos Jornalistas e que orienta para que ninguém une o trabalho de jornalista com nenhuma outra actividade que pode comprometer a sua liberdade enquanto profissional da comunicação social, adiantando que, quando um jornalista pertence a um partido político já está a pôr em causa estes valores.

Para o secretário-geral do Sinjotecs quando se trata de um jornalismo puro e duro, de produção de conteúdos notíciosos, não se pode associar com mais nada, nem com assessorias de imprensa e muito menos a filiação partidária, pelo menos de acordo com a lei de imprensa guineense.

O igualmente jornalista, disse que a promulgação da Carteira Profissional pelo Chefe de Estado podia ajudar a disciplinar a classe e obrigar as pessoas a cumprirem a lei onde será criada uma Comissão da Emissão de Carteira aos profissionais em função de critérios legais definidos no pacote legislativo.

“E quando um jornalista for dado a sua Carteira Profissonal tomou um compromisso com o Estado da Guiné-Bissau em como será obrigado a exercer jornalismo de acordo com o definido não só pelo Estatuto do Jornalismo e Lei de Imprensa, mas também a Lei da Carteira Profissional e se o violar vai ser retirado o documento e a pessoa em causa perde o direito de fazer jornalismo”,, explicou.

Este responsavél reconheceu a situação dificil em que se encontram os profissionais da imprensa que labutam sem condições, mas para ele a moral deve falar mais alto, contrariando a realidade actual em que a imprensa é em muito dos casos controlado e manipulado principalmente pelo poder político para seus beneficios .ANG/MSC/ÂC

Sem comentários:

Enviar um comentário