China/ Autoridades condenam
"veementemente" ataque a palestinianos
Bissau, 01 Mar 24 (ANG) - A China condenou hoje "veementemente" a morte de cerca de uma centena de pessoas durante uma distribuição de ajuda em Gaza, na sequência de disparos israelitas.
Os disparos israelitas contra uma multidão
faminta e uma enorme debandada durante uma distribuição de apoio humanitário em
Gaza, na quinta-feira, causaram a morte de mais de 110 pessoas, segundo o
Hamas, provocando a indignação da comunidade internacional e apelos à
responsabilização.
"A China está profundamente triste com
este incidente e condena-o veementemente", declarou a porta-voz da
diplomacia chinesa, Mao Ning, quando questionada sobre o assunto.
Esta tragédia ocorreu no mesmo dia em que o
Hamas palestiniano anunciou que mais de 30.000 pessoas tinham sido mortas em
Gaza desde o início da guerra.
A guerra foi desencadeada por um ataque a
07 de Outubro por comandos do Hamas que se tinham infiltrado no sul de Israel a
partir da vizinha Faixa de Gaza.
O ataque matou pelo menos 1.160 pessoas, na
sua maioria civis, de acordo com uma contagem da agência France Presse baseada
em dados oficiais israelitas.
Em represália, Israel prometeu aniquilar o
Hamas, considerado terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
Israel está a bombardear sem tréguas a Faixa de Gaza, um pequeno território
onde vivem os palestinianos.
"A China exorta as partes envolvidas,
em particular Israel, a decretarem um cessar-fogo e a porem imediatamente termo
aos combates", acrescentou Mao Ning, apelando a que "garantam
seriamente a segurança dos civis e assegurem que a ajuda humanitária possa
entrar [em Gaza], a fim de evitar uma catástrofe humanitária ainda maior".
O Governo australiano declarou também hoje
estar "horrorizado" com o ataque de Israel contra civis palestinianos
que recebiam ajuda humanitária em Gaza.
"A Austrália está horrorizada com a
catástrofe em Gaza e com a crise humanitária que provocou", declarou a
ministra australiana dos Negócios Estrangeiros, Penny Wong, numa declaração no
X, na qual sublinhou a importância de proteger os civis e de defender a ajuda
humanitária para aqueles que "dela necessitam desesperadamente".
Penny Wong, que sublinhou que "este
tipo de acontecimentos" é a razão pela qual a Austrália apela há meses a
"um cessar-fogo humanitário em Gaza", disse também que pediu aos seus
funcionários que transmitissem a condenação diretamente ao embaixador de Israel
na Austrália, Amir Maimon. ANG/Angop
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