Índia/Vacina de baixo custo contra
a malária chega a África em Maio
Bissau, 11 Mar 24 (ANG) - O maior
fabricante de vacinas do mundo, sediado na Índia, vai começar a distribuir uma
nova vacina contra a malária, a partir de Maio, em África, noticiou a agência
France-Presse (AFP).
O Serum Institute of India (SII) planeia
enviar, este ano, 25 milhões de doses da vacina, de baixo custo, denominada R21
e desenvolvida com a Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Moçambique, Chade, República
Centro-Africana, RDC e Sudão do Sul serão os primeiros cinco países a receber
as doses da R21, disse o Fundo da ONU para a Infância (Unicef) à AFP.
Uganda e Nigéria estão a planear a
introdução da vacina no final do ano.
"Oferecemos estas vacinas ao
continente africano a quatro dólares (3,65 euros) ou menos no primeiro ano. E à
medida que aumentarmos a produção, poderemos baixar o preço um pouco
mais", disse o diretor executivo da SII, Adar Poonawalla.
A produção pode chegar a 100 milhões de
doses por ano, indicou.
O envio das vacinas deverá começar no final
de Abril e a distribuição terá início em maio e Junho, disse o diretor de
investigação e desenvolvimento da SII, Umesh Shaligram.
A R21 foi recomendada em outubro pela
Organização Mundial de Saúde (OMS) para "prevenir a malária em crianças em
risco de contrair a doença". A Unicef e Aliança Global de Vacinas (Gavi)
vão ser as principais organizações a adquirir e a distribuir as vacinas.
Transmitida aos seres humanos pela picada
de certos tipos de mosquitos, a malária mata mais de 600 mil pessoas todos os
anos, 95% das quais em África, de acordo com dados da OMS. No continente, mais
de 80% das mortes são crianças com menos de 05 anos.
Em 2021, outra vacina, a "RTS,S",
produzida pelo gigante farmacêutico britânico GSK, tornou-se a primeira vacina
a ser recomendada pela OMS para prevenir a malária em crianças em áreas onde a
transmissão da doença é moderada a alta.
As duas vacinas têm taxas de eficácia
semelhantes, de cerca de 75%, quando administradas nas mesmas condições. ANG/Inforpress/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário