segunda-feira, 11 de março de 2024

   Índia/Vacina de baixo custo contra a malária chega a África em Maio

Bissau, 11 Mar 24 (ANG) - O maior fabricante de vacinas do mundo, sediado na Índia, vai começar a distribuir uma nova vacina contra a malária, a partir de Maio, em África, noticiou a agência France-Presse (AFP).

O Serum Institute of India (SII) planeia enviar, este ano, 25 milhões de doses da vacina, de baixo custo, denominada R21 e desenvolvida com a Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Moçambique, Chade, República Centro-Africana, RDC e Sudão do Sul serão os primeiros cinco países a receber as doses da R21, disse o Fundo da ONU para a Infância (Unicef) à AFP.

Uganda e Nigéria estão a planear a introdução da vacina no final do ano.

"Oferecemos estas vacinas ao continente africano a quatro dólares (3,65 euros) ou menos no primeiro ano. E à medida que aumentarmos a produção, poderemos baixar o preço um pouco mais", disse o diretor executivo da SII, Adar Poonawalla.

A produção pode chegar a 100 milhões de doses por ano, indicou.

O envio das vacinas deverá começar no final de Abril e a distribuição terá início em maio e Junho, disse o diretor de investigação e desenvolvimento da SII, Umesh Shaligram.

A R21 foi recomendada em outubro pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para "prevenir a malária em crianças em risco de contrair a doença". A Unicef e Aliança Global de Vacinas (Gavi) vão ser as principais organizações a adquirir e a distribuir as vacinas.

Transmitida aos seres humanos pela picada de certos tipos de mosquitos, a malária mata mais de 600 mil pessoas todos os anos, 95% das quais em África, de acordo com dados da OMS. No continente, mais de 80% das mortes são crianças com menos de 05 anos.

Em 2021, outra vacina, a "RTS,S", produzida pelo gigante farmacêutico britânico GSK, tornou-se a primeira vacina a ser recomendada pela OMS para prevenir a malária em crianças em áreas onde a transmissão da doença é moderada a alta.

As duas vacinas têm taxas de eficácia semelhantes, de cerca de 75%, quando administradas nas mesmas condições. ANG/Inforpress/Lusa

 

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