Austrália/Expulsão do embaixador do Irão após investigação sobre actos anti-semitas
Bissau, 26 Ago 25 (ANG) - A Austrália acusa o Irão de ter orquestrado dois ataques anti-semitas em Sydney e em Melbourne nos últimos meses, segundo o Primeiro-ministro Anthony Albanese, que também indicou que o Embaixador iraniano seria expulso.
Dos
cerca de dez ataques anti-semitas que abalaram a Austrália nos últimos meses,
pelo menos dois foram organizados pelo Irão. Essa
é a conclusão de uma investigação conduzida durante vários meses pelos serviços
de inteligência australianos. É uma revelação que chocou o Primeiro-ministro
Anthony Albanese.
"Esses
foram actos de agressão extraordinários e perigosos orquestrados por uma nação
estrangeira em território australiano. Foram tentativas de minar a coesão
social e semear a discórdia na nossa comunidade. É totalmente inaceitável e o
Governo australiano tomou medidas fortes e decisivas em resposta",
afirmou Anthony Albanese.
O
Primeiro-ministro anunciou que o seu Governo colocaria a Guarda Revolucionária
Islâmica na lista de organizações terroristas,
isto para além de expulsar o embaixador iraniano em Canberra.
Penny
Wong,
Ministra dos Negócios Estrangeiros, reiterou o carácter histórico de
tal medida: "Essa
é a primeira vez no período pós-guerra que a Austrália expulsa um
embaixador".
O
chefe dos serviços de inteligência disse que continuava a investigar o possível
envolvimento do Irão noutros ataques anti-semitas na Austrália, onde o regime iraniano usou uma infinidade
de intermediários para tentar encobrir os seus rastos.
As
autoridades iranianas já reagiram, rejeitando as acusações e
avisando que medidas seriam tomadas em consequência das decisões australianas.
De notar que a Austrália suspendeu as actividades da sua Embaixada no Irão e o Embaixador
vai regressar a Canberra.ANG/RFI

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