quinta-feira, 29 de março de 2018

Cajú


Exportadores concordam com o  preço base de compra ao produtor


Bissau,28 Mar 18 (ANG) - Os empresários indianos que operam na Guiné-Bissau concordaram terça-feira com o preço estabelecido para a castanha de caju a pagar ao produtor, fixado em 1000 francos CFA (1,5 euros) o quilograma.

Camlesh Ramchande, porta-voz dos comerciantes indianos que operam no setor na Guiné-Bissau, disse aos jornalistas, à saída de uma audiência com o Presidente da República, José Mário Vaz, que concordam com o preço fixado pelo líder guineense e comprometeram-se a comprar a castanha disponível no país.

«Estamos de acordo com o preço anunciado pelo Presidente da República», disse Camlesh Ramchande, sublinhando que a sua empresa e de outros operadores indianos não só vão comprar caju como vão "continuar a ajudar o crescimento da economia" do país.

A Índia é o destino da castanha do caju em bruto da Guiné-Bissau.

Anualmente, são exportadas mais de 150 mil toneladas daquele produto guineense para a Índia.

Camlesh Ramchande destacou também que os empresários indianos estão no país 12 meses por ano e que não se limitam apenas à compra da castanha do caju, trabalhando também na importação de produtos alimentares.

No domingo, um dia depois de ter anunciado o preço de referência da compra da castanha ao produtor, o Presidente guineense reuniu-se com os operadores económicos da Mauritânia que também prometeram comprar o caju guineense.

José Mário Vaz acredita que este ano o país poderá produzir 200 mil toneladas da castanha de caju.
ANG/Lusa

Novo Bilhete de Identidade/CEDEAO


Ministro de Justiça anuncia preço de dez mil CFA/peça

Bissau, 29 Mar 18 (ANG) – O ministro de Justiça anunciou  hoje que o novo Bilhete de Identidade(BI) que agora vigora no espaço da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) passa a custar dez mil francos CFA .

Rui Sanhá que falava aos jornalistas no ato de entrega da referida peça de identificação ao Presidente da República, disse que convidou o Chefe de Estado para dar abertura a impressão do Bilhete da CEDEAO, tendo esclarecido  que o preço alterou mas a validade de cinco anos se mantem.

Explicou que empresa produtora de bilhete de identidade , a SEMLEX foi quem propôs o preço de dez mil e o Estado aceitou porque terá sua parte nesta quantia.

O governante garantiu que qualquer cidadão pode manter com o antigo BI desde que  não esteja fora de prazo de validade.

Questionado para quando a informatização do sistema de registo civil na Guiné-Bissau respondeu que já fizeram um concurso público para tal fim, eque na primeira fase os beneficiários serão os citadinos da capital Bissau e os da região de Bafatá.  

ANG/JD/SG

Campanha/Cajú


BOAD admite possibilidade de apoiar desenvolvimento da fileira de cajú no país

Bissau, 29 Mar 18 (ANG) - O novo representante do Banco Oeste Africano de Desenvolvimento (BOAD) admitiu hoje a possibilidade de o país beneficiar de apoio financeiro desta instituição para desenvolver a fileira de cajú.

Aimé Bicaba que falava à imprensa a saída de uma audiência com Presidente da República José Mário Vaz disse que o encontro visa apresentar a sua pessoa como novo representante do (BOAD) na Guiné-Bissau.

Disse que prometera ao chefe de estado reflectir sobre as possibilidades de o banco apoiar o desenvolvimento da fileira de cajú. 

 Bicaba recordou que o BOAD já financiou cerca de 36 projectos, com destaque para os sectores de agricultura, infraestruturas rodoviárias e energia.

Por isso, de acordo com Aimé, os referidos sectores vão continuar a ter o apoio do BOAD.
Entretanto, o Presidente da República recebeu igualmente a Comissão Técnica dos Assuntos Políticos das Nações Unidas, que só vai prestar declarações no final dos encontros com as autoridades nacionais.

 ANG/LPG/ÂC/SG




quarta-feira, 28 de março de 2018

Festividade de Páscoa


Capitão dos Portos promete segurança nos transportes marítimos e nas praias 

Bissau, 28 Mar 18 (ANG) – O Capitão dos Portos da Guiné prometeu maior segurança e vigilância nos transportes marítimos de passageiros para as ilhas de Bubaque e Bolama e em todas as praias do país tanto da zona continental como insular durante as festividades da páscoa.
 
 Em entrevista exclusiva à ANG, Siga Batista afirmou que este ano serão proibidas as pirogas de transportar as pessoas para as duas ilhas excepto as mais longínquas.

“Já temos alguns botes rápidos para patrulhamento nas praias, sinalização nas zonas onde são proibidas o nado e efectivos policiais para evitar agressões nas praias “ frisou.

Disse que a única praia que possivelmente não terá segurança ou pode não ser usada na festividade da páscoa é o de Suru, no sector de Prábis, porque não tem condições higiénicas. 

Disse contudo que será limpada posteriormente, para que possa estar em condições de receber as pessoas. 

Siga Batista advertiu a todos os que consomem bebidas alcoólicas para não conduzir e nem entrar na água por que é muito perigoso.

ANG/JD/ÂC

Ciência & Saúde



Bissau,28 Mar 18(ANG) - O presidente da Associação Portuguesa do Sono lamenta que as pessoas achem "que trabalhar é mais importante que dormir". 

O maior risco à qualidade do sono "é a falta de respeito que há" por ele em Portugal, alerta a Associação Portuguesa do Sono, considerando que é necessário combater "uma cultura enraizada" na população de dormir pouco e sem regra.
"O maior risco é a falta de respeito que se tem pelo sono. Em Portugal, ainda não se valoriza o sono como algo essencial para o nosso bem-estar e a nossa saúde", disse à agência Lusa o presidente da associação, Joaquim Moita, que alerta para a prevalência na população portuguesa de doenças como a síndrome de apneia obstrutiva (49% dos homens e 25% das mulheres têm ou virão a ter) e a insónia crónica (10% dos adultos).
 Joaquim Moita sublinha que sem qualidade de sono podem surgir vários outros problemas, nomeadamente cardíacos - "em cada dez AVC, três ou quatro são em indivíduos com apneia do sono".

"Achamos que trabalhar é mais importante que dormir. Mas depois qual vai ser a rentabilidade no trabalho? O que é que se produziu do ponto de vista físico e intelectual? Se não dorme oito horas, a rentabilidade é mais baixa, e as empresas regem-se cada vez mais pela rentabilidade do que pelo número de horas", frisou.

No âmbito do Dia Mundial do Sono celebrado no passado dia 16 de Março, o especialista apela a que os portugueses sigam o exemplo do futebolista Cristiano Ronaldo, a quem "ninguém tira as suas oito ou nove horas de sono por dia".

Além disso, o presidente da Associação Portuguesa do Sono salienta que é necessário não ir atrás de "manias e modas", que vão surgindo, como "o disparate de levantar cedíssimo e ir logo correr - é caminho andado para um enfarte".

Na sociedade moderna e industrializada, onde já são poucas as pessoas que se deitam quando o sol se põe e se levantam com o nascer do sol, há também hábitos e situações laborais que potenciam uma má qualidade do sono, notou.

Normalmente, o ritmo endógeno do humano diz que "às 06:00 está na altura de se preparar para acordar", produzindo cortisol (hormona associada à actividade e movimento), sendo que perto das 21:00, com a escuridão, começa a ser libertada melatonina (associada ao sono), que atinge o seu pico por volta das 00:00, explanou.

Face a esse processo, o sol acaba por ser um "marcador do tempo", que ajuda a fazer a sincronização entre o ambiente e o ritmo interno de cada um.

O hábito de estar à frente de computadores, 'smartphones' e televisões à noite acaba por inibir a libertação da melatonina, face à emissão de luz azul pelos aparelhos, sublinha Joaquim Moita.

O trabalho por turnos nocturno também pode ter consequências, especialmente se for mais de oito horas por dia e durante mais de duas semanas e horários de trabalho muito flexíveis - situação que se verifica muito entre profissionais liberais - também pode resultar em implicações para a saúde, frisaram.

Segundo o coordenador do Centro de Medicina do Sono do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, há que seguir o bom senso: sete a nove horas de sono, deitar-se sempre à mesma hora e procurar logo o sol (devido à produção de cortisol) e acordar sempre à mesma hora (ao fim de semana pode ter-se "um desconto de uma hora", refere).

"Há uma hora para descansar e uma hora para estar acordado, mas as sociedades modernas não respeitam muito esses nossos relógios e ritmos. É preciso combater essa desregulação", frisou.  

ANG/Lusa