terça-feira, 29 de setembro de 2020


Covid-19
/OMS vai disponibilizar 120 milhões de testes rápidos para países pobres

Bissau, 29 Set 20 (ANG) – O director-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou segunda-feira que a organização vai disponibilizar para países mais pobres 120 milhões de testes rápidos de covid-19, com resultados em 15 a 30 minutos.

Numa conferência de imprensa online na sede da OMS em Genebra o responsável lembrou o papel que a organização já tinha tido na disseminação dos reagentes PCR, para que os países pudesse

m testar a presença do vírus, tendo vindo a trabalhar para desenvolver testes mais rápidos e simples de utilizar em qualquer local.

“Esperamos que outros testes rápidos se sigam”, disse ao anunciar um acordo com várias entidades para que sejam produzidos estes testes para países com poucos recursos. Na conferência de imprensa foi dito que beneficiarão dos testes 133 países, a maioria em África.

“Isto permitirá a expansão dos testes, particularmente em áreas de difícil acesso que não dispõem de instalações laboratoriais ou de pessoal de saúde com formação suficiente para realizar testes PCR”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, acrescentando que os testes rápidos vão ser disponibilizados ao longo dos próximos seis meses, com um preço de cinco dólares por unidade, “substancialmente mais baratos” do que os testes PCR.

Com um acordo e com um financiamento inicial, é preciso agora mais dinheiro para comprar os testes, avisou, explicando que o mundo tem de angariar mais de 35 mil milhões de dólares para o ACT-Accelerator (Acelerador de Acesso a Ferramentas Covid-19). O ACT-Accelerator é uma colaboração global para acelerar o desenvolvimento, produção e acesso equitativo a testes, medicamentos e vacinas conta a nova pandemia.

Na conferência de imprensa de hoje participaram também Catharina Boehme, directora executiva da Fundação para Novos e Inovadores Diagnósticos (“Foundation for Innovative New Diagnostics – FIND), e Peter Sands, director executivo do Fundo Global de combate à Sida, Tuberculose e Malária.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão de mortos e mais de 33,1 milhões de casos de infecção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. ANG/Inforpress/Lusa

 

 

Eleição na FFGB/Paulo Mendonça desiste da corrida à presidência da organização  

Bissau,29 Set.20(ANG)  - O candidato à presidência da Federação de Futebol da Guiné-Bissau(FFGB), Paulo Mendonça, anunciou na tarde de segunda-feira, ,a sua desistência da corrida ao cargo do organismo que dirige o futebol guineense .

Mendonça disse que fê-la através de uma carta endereçada à  Comissão Eleitoral que organiza as eleições, no dia 30 deste 

mês.

Na carta entregue por volta das 13 horas, citada pelo jornal o Democrata Mendonça justifica a decisão com o que diz serem  “incongruências, falta da transparência e de coerência na administração e organização do processo eleitoral”, e que, segundo a sua versão, “violam os estatutos e o regulamento eleitoral”.

Em conferência de imprensa realizada na sede do Sport Bissau e Benfica, Paulo Mendonça mostrou-se insatisfeito com a decisão da Comissão Eleitoral de readmitir a candidatura de Carlos Teixeira “Caíto”, que chegou de desistir da corrida a favor do presidente cessante ,Manuel Irénio Nascimento Lopes(Manelinho).

Criticou também a persistência da comissão em realizar a assembleia-geral na sede da FFGB, situada no Alto Bandim, em Bissau, porque “no passado, o Alto Comissariado de Luta contra a Covid-19 alegou que o espaço não reunia as condições para o cumprimento das regras do distanciamento social”.

“Diversas vezes tentei mostrar aos membros da comissão que devem ser isentos e transparentes, mas não foi o caso. Infelizmente, readmitiram a candidatura de uma pessoa que tinha desistido, por isso, eu acho que esta decisão é anti-estatutária e não posso participar naquele ato”, explicou.

Preocupado com a situação, Mendonça, que foi dirigente desportivo e antigo membro do Comitê Executivo da FFGB, entende que a comissão tinha todas as condições para organizar o processo eleitoral fora das instalações do órgão, permitindo assim total transparência à volta do ato.

Questionado pelo O Democrata sobre a possibilidade de o coletivo dos cinco candidatos protestarem  na instância judicial para inviabilizar o ato marcado para o dia 30 de setembro, Mendonça diz não ter informações sobre essa alegada pretensão.

Mendonça denunciou o envolvimento da classe política no processo eleitoral para escolher o sucessor do presidente cessante da FFGB, sem  mencionar nomes das pessoas a que se refere.

O dirigente desportivo fez lembrar ao executivo que tem obrigação de coabitar com qualquer candidato eleito pelos associados e clubes filiados no órgão, a fim de trabalharem para o desenvolvimento de futebol nacional.

Sobre a possibilidade de apoiar um dos candidatos do coletivo, Mendonça mostrou-se aberto neste sentido.

O ato eleitoral está marcado para amanhã, quarta-feira, 30 de Setembro na sede da fFFGB. Com a desistência de Mendonça  restam cinco candidatos: António Patrocínio, Benelívio Cabral Nancassa Ínsali, Carlos Teixeira (Caíto) Fernando Tavares (Bené) e Mutaro Bari. ANG//O Democrata

 


 Brexit
/Acordo de Saída deve ser concretizado e não renegociado – Bruxelas

Bissau, 29 Set 20 (ANG) – A Comissão Europeia vincou hoje que o Acordo de Saída do Reino Unido da União Europeia (UE) deve ser concretizado tal como aprovado e não renegociado, insistindo na necessidade de os dois blocos chegarem rapidamente a compromissos.

“O Acordo de Saída deve ser implementado, não deve ser renegociado e muito menos alterado unilateralmente, ignorado ou desaprovado”, declarou o vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelas Relações Interinstitucionais, Maroš Šefčovič.

Falando à imprensa em Bruxelas após a terceira reunião do comité misto UE-Reino Unido, o responsável reiterou “o pedido da UE [para o Reino unido] retirar as partes litigiosas proposta de lei do Mercado Interno até ao final de Setembro”.

“Lembramos que a proposta de lei, se adoptada na sua forma atual, constitui uma violação extremamente grave do Protocolo sobre a Irlanda/Irlanda do Norte, como parte essencial do Acordo de Saída, e do direito internacional”, disse Maroš Šefčovič.

E, de acordo com Maroš Šefčovič, “a janela de oportunidade para pôr em prática as medidas operacionais necessárias para o funcionamento [deste protocolo] está a fechar-se”, razão pela qual salientou “a necessidade urgente de o Reino Unido acelerar o seu trabalho”.

Observando que “muitas questões difíceis permanecem e as posições do Reino Unido estão muito distantes do que a UE pode aceitar”, o vice-presidente do executivo comunitário adiantou, porém, que Bruxelas está “disposta a trabalhar arduamente” com Londres “durante os próximos dias e semanas”.

“A UE está totalmente empenhada em conseguir uma implementação plena, atempada e eficaz do Acordo de Saída dentro do tempo restante disponível”, concluiu.

Londres irritou a UE no início de setembro ao avançar com uma proposta de lei que revê o Acordo de Saída ratificado em janeiro com os 27 para regulamentar a saída do Reino Unido da União Europeia.

A proposta foi aprovada na generalidade e na especialidade, embora o Governo britânico tenha cedido à pressão de um grupo de deputados conservadores preocupados com o risco de o texto violar direito internacional, aceitando apoiar uma alteração para dar ao parlamento a última palavra na decisão.

O texto deve terminar o processo na Câmara dos Comuns (câmara alta do parlamento) esta terça-feira e avançar para a Câmara dos Lordes (câmara alta), embora a imprensa britânica tenha noticiado que o Governo pretende atrasar esta fase para depois do Conselho Europeu de meados de Outubro, para não comprometer as negociações em curso.

Na proposta de lei do Mercado Interno do Reino Unido, destinada a substituir as normas europeias por regras para o comércio entre as diferentes regiões do Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte) após a saída da UE, o Governo invoca poderes para ignorar disposições que estão no Acordo.

Em causa estão questões como o preenchimento de declarações de exportação ou controlos aduaneiros entre a província britânica da Irlanda do Norte e a Grã-Bretanha, a ilha onde se encontram a Inglaterra, Escócia e País de Gales.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, argumentou que esta legislação é uma “rede de segurança” para proteger a integridade do país de “interpretações extremistas ou irracionais do Protocolo, que podem resultar numa fronteira no Mar da Irlanda”.

Esta semana decorre também a nona ronda de negociações entre Londres e Bruxelas para um acordo de comércio pós-Brexit, sendo crucial para concluir um acordo de comércio antes do Conselho Europeu de 15 de Outubro.

Meados de Outubro é considerado o prazo para alcançar um entendimento, senão a ausência de um acordo resultará em tarifas aduaneiras no comércio entre o Reino Unido e o bloco europeu a partir de 01 de Janeiro de 2021. ANG/Inforpress/Lusa

 

 

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara.Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Justiça/Inaugurado  novo Centro de Produção de Documentos Biométricos em Bissau

Bissau,28 Set.20(ANG) – O ministro da Justiça procedeu hoje a inauguração de novo Centro de Produção dos Documentos Biométricos da capital Bissau, construído de raíz e sita no bairro de Bandim Zona 7.

Na ocasião, Fernando Mendonça afirmou que  a inauguração desta n

ova  instalação para  produção de documentos biométricos, nomeadamente Bilhete de Identidade(BI), se enquadra no processo de reformas  em curso ao nível do Ministério.

 “Primeiramente, tentamos fazer a descentralização de Centros de Produção de bilhetes, de forma a permitir a população a ter acesso aos documentos com mais facilidade”, explicou.

São agora quatro os locais onde se pode obter BI em Bissau.

 “Com a inauguração do novo centro, as antigas instalações de processamento do BI, que funcionava no antigo Armazéns do Povo serão transferidas  para  Alto Bandim”, disse o governante.

Mendonça afirmou que as novas instalações dispõe de melhores condições de atendimento à  população e que pode albergar mais de 80 pessoas com algum conforto, acrescentando que igualmente as pessoas podem tratar os seus documentos noutras localidades como Bairro Militar, Missira e Santa Luzia.

“ Com a inauguração desse espaço vamos poder cobrir as necessidades de procura de Bilhete de Identidade ao nível de Bissau, embora é bom referir que essa peça de identificação é produzida igualmente nas re

giões”, explicou.

Disse que introduziram um novo sistema de entrega ao requerente do  BI num período de 48 horas, de forma a minimizar a pressão juntos dos funcionários e permitir-lhes fazer um trabalho com mais calma e serenidade.

Antes, o BI era entregue no  dia de pedido de emissão.

Segundo o ministro,  o novo Centro de Produção de Documentos Biométricos foi construído em parceria com a empresa Semlex, e orçado em  370 milhões de francos CFA incluindo a aquisição de  equipamentos.ANG/ÂC//SG

 


CEDEAO
/”Guiné-Bissau precisa melhorar a qualidade do ensino”, diz  "Comissário da organização para educação

Bissau, 28 Set 20 (ANG) – O Comissário da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para Educação, Ciência e Cultura   disse que a Guiné-Bissau precisa melhorar a qualidade de ensino para estar a altura de quadro de outros países membros da organização.

Leopoldo Amado falava aos jornalistas esta s

egunda feira, após a audiência com o chefe de Estado.

Em declarações  aos jornalistas,  o comissário disse que está de férias no país e que veio reportar  as autoridades aquilo que é a participação da Guiné-Bissau através  de alguns órgãos importantes que país ocupa neste momento, nomeadamente o cargo de comissariado para Educação, Ciência e Cultura, que representa com dignidade e orgulho.

Amado disse que veio  fazer uma visita de cortesia ao chefe de Estado e ao mesmo tempo reportar-lhe aquilo que são as dificuldades e também falar dos desafios e oportunidades que a Guiné-Bissau tem no âmbito da CEDEAO e também sobre a ciência e cultura e como o país pode aceder a meios, fundos e ajudas que a comunidade coloca a disposição dos países de Estados membros para seu desenvolvimento.  

"Precisamos  fazer tudo para que os nossos diplomas sejam reconhecidos lá  fora, há um problema de equivalência e reconhecimento dos nossos diplomas porque a formação que produzimos não é muito respeitado lá fora, e é uma formação inflacionada aos olhos dos outros”, diz aquele responsável."

Amado realçou que o grande desafio da Guiné-Bissau  é a melhoria da qualidade de ensino, porque “precisa ser um País competitivo” pelo que deve fazer com que toda a camada juvenil  fale, fluentemente, o português, Inglês e francês, para poder competir com os  jovens de países de sub-região. ANG/MI//SG

               

Branqueamento de capitais/Giaba organiza formação virtual regional para jornalistas de investigação sobre crimes económicos

Bissau, 28 Set 20 (ANG) – O Grupo Inter Governamental de Acção contra o Branqueamento de Dinheiro em África Ocidental (Giaba) organiza, de 29 à 30 de Setembro,  do ano em curso, uma formação virtual regional destinada aos jornalistas de investigação sobre os crimes económicos e financeiros na África Ocidental.


De acordo com um comunicado desta organização à que a ANG teve acesso,  o acto visa reforçar as capacidades dos jornalistas em matéria de investigações sobre os crimes económicos e financeiros, a criação de  uma aliança forte e bem concertada com os midia para uma divulgação eficaz das questões relativas a luta contra o branqueamento de capitais e o combate ao financiamento do terrorismo (LBC/CFT).

A iniciativa vida ainda informar aos midia sobre as iniciativas regionais incluindo o mandato do Giaba,  bem como aperfeiçoar a rede dos jornalistas que promove a boa divulgação das informações relativas aos dispositivos de LBC/CFT.

Segundo o documento durante os dois dias de seminário, vários temas serão desenvolvidos em diversas sessões nomeadamente temáticas relacionadas com a compreensão de quadro mundial de LBC/CFL, o desenvolvimento de métodos e estratégias de investigação, tendo em conta as particularidades nacionais, a utilização das novas tecnologias no jornalismo de investigação , perspetiva internacional e regional.

A criação e o funcionamento de redes de comunicação eficaz em matéria da luta contra o branqueamento de capitais e o combate ao financiamento do terrorismo, a utilização e a gestão dos “novos media “ para uma eficácia das denúncias de crimes e uma sensibilização reforçada, serão outros temas a serem tratados no seminário.

A nota do Giaba salienta que as actividades de formação serão animadas por peritos dos media com grande experiência em matéria de LBC/CFT ,bem como pelo pessoal do Giaba, através de apresentações de estudos de casos, partilha de experiencias entre outros assuntos

 “A luta contra a criminalidade económica e financeira é uma terefa de enorme envergadura que requer esforços concertados ,coordenados e cooperativos de vários atores, cada um com papeis distintos mas complementares”, diz o comunicado.


 
Desde 2019, acrescenta – e no âmbito do seu mandato e para maximizar a sensibilização para os efeitos deletérios do branqueamento de capitais, o Giaba alargou a sua base de partes intervenientes para abranger os media, os quais desempenham um papel crucial na promoção da boa governação e na denúncia das práticas de corrupção. ANG/MSC/ÂC//SG

 Enclave Nagorno-Karabakh/União Europeia e França apelam ao fim das hostilidades

 

Bissau, 28 Set 20 (ANG) - A União Europeia (UE) e a França apelaram domingo à cessação das hostilidades entre o Azerbaijão e a Arménia no enclave de Nagorno-Karabakh, pedindo às partes que se sentem à mesa negocial, noticiou a Lusa.

Em Bruxelas, e através do Twitter, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, manifestou-se preocupado com as “informações sobre as hostilidades” em

Nagorno-Karabakh, que considera “fonte das mais graves inquietações”.

“A acção militar deve cessar imediatamente, para impedir qualquer escalada (da violência) A única via possível é um regresso imediato às negociações, sem quaisquer pré-condições”, frisou.

Em Paris, o Governo francês afirmou-se “muito preocupado” com a situação e apelou também às partes à cessação imediata das hostilidades e ao regresso ao diálogo.

Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês reitera a disponibilidade da França para apoiar uma solução negociada e duradoura para o conflito naquela região, “no respeito pelo direito internacional”.

Já antes, em Moscovo, a Rússia também instara os dois países a cessarem imediatamente os combates próximo da fronteira comum junto a Nagorno-Karabakh e a sentarem-se à mesa das negociações para estabilizar a situação.

“A situação na zona de Nagorno-Karabakh deteriorou-se consideravelmente e instamos as partes a respeitarem um cessar-fogo imediato e a darem início a negociações com o objetivo de estabilizar a situação”, indicou hoje, em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.

Os apelos de Bruxelas, Paris e Moscovo surgem depois de as partes em conflito terem intensificado os confrontos na região de Nagorno-Karabakh, uma região separatista do Azerbaijão habitada maioritariamente por arménios e apoiada pela Arménia.

O Ministério da Defesa azeri acusou  a Arménia de ter violado o acordo de cessar-fogo (assinado em 1994) e lançado às primeiras horas de domingo “provocações em grande escala” com bombardeamentos contra posições do Exército do Azerbaijão e localidades situadas na primeira linha de zona de conflito.

Segundo a versão das autoridades de Baku, a arménia utilizou nos ataques armas de grande calibre, morteiros e artilharia, ações que provocaram “mortos e feridos entre a população civil” e “danos graves em infraestruturas civis”.

Por seu lado, o primeiro-ministro da Arménia, Nikol Pashinian, acusou o Azerbaijão de ter lançado uma ofensiva militar “com ataques aéreos e mísseis contra Artsaj”, nome arménio de Nagorno-Karabakh, e assegurou que o exército “fará tudo” para proteger o país da “invasão azeri”.

Antes o Ministério dos Negócios Estrangeiros arménio indicou que o Azerbaijão estava a lançar mísseis “contra localidades pacíficas, incluindo a capital [de Nagorno-Karabakh] Stepanakert”.

Nagorno-Karabakh foi cenário de uma guerra no início dos anos 1990, na qual morreram cerca de 30.000 pessoas, e, desde então, as autoridades azeris têm tentado recuperar o seu controlo, se necessário pela força, enquanto as conversações de paz permanecem num impasse há vários anos.

Os combates ocorrem regularmente entre separatistas e azeris, bem como entre Erevan e Baku.

Em 2016, os graves confrontos armados quase degeneraram numa guerra em Nagorno-Karabakh e, em Julho de 2020, registaram-se igualmente combates entre arménios e azerbaijaneses na sua fronteira.

Apesar de o conflito ter terminado em 1994 e de ter sido sucedido de um cessar-fogo, as tensões na região separatista de Nagorno-Karabakh permaneceram ao longo dos anos, tendo hoje subido de tom, com as partes a trocarem acusações sobre quem iniciou as hostilidades.ANG/Angop

 

 

             
            Covid-19/PAM e  UNICEF lançam programa de proteção social

Bissau, 28 Set 20 (ANG) - O Programa Alimentar Mundial (PAM) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lançam um programa conjunto de proteção social para reduzir o impacto socioeconômico da pandemia de COVID-19, em cerca de 1.500 famílias mais vulneráveis.

  A informação consta num comunicado à imprensa enviado à ANG, segundo o qual o PAM e o UNICEF visam atingir as oitos regiões do país, com maior prevalência de insegurança alimentar, segundo  resultados de inquéritos e pesquisas de  2019 e 2020 feitos em colaboração com os parceiros do Sistema 


de Monitoramento de Segurança Alimentar e Nutricional, incluindo Instituto Nacional de Estadísticas e o Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural.

A nota informa que as  100 famílias mais carenciadas do Setor Autônomo de Bissau, o epicentro da COVID-19 no pais, também vão receber esse apoio. 

 O documento informa ainda que o   programa tem financiamento do Fundo Fiduciário Multi-Parceiros para Resposta e Recuperação da COVID -19 das Nações Unidas e  da Agência Italiana para Desenvolvimento e Cooperação.

 “Uma meticulosa análise da vulnerabilidade foi conduzida, para garantir que os membros mais vulneráveis das comunidades identificadas possam se beneficiar do programa”, frisou.

O PAM e o UNICEF, em colaboração com o Ministério da Mulher, Família e Solidariedade Social vão  ajudar mais de 1.500 famílias, e 11.000 pessoas, através de transferências monetárias mensais via telemóvel, na  Guiné-Bissau.

Adiantou que, cada família receberá 40 mil francos CFA durante três meses com o objetivo de ajudar a mitigar o impacto socioeconômico da crise causada pela pandemia do coronavírus.

A COVID-19 colocou uma enorme pressão sobre as famílias, nas áreas rurais, devido as limitações das atividades económicas incluindo a campanha de caju.

“O PAM e a UNICEF estão determinados a aliviar as dificuldades daqueles que não têm medidas para se  defender, com foco  em famílias com múltiplas vulnerabilidades, na sua maioria chefiadas por  mulheres, com crianças, idosos, pessoas com desnutrição, deficiência, doenças crónicas e em situação de desemprego”, disse Kiyomi Kawaguchi, Representante do PAM na Guiné-Bissau.

As  transferências monetárias, através de telemóveis, o programa oferece mensagens personalizadas para as comunidades beneficiárias, com forte ênfase na promoção de medidas de segurança e de prevenção a COVID-19.

 “A situação atual exige o desenvolvimento de um programa de assistência social contextual, adaptado às restrições impostas pela crise do coronavírus acompanhada de uma comunicação eficaz e efetiva para diminuir riscos às famílias e crianças”, afirmou Nadine Perrault, Representante do UNICEF no país. 

O PAM e o UNICEF também estabeleceram um sistema de monitoramento remoto, por meio de ligações telefónicas, para avaliar o sucesso do programa, além de uma linha direta e gratuita aos beneficiários, a fim de garantir uma comunicação contínua e bidirecional com as populações atendidas.

Esta organização alimentar  trabalha em mais de 80 países, em todo o mundo, alimentando pessoas afetadas por conflitos e desastres e criando as bases para um futuro melhor. Na Guiné-Bissau o PAM apoia o Governo na área de segurança alimentar e nutrição fornecendo assistência a mais de 200.000 pessoas em todo o país.

O UNICEF também promoveu  direitos e o bem-estar de todas as crianças, em todo o mundo, junto com seus  parceiros, trabalham em 190 países e territórios para traduzir esse compromisso em ações práticas, concentrando esforços especiais em alcançar as crianças mais vulneráveis e excluídas, em benefício de todas as crianças, em todos os lugares. ANG/JD/ÂC//SG

 

   Saúde / Portugal tratou 8.344 doentes oriundos dos PALOP em quatro anos

Bissau, 28 Set 20 (ANG) – O Serviço Nacional de Saúde (SNS)  de Portugal tratou 8.344 doentes oriundos dos países africanos lusófonos, entre 2016 e 2019, sendo a maioria oriunda da Guiné-Bissau, segundo dados oficiais.

Estes doentes, que são enviados para Portugal ao abrigo dos acordos de cooperação entre Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau

Moçambique e São Tomé e Príncipe, são portadores de doenças que precisam de cuidados especializados que não existem nos seus países.

As especialidades mais procuradas são a cardiologia, a oncologia, a oftalmologia, a pediatria, a urologia, a otorrinolaringologia, a cirurgia geral e cirurgia pediátrica, a ortopedia e a neurocirurgia.

Segundo dados da Direcção Geral da Saúde (DGS), nestes quatro anos a Guiné-Bissau foi o país que fez mais evacuações médicas para Portugal (53%), seguindo-se Cabo Verde (31%) e São Tomé e Príncipe (12%).

No total, Portugal tratou 1.748 doentes enviados por estes países africanos de língua oficial portuguesa em 2016, 2.705 em 2017, 2.307 em 2018 e 1.595 em 2019.

No ano passado, Angola enviou para Portugal 46 doentes, Cabo Verde transferiu 619, a Guiné-Bissau 681, Moçambique 35 e São Tomé e Príncipe 234.

Nestes anos, Angola enviou em 2018 o maior número de doentes para Portugal (123), tal como a Guiné-Bissau (1.682), Cabo Verde e São Tomé e Príncipe enviaram mais em 2018 (659 e 284 respetivamente) e Moçambique atingiu o maior número em 2019, com 35 doentes.

Estes acordos de cooperação internacional no domínio da saúde visam assegurar, nas mesmas condições dos cidadãos nacionais, a assistência médica de doentes enviados pelos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

Em Portugal encontram cuidados de saúde hospitalares e em regime de ambulatório no SNS, para os quais o sistema de saúde do país de origem não tem capacidade técnica para os prestar.

Segundo a DGS, estes doentes estão sujeitos a regras e procedimento no acesso ao SNS que os distinguem dos demais cidadãos estrangeiros, por força da aplicação dos referidos acordos de cooperação, adquirindo o estatuto de doentes evacuados.

Para receberem o tratamento em Portugal, estes doentes têm de ser aprovados pela Junta Médica Nacional ou pela autoridade de saúde competente do respetivo país de origem. ANG/Inforpress/Lusa

 

 

Dia Mundial de Surdo/Associação de surdo da Guiné-Bissau pede inclusão de um intérprete na Televisão

Bissau, 28 set 20 (ANG) – O Presidente da Associação de Surdos da Guiné-Bissau pede ao Governo a inclusão de um intérprete nos serviços noticiosos da Televisão Pública para facilitar o acompanhamento dos noticiários por pessoas portadores de deficiência  auditíva.

José Augusto Lopes fez o  pedido  no fim de semana , no âmbito 

das celebrações do Dia Mundial de Surdos, assinalado   a 26 de Setembro com o lançamento de dois dicionários de línguas gestuais guineenses.

Segundo Augusto Lopes, ao nível dos países de língua oficial portuguesa, a Guiné-Bissau está em frente, “porque os técnicos nacionais são formadores de formadores de professores em linguais gestuais.

José Augusto Lopes lamentou a situação das crianças com deficiência auditiva, visual e motora do interior do país que não podem frequentar as aulas.

“Como temos condições para construir estabelecimentos de ensino no interior do país e colocação dos professores, desejamos implementar este ano lectivo 2020/2021, um regime de internato para que as  crianças com deficiências que se encontram no interior da Guiné-Bissau possam ter acesso à educação mas não vai ser possível devido a pandemia de covid-19”, disse.

Na ocasião, o   representante de surdos e mudos, Martinho Monteiro    considerou de discriminação o facto de os deficientes auditivos não terem as possibilidades de  compreender e acompanhar os acontecimentos do país.

Em representação do Ministro da Educação Nacional, Dulia Barbosa e Silva reconheceu a responsabilidade do Ministério da Educação de garantir instrução escolar a todos os cidadãos, mas admitiu que apoios para esse efeito podem vir de  outros parceiros.

Revelou que o Ministério está a evidenciar  esforços para melhorar a sua prestação no âmbito da educação inclusiva, por isso tem  vindo a formar professores em  diferentes áreas, inclusive professores para portadoras de deficiência.

 “O esforço que muitas das vezes é prejudicado  por causa da nossa instabilidade governativa”, referiu Dulia Barbosa e Silva.

Por outro lado, disse que a formação de portadoras de deficiência é um desafio não só para a  Escola de Surdos e Mudos, mas também do governo , que prevê a  melhoria de alguns aspectos relacionados com a sinalização das salas para que deficientes visuais possam ter acesso as salas  de aulas com facilidade e construção de rampas para os deficientes motora e a formação de professores em línguas gestuais.

O padrinho da escola  Bengala Branca da Guiné-Bissau, Braima Sanhá defendeu a institucionalização de um Dia Nacional dos deficientes auditivos, visuais e motoras para permitir que os dirigentes passam a saber o que devem fazer para melhorar a situação das crianças que estão nestas condições.

Enalteceu o trabalho feito pela direcção da escola, mas aconselhou-a a pensar na especialização dos professores.

Braima Sanhá agradeceu  igualmente a cooperação portuguesa pelo apoio para  a construção do estabelecimento de ensino para os deficientes nacionais.

O pardinho da escola exortou a  direcção da Escola Bengala Branc

a a pensar na  profissionalização dos jovens  dificientes para que possam ter maior e melhor reinserção social.

Acrescentou  que, caso contrário, não vale a pena ensiná-los escrever e ler e depois não serem úteis para  eles e nem para a sociedade.

As cerimónias de celebrações do Dia Internacional de surdos foram marcadas ainda  com a realização de uma palestra que decorreu sob o lema: “Línguas e Sinais para Todos”, e a entrega de prémios às equipas masculino e feminina vencedores dos torneios alusivo a data, assim como aos melhores jogadores.ANG/LPG/ÂC//SG

 

  

 

 

      CPLP/Ministros debatem “Ambiente em Português” por videoconferência

 

Bissau, 28 Set 20 (ANG) – Os ministros do Ambiente dos países que constituem a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) juntam-se quarta-feira, 30, para uma conversa sobre o “Ambiente em Português”.

O evento, que visa encerrar o ciclo de 23 conferências sobre soluções para a “Crise Climática”, organizado pelo Fórum da Energia e Clima, vai juntar os governantes da CPLP numa conversa, transmitida em directo nas redes sociais a partir

das 21:00 de Portugal (19:00 em Cabo Verde).

O debate, segundo o ‘site’ da CPLP, vai incidir em torno das crises globais e tem como propósito dar voz ao “espaço de amizade e cooperação” da Comunidade lusófona.

A discussão, que vai juntar os nove ministros do Ambiente da CPLP, vai ser transmitida em directo nas redes sociais (Facebook, Instagram e Youtube) e em alguns canais de televisão nacionais, com os quais o Fórum está a finalizar acordos para a disponibilização de sinal.

Confirmada está já a transmissão em directo em televisões da Guiné-Bissau e Guiné Equatorial. ANG/Inforpress

 

Turismo/Associação dos operadores turísticos pede ao Governo para minimizar prejuízos provocados pela Covid -19 ao setor

Bissau,28 Set 2020 (ANG) – O Presidente da Associação dos Operadores Turísticos e Similares da Guiné-Bissau(ASOPTS-GB), Jorge Paulo Cabral, apelou ao governo para apoiar o setor turístico da Guiné-Bissau com vista a minimizar os prejuízos provocados pelo desemprego e risco de falência de certos estabelecimentos turísticos em tempo da pandemia.

Jorge  Cabral fez este apelo  à margem da reunião de t

rabalho, no dia 26 do mês corrente, com operadores turísticos, no quadro da comemoração do Dia Internacional do turismo celebrado sob o lema: Turismo e Desenvolvimento Rural.

 Este responsável, em nome da ASOPTS-GB, pede ao governo para compensar os prejuízos dos funcionários inativos nesta altura de pandemia, em que se encontram sem nenhum subsídios para sobreviver, e também a isenção nas cobranças de água e luz nos estabelecimentos turísticos que atualmente não estão a recolher receitas para manter atividades.

"Muitos funcionários inativos nesta altura de pandemia descontam na Segurança Social, mas até então o Instituto de Segurança Social não reagiu sobre os prejuízos dos contribuintes", disse o Presidente de Associação dos Operadores Turísticos

Paulo Cabral ainda exortou o Governo à facilitar os procedimentos para as legalizações dos estabelecimentos e o acesso aos  empréstimos pelos seus associados com juros bonificados junto dos  bancos comerciais que estão a operar no país, para poderem organizar melhor e retomar das atividades sem grandes dificuldades.

Em representação do governo no ato, a Secretária de Estado do Turismo e Artesanato, Nhima Cissé, realçou os esforços levados a cabo pelo operadores turísticos nesta altura de dificuldades provocado pela pandemia, que assolou o mundo, e aconselhou à todos os atores da área a cumprirem com as recomendações das autoridades sanitárias para conter a propagação da Covid 19.

Ainda encorajou aos dirigentes da Associação pelos trabalhos feitos para a organização do setor, e para a comemoração do Dia Mundial do Turismo.

Esta governante salientou que o Turismo é um dos setores chaves para a criação de emprego e desenvolvimento da  economia do país.

Pelo seu turno, em representação da Direção Geral das Contribuições e Impostos, Seco Baio disse que os operadores não devem encarrar a sua direção como inimigo, mas sim como parceiro.

Segundo Seco Baio, a Associação deve se empenhar em formalizar os seus associados e exigir que montem contabilidades nos seus estabelecimentos para melhor colaborarem com a Direção Geral das Contribuições e Impostos e ganhar certos regalias e financiamentos para o setor.

"Sem as legalizações dos estabelecimentos turísticos, fica difícil
para o Governo apoiar. Primeiramente é reunir todos os requisitos exigidos, para depois cobrar o Governo a sua parte, e estamos aqui para ajudar a Associação na organização das contas e de outros assuntos sob  nossa tutela"  , disse Seco Baio.ANG/CP/ÂC//SG

 

 


Covid-19
/Número de recuperados é superior ao de infectados em 24 horas em África

Bissau, 28 Set 20 (ANG) – O número de recuperados da covid-19 em África nas últimas 24 horas, um total de 7.178, é superior ao de novos casos, de 5.730, havendo também registo de mais 155 mortes, informaram hoje as autoridades de saúde africanas.

Dados hoje divulgados pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC) revelam que, desde o início da pandemia no continente, existem já 1.450.048 casos de infecção (mais 5.730 nas últimas 24 horas) e 1.199.831 recuperados (m

ais 7.178).

Por seu lado, o número de mortos nos 55 Estados-membros da organização subiu nas últimas 24 horas para 35.299, mais 155 do que na sexta-feira.

De acordo com o África CDC, a África Austral continua a registar o maior número de casos de infecção e de mortos, com 17.618 vítimas mortais num universo de 730.924 infectados.

Só na África do Sul, o país mais afectado do continente, estão registados 669.498 casos e 16.376 mortos.

O norte de África, a segunda zona mais afectada pela pandemia, tem 320.684 pessoas infectadas e 10.744 mortos e, na África Ocidental, o número de infecções é de 174.815, com 2.595 vítimas mortais.

A região da África Oriental contabiliza agora 166.154 casos e regista 3.266 vítimas mortais e, por seu lado na África Central, estão registados 57.471 casos e 1.076 óbitos.

O Egito, que é o segundo país africano com mais vítimas mortais (a seguir à África do Sul) regista 5.869 mortos e 102.736 infectados, e Marrocos contabiliza 2.041 mortos e 115.241 casos.

A Argélia surge logo a seguir, com 50.757 casos de infecção registados e mais de duas mil vítimas mortais (2.007), sem mudanças nas últimas 24 horas.

Entre os seis países com mais afectados estão também a Nigéria, com 58.198 infectados e 1.106 mortos, e a Etiópia 72.700 casos, com 1.165 vítimas mortais.

Já no que toca aos países africanos de língua oficial portuguesa, Angola lidera em número de mortos e Moçambique em número de casos.

Angola regista hoje 171 mortos e 4.672 casos, seguindo-se a Guiné Equatorial (83 mortos e 5.018 casos), Cabo Verde (55 mortos e 5.628 casos), Moçambique (54 mortos e 7.757 casos), Guiné-Bissau (39 mortos e 2.324 casos) e São Tomé e Príncipe (15 mortos e 911 casos).

O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egipto, em 14 de Fevereiro, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infecção, em 28 de Fevereiro.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 993.438 mortos e cerca de 32,6 milhões de casos de infecção em todo o mundo.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.ANG/Inforpress/Lusa

 

 

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

   Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara.Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)