João
Lourenco acusa supostos militantes do MPLA de promoverem campanha contra o país
Bissau, 11 out 19(ANG) -
O líder do Movimento Popular de Libertação de Angola(MPLA), no poder,
acusou quinta-feira supostos militantes do partido de estarem por detrás de uma
campanha que visa a intoxicação e desestabilização de Angola.
”São esses mesmos que estavam embrulhados na corrupção,
os mesmos que desviaram os recursos do país para fora do país, apenas para
eles, são os que estão a utilizar esses mesmos recursos, que são de Angola para
financiarem a campanha de desestabilização, de intoxicação, que estão a azer
contra angola”, afirmou João Lourenço.
O também chefe de Estado discursava na abertura do
congresso da JMPLA, órgão juvenil do partdo, tendo depois solicitado permissão
aos delegados para fazer um segundo discurso, pequeno, sem ler, para dizer o
que lhe ia “na alma”.
A segunda intervenção de João Lourenço tem a ver com uma
forte campanha que se verifica nos últimos dias nas redes sociais, com
determinadas figuras da socviedade civil angolana, num apelo para na
sexta-feira as pessoas não irem trabalhar, em protesto à situação social e económica do país.
Para João Lourenço esta campanha não é contra si, mas contra o país, considerando “o mais
triste” que ela “não vem sendo movida, nem por forças estrangeiras nem por
forças da oposição”.
“Ela vem sendo movida por nacionais, aparentemente do
MPLA, e digo aparentemente porque não se portam como tal, e que ainda têm o
descaramento de falar em nome do povo”, frisou.
O líder do partido no poder em Angola questionou ainda se
“os mesmos que estavam embrulhados na corrupção”, qando “desviavam os recursos
do país”repartiram com o povo ou com os jovens.
“E então, como é que agora vêm falar em defesa do povo,
dos jovens. Coitado do povo que está a passar mal, coitada da juventude que não
tem emprego, e eu levanto esta questão
aqui, porque os cabos que estão a ser pagos para levar a cabo esta campanha
lamentavelmente são jovens, portanto, nada melhor do que levantar esta questão
no seio dos jovens”, disse.
João Lourenço quesntionou ainda o carácter destes jovens
“que alinham na campanha”.
“São bons jovens? São exemplares?. Pensamos que não.
Estão a fazer por quaisquer 100 euros se calhar nem isso, porque aqueles
avarentos também não lhes vão pagar muito mais”, apontou.
O líder do partido no poder em Angola desde a
independência , em 1975, reiterou o combate à corrupção, um tema que foi
colocado, com grande ênfase, pela direção do partido entre 2016 e 2017, no
período de preparação do congresso e das
eleições, e que diz-se determinado a cumprir.
“Houve promessa em oportunidades distintas de se iniciar
com essa cruzada, falou-se com relação à corrupção, tolerância zero, mas o que
verificamos é que esta tolerância zero não surgiu”, lamentou.
Para Lourenço, o caminho continua por percorrer:
Deram-nos essa incumbência e nós como não não gostamos de fingir que fazemos as
coisas, não gostamos de enganar o eleitorado, não gostamos, porque consideramos
errado, consideramos injusto utilizar os eleitores só para votarem em nós,
prometendo coisas para fazer de conta, nós estamos a procurar cumprir com essa
incumbência que o partido nos deu mesmo antes de sermos chefe de Estado”.
João Lourenço admitiu que já esperava essa reação,
referindo-se ao que se vem assistindo nos últimos dias.
De acordo com o chefe de Estado angolano, o combate à
corrupção é importante para garantir investimentos privado nacional e
estrangeiro no país, com vista à criação de emprego para o povo angolano e, em
particular, para a juventude.
ANG/SAPO Notícias
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