Justiça/Cinco latino-americanos suspeitos de tráfico de 2,6 toneladas de drogas começam
a ser julgados em Dezembro
Bissau, 29 Nov 24 (ANG) - O
Tribunal Regional de Bissau começa a julgar em 2 de Dezembro cinco estrangeiros
detidos em setembro com mais de duas toneladas de cocaína no aeroporto de
Bissau.
Eles estavam em um avião que
transportava a droga. Os suspeitos são todos latino-americanos; um deles é
brasileiro.
O advogado brasileiro Marlos Alberto de Paula
Balcaçar, ex-gerente de Receitas e Tributos de Coxim, no Mato Grosso do Sul,
foi preso em flagrante no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira em 7 de
setembro, a bordo de uma aeronave proveniente da Venezuela. Ele e outros
quatros suspeitos – dois mexicanos, um colombiano e um equatoriano – foram
detidos após a polícia encontrar no jato no qual viajavam 2,6 toneladas de
cocaína.
Fotos da polícia local mostram o interior da
aeronave repleto de imensos fardos de entorpecentes envoltos em plásticos sobre
os assentos. O carregamento foi incinerado duas semanas após a apreensão.
Uma
fonte ligada ao processo indicou que os suspeitos não fizeram nenhuma
declaração e que, até agora, as autoridades não conseguiram identificar quem
seria o dono do carregamento. Os cinco homens são acusados de tráfico
internacional de drogas formação de quadrilha e pouso ilegal em um
aeroporto. A Justiça não divulgou informações sobre as penas possíveis para
esses crimes.
De
acordo com a imprensa sul-mato-grossense, Marlos Alberto de Paula Balcaçar
estaria morando no México há vários anos. Mas antes de deixar o Brasil, ele
chegou a ficar conhecido em seu estado por ter denunciado uma tentativa suborno
que teria sofrido. Em 2009, quando ainda era gerente de Receitas e Tributos de
Coxim, ele acusou um fazendeiro de ter lhe proposto dinheiro em troca de uma
redução ilegal de impostos.
A
prisão do brasileiro e dos outros quatro latino-americanos em Bissau ocorreu
como parte da operação “Landing”, uma cooperação internacional envolvendo as
autoridades portuguesas, colombianas, norte-americanas e o Centro de Análises e
Operações Marítimas – Narcóticos (Maoc-N), uma iniciativa de seis países
membros da União Europeia e do Reino Unido. A Interpol e o escritório das
Nações para Drogas e Crime (ONUDC) também participaram da investigação.
Segundo especialistas, essa região do oeste da África, tem se tornado um ponto estratégico cada vez mais usado para o tráfico global de entorpecentes.ANG/RFI
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