Bélgica/João Gomes Cravinho é o novo
representante especial da União Europeia para o Sahel
Bissau, 19 Nov 24 (ANG) - Os responsáveis pela diplomacia europeia
nomearam segunda-feira, o antigo
ministro português dos Negócios Estrangeiros para o cargo de representante
especial da União Europeia para o Sahel.
João Gomes Cravinho assume o cargo já no próximo mês
de Dezembro, devendo permanecer em funções até Agosto de 2026.
Em comunicado, a instituição refere que o novo responsável vai
trabalhar para o alcance da “paz duradora, estabilidade e desenvolvimento” desta região,
que integra o Burkina Faso, o Chade, Mali, a Mauritânia e o Níger, estratégica
em termos de segurança.
Enquanto representante especial da União Europeia para o Sahel,
João Gomes Cravinho vai “colaborar com os países da bacia do Lago Chade, outros países e entidades
regionais ou internacionais dentro e fora da região, incluindo o Magrebe e o
Golfo da Guiné e os países vizinhos afetados pela dinâmica do Sahel", avança o documento.
De acordo com a agência de notícias Lusa, a nomeação do antigo
ministro português dos Negócios Estrangeiros já tinha sido acordada na semana
passada, mas foi oficializada hoje, em Bruxelas, com João Gomes Cravinho a
assumir o cargo no próximo mês de Dezembro, devendo permanecer em funções até
Agosto de 2026.
A região do Sahel atravessa actualmente várias crises simultâneas,
como a crise de segurança com ataques regulares perpetrados por grupos armados
e terroristas contra civis e forças de segurança, acrescentando-se a vaga de
golpes de Estado. Para além da Guiné Conacri houve registo de três golpes
militares no Burkina Faso, no Níger e no Mali.
No passado mês de Outubro, em declarações à agência de notícias
Lusa, João Gomes Cravinho considerou que a Europa é o único continente que será
capaz de resolver os problemas desta região.
"Trabalho não
me vai faltar, e importância estratégica da região para a Europa também não; se
não tomarmos conta disto, e mais ninguém vai tomar, porque os Estados Unidos
olham para o Sahel como um problema que afeta a Europa, a NATO também não tem
instrumentos nem vocação para trabalhar aqui, portanto é a União Europeia que
tem de usar os seus instrumentos para gerar uma dinâmica diferente na região", disse.
Desde 2014, que a União Europeia e os Estados-membros disponibilizaram cerca de 8 mil milhões de euro para apoiar a segurança, a defesa, assistência humanitária e desenvolvimento da região.ANG/RFI
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