Tentativa de golpe de Estado/Sociedade Civil preocupada com “direitos”
dos suspeitos detidos
Bissau,
07 Mar 22 (ANG) - O Presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil manifestou
hoje a sua preocupação quanto a necessidade de se repeitar a dignidade e os
direitos humanos das pessoas detidas na sequência dos acontecimentos do dia 01
de Fevereiro.
Fodé
Caramba Sanhá falava esta segunda-feira, à imprensa, após um encontro com o
ministro da Defesa Nacional sobre a situação das pessoas que foram detidas por
alegado envolvimento na tentativa de golpe de Estado, ocorrido no dia 01 de
fevereiro.
Afirmou
que o encontro se realizou no quadro de acompanhamento das detenções
relacionadas com o caso 1 de fevereiro último, em que homens armados
dispararam contra o palácio do Governo, onde estava a decorrer a reunião do
Conselho de Ministros presidido pelo Presidente da República, tendoprovocado oito
mortos.
“O
Movimento da Sociedade Civil condenou, com toda a força, a tentativa de subversão de ordem constitucional.
Mas, como se sabe, já passou um mês que
a investigação está a correr e preocupamos enquanto Sociedade Civil com a
questão dos direitos e de respeito a dignidade da pessoa humana mesmo sendo
detida”, disse.
Sanhá
acrescentou ainda que a organização preocupa com a condição humana dessas pessoas
mesmo estando na situação de
investigação porque é um direito que lhes assiste.
Com
o ministro da Defesa, segundo Fodé Sanhá, a organização recebeu uma explicação esclarecedora,
apesar de o tutelar do Ministério demonstrar
que o caso não está sob sua alçada, mas sim sob a do Ministério Público,
tendo Ministério da Defesa disponibilizado apenas espaços, nos quarteis da Base
Aérea, Amura e Marinha, para a detenção dos suspeitos.
Fodé
Sanhá disse que o ministro mostrou-se convicto de que esses detidos estão sendo
tratados com dignidade e disse que não está em causa questão de direitos
humanos.
O
Movimento da Socieade Civil prevê como
próximos passos , encontros com o mesmo objetivo, com o ministro do Interior e com o Ministério Público, para poder constatar “in loco”
como estão a ser tratados os detidos. ANG/DMG/ÂC//SG
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