Covid-19/ Casos globais descem 14%, mas OMS adverte para riscos de reduzir testagem
Bissau, 30 Mar 22(ANG) – Os casos de covid-19 registados na semana passada totalizaram 10,8 milhões, menos 14% do que nos sete dias anteriores, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que advertiu para os riscos de reduzir a testagem.
De acordo com a OMS, de 21 a 27 de Março, todas as regiões registaram uma redução de casos, com a Europa (5,2 milhões de casos) a descer 4%, a Ásia Oriental (4,6 milhões) a descer 24%, as Américas (634.000) a descer 14%, e o Sul da Ásia (232.000) a descer 14%.
A
Coreia do Sul foi, tal como nas semanas anteriores, o país que relatou mais
casos (2,4 milhões), embora tenham diminuído 13% em relação aos sete dias
anteriores.
Seguiram-se
a Alemanha (1,5 milhões), Vietname (1,1 milhões), França (845,000) e Itália
(503,000).
O
total de infecções globais desde o início da pandemia, há mais de dois anos,
ultrapassa agora os 480 milhões, o equivalente a mais de 5% da população
mundial.
As
estatísticas da OMS também mostraram um aumento acentuado de 45% de mortes por
covid-19 na semana passada (45.700), embora a OMS tenha esclarecido que este
aumento se deve principalmente a alterações técnicas na contagem em países como
os Estados Unidos, Chile e Índia, que relataram casos de meses anteriores.
O
Chile, de facto, foi o país que relatou mais mortes no mundo na semana passada
(11.800), incluindo também prováveis mortes por covid-19 nos meses anteriores.
Seguiram-se
os Estados Unidos (5.300 mortes), Índia (4.500), Rússia (2.800) e Coreia do Sul
(2.400).
Desde
o início da pandemia, pelo menos 6,12 milhões de pessoas morreram de covid-19.
Cerca
de 99,7% dos casos de covid-19 testados em laboratório nos últimos 30 dias
pertencem à variante Ómicron, que é mais contagiosa do que as variantes
anteriores e que, desde a sua deteção em novembro, avançou rapidamente para substituir
a variante Delta, que tinha sido dominante durante grande parte de 2021.
A OMS
salientou que os números atuais “devem ser interpretados com cautela porque
muitos países estão a alterar as suas estratégias de testagem”, resultando na
deteção de menos casos em países com números de infeções anteriormente
elevados, nomeadamente os Estados Unidos.
“Os
dados estão a tornar-se menos representativos, menos exatos e menos robustos”,
advertiu aquela organização das Nações Unidas baseada em Genebra, que diz que
esta tendência “dificulta a capacidade de ver onde está o vírus, como está a
ser transmitido e como está a evoluir”.
Isto
“poderá resultar em mais hospitalizações e mortes no futuro”, adverte a OMS,
que insiste que “é demasiado cedo para reduzir o nível de vigilância”.
A
doença covid-19 é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de
2019 em Wuhan, cidade do centro da China. ANG/Inforpress/Lusa
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