Ucrânia/Cidade de Kherson à beira de catástrofe humanitária – MNE ucraniano
Bissau,23 Mar 22(ANG) – A cidade de Kherson, no sul da Ucrânia, tomada pelo exército russo no início de Março, está à beira de uma catástrofe humanitária, denunciou terça-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano.
“Apesar
dos esforços do Governo da Ucrânia e de organizações humanitárias
internacionais, a Federação Russa continua a recusar-se a criar um corredor
humanitário para retirar civis e fazer a entrega de alimentos. A cidade está a
aproximar-se de uma catástrofe humanitária a cada dia que passa”, refere num
comunicado.
“A
situação humanitária está a deteriorar-se rapidamente. A cidade tem carência
crítica de alimentos e medicamentos devido ao cerco. Os recém-nascidos, que
precisam de produtos de nutrição e higiene infantil, e os doentes graves
constituem a população em maior risco”, segundo o ministério.
“Os
invasores russos retaliam contra os moradores da cidade”, denunciou o governo
ucraniano, recordando que na segunda-feira abriram fogo contra manifestantes
pacíficos na Praça da Liberdade, ferindo um idoso.
O
ministério acrescenta que “cerca de uma centena de estudantes internacionais,
principalmente de países africanos, estão atualmente em Kherson”.
A
cidade, com cerca de 300.000 habitantes, está localizada junto ao rio Dnieper e
nas margens do Mar Negro, e é um ponto estratégico da ofensiva russa devido à
sua proximidade com a Crimeia, a península anexada pela Rússia em 2014.
A
Rússia lançou em 24 de Fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou
pelo menos 953 mortos e 1.557 feridos entre a população civil, incluindo mais
de 180 crianças, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, das quais
3,48 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
Segundo
as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência
humanitária na Ucrânia.
A
invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que
respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções
económicas e políticas a Moscovo.
ANG/Inforpress/Lusa
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