Ambiente/Ministério lança projeto de Elaboração do Sétimo Relatório Nacional de Biodiversidade
Bissau, 17 Set 25 (ANG) - O Ministério
do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática promoveu hoje em Bissau um ateliê
de lançamento oficial do projeto de Elaboração do Sétimo Relatório Nacional
sobre a Biodiversidade.
Na ocasião, o ministro do Ambiente,
Biodiversidade e Ação Climática, Viriato Luís Soares Cassamá disse que, o projeto representa o compromisso nacional e internacional
de conservar a biodiversidade, que diz, “deve ser preservado para sustentar as gerações presentes e vindouras”.
Aquele responsável realçou que a
Guiné-Bissau é um país abençoado por uma riqueza natural extraordinária, com
mangais imponentes, que estão entre os mais vastos e produtivos da África
Ocidental.
Adiantou que as florestas abertas e de
galerias, as savanas e as ricas águas costeiras sustentam a biodiversidade e
são a base da economia, da cultura, da segurança alimentar e da própria população.
Disse que, reconhecendo a referida
dádiva, o governo tem empreendido ações concretas para honrar as obrigações,
tanto internas como perante a comunidade global, destacando entre as quais, a adesão
e Ratificação de Convenções, nomeadamente a Convenção sobre a Diversidade Biológica
que já é implementada e o novo Quadro
Global da Biodiversidade de Kumning e Montreal, para a década de 2020-2030.
Cassamá acrescentou que o acto demonstra a vontade politica de
fazer parte da solução global para a crise de perda da biodiversidade,
consolidação da rede de Áreas protegidas, e a Conservação de áreas chaves.
"Temos investido na gestão do
Arquipélago dos Bijagós como Reserva da Biosfera da UNESCO, o Parque Natural
das Lagoas de Cufada, e o Parque Nacional de Dulombi. Estas áreas são fortalezas
da nossa conservação, políticas e estratégias nacionais, elaboramos e estamos a
implementar instrumentos de politica fundamentais, como a antiga Estratégia
Nacional e Plano de Acção sobre a Biodiversidade e Documentos Estratégicos
Nacionais sobre as Alterações Climáticas, que procuram integrar a conservação
nas politicas sectorias," disse.
Em relação aos projetos de campo, disse que,
com o apoio dos parceiros, implementaram projectos de conservação de espécies emblemáticas, tais como
as tartarugas marinhas, o hipopótamo e as aves migratórias, e que fez-se a reflorestação
de mangais, e promoção de meios de vida sustentáveis para as comunidades que
vivem em torno das áreas protegidas.
O governante garantiu que o Sétimo
Relatório Nacional será um diagnóstico preciso e actualizado do estado da
biodiversidade e a bússola que lhes guiará.
Exorta aos técnicos, parceiros e a sociedade civil no
sentido de se engajarem profundamente no processo, para a elaboração não apenas de documentos, mas sim de um Pacto
Geracional para a Biodiversidade da Guiné-Bissau.
“É um pacto que garanta que o canto
dos pássaros nas matas, o pulsar de vida nos mangais e a abundância dos mares
continuassem a ser a herança deixada aos
filhos e netos”, frisou.
Por seu turno, a chefe do Unidade de
Ambiente, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PNUD, Nelvina Barreto disse que, a elaboração do 7º Relatório Nacional sobre a Diversidade Biológica, da Estratégia e
Plano de Ação para a Biodiversidade da Guiné-Bissau constituem etapa importante
para a validação dos próximos passos e que será uma das principais ferramentas
de uso do projeto BIOFIN, na determinação das despesas da biodiversidade,
definição das prioridades e soluções financeiras.
"A degradação de ecossistemas e
milhões de espécies ameaçadas pela extinção, a nível mundial, representa perda
de valores significativas para todos. No contexto nacional este fenómeno está
cada vez mais crescente e constitui uma grande preocupação do PNUD, do Governo
da Guiné-Bissau e de todos os parceiros aqui presentes," disse.
Aquela responsável disse que a Convenção
sobre a Diversidade Biológica (CDB) preocupada com os desafios de mitigação dos
impactos ligados a perda da Biodiversidade, adotou novo quadro global para a biodiversidade, o
Kunming Montreal que inclui 23 metas globais a serem atingidos até 2030 com
objetivo de reverter a perda exponencial da biodiversidade.
O projeto BIOFIN tem como objetivo
equipar os países com as ferramentas e metodologias para avaliar as suas
necessidades de financiamento da biodiversidade, identificar ineficiências nos
gastos atuais e mobilizar recursos adicionais.
Nelvina Barreto afirmou que, ao se aproveitar
de mecanismos financeiros inovadores, melhorar os quadros políticos e alinhar
investimentos públicos e privados com os objetivos de biodiversidade, o BIOFIN está
a ajudar os países a desenvolverem soluções de financiamento sustentáveis e específicas
para cada contexto. ANG/MI/ÂC//SG

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