quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Política/”Mandato do presidente da República termina a 4 de setembro”, diz Supremo Tribunal de Justiça

Bissau, 06 Fev 25(ANG) - O Supremo Tribunal de Justiça decretou que o mandato do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, termina a 04 de setembro de 2025 e que só cessa funções com a posse do novo Presidente eleito.

O despacho, a que a Lusa teve quarta-feira acesso, datado de 03 de fevereiro, resulta de um requerimento do presidente do Partido Republicano da Independência para o Desenvolvimento (PRID), António Afonso Té, como se lê no documento.

O PRID é um dos partidos que integra a Plataforma Republicana "NÔ KUMPU GUINÉ" de apoio a Sissoco Embaló, e recorreu ao Supremo Tribunal para este se pronunciar na qualidade de Tribunal Constitucional, já que na ordem jurídica guineense assume também esta competência.

O Tribunal decidiu que "os cinco anos de duração do mandato constitucional do Presidente da República começam a contar a partir do dia 04 de setembro de 2020 ? terminam no dia 04 de setembro de 2025, devendo o chefe de Estado manter-se no exercício incondicional do cargo até a tomada de posse do novo Presidente eleito".

A decisão judicial surge entre a polémica que marca a atualidade política na Guiné-Bissau, com a oposição a defender que o mandato do Presidente termina a 27 de fevereiro, enquanto para o chefe de Estado só terminará a 04 de setembro.

A discussão tem envolvido altas figuras dos sistema judicial, como o bastonário da Ordem dos Advogados, Januário Correia, para quem "a lei é clara" e o mandato termina a 27 de fevereiro, e o Procurador-Geral da República, Bacari Biai, que defende que, de acordo com a legislação, o mandato só termina a 04 de setembro, que as eleições presidenciais realizam-se no ano do término do mandato e que este só termina com a posse do novo Presidente eleito.

Esta é a tese defendida pelo Ministério Público na ação do partido PRID e que o Supremo Tribunal acompanha no despacho, especificando que "os cinco anos começam a contar a partir da data da proclamação dos resultados definitivos, assegurados por Acórdão N° 6/2020-proferido pelo plenário do Supremo Tribunal de Justiça em sede do Contencioso Eleitoral".

O contencioso eleitoral a que se refere o despacho foi desencadeado pelo adversário de Umaro Sissoco Embaló nas eleições presidenciais de 2019, Domingos Simões Pereira, presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Simões Pereira contestou os resultados que deram a vitória a Sissoco Embaló, na segunda volta das eleições, em dezembro de 2019.

Declarado vencedor pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), Sissoco Embaló tomou posse numa cerimónia simbólica, num hotel de Bissau, a 27 de fevereiro de 2020.

O então Presidente da República, José Mário Vaz, entregou a pasta a Umaro Sissoco Embaló na cerimónia convocada pelo na altura vice-presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Nuno Gomes Nabiam.

O então presidente da Assembleia, Cipriano Cassamá, demarcou-se do ato classificado como "uma atitude de guerra" e "golpe de Estado" pelo primeiro-ministro à época, Aristides Gomes.

Os contestatários criticaram a tomada de posse ao arrepio das normas legais por ainda não haver uma decisão do tribunal sobre o recurso dos resultados eleitorais.

A decisão judicial foi conhecida a 04 de setembro de 2020, confirmando a vitória eleitoral de Umaro Sissoco Embaló.

Esta é a data a partir da qual começam a contar os cinco anos de mandato, segundo o despacho recente do mesmo tribunal, assinado pelo presidente, o juiz André Lima, que substituiu, em novembro de 2023, José Pedro Sambu, que renunciou ao cargo depois de homens armados e com farda militar serem enviados para a sua casa.

O Governo guineense, de iniciativa presidencial, anunciou recentemente que vai propor ao Presidente da República a realização em simultâneo de eleições gerais, presidenciais e legislativas, para entre 23 de outubro e 25 de novembro, a data em que a lei eleitoral prevê a realização de eleições no país.

O chefe de Estado dissolveu, em dezembro de 2023, o parlamento de maioria PAI-Terra Ranka, coligação liderada por Domingos Simões Pereira, que se perfila para nova candidatura às eleições Presidenciais, assim como Umaro Sissoco Embaló.

O Presidente marcou legislativas antecipadas para 24 de novembro de 2024, que foram adiadas por falta de condições técnicas.ANG/Lusa

Sociedade/Tiniguena reforça  ligações marítimas entre as ilhas Bijagós  e parte continental com três embarcações

Bissau, 06 Fev 25(ANG) – A Organização Não Governamental Tiniguena reforça as ligações marítimas entre as ilhas Bijagós  e Bissau e Biombo, no continente com três embarcações.

De acordo com a página de Facebook da organização, as  três embarcações estabelecerão ligações diretas e recíprocas entre Bissau e as sedes setoriais, nomeadamente o setor de Caravela, Uno, Bubaque e Bolama.

Acrescenta que  as outras cinco embarcações já existentes realizarão ligações entre as ilhas desses setores, proporcionando apoio às associações femininas nas deslocações  para a exploração de moluscos.

A  Tiniguena tem vindo a apoiar e a investir no desenvolvimento e na melhoria das condições de vida dos habitantes das ilhas, nomeadamente das ilhas Urok, desde 1993, desta vez investiu na aquisição de oito embarcações, cinco de alumínio e três de madeira para responder as necessidades e os desafios que condicionam a circulação de pessoas e bens entre as ilhas e a parte continental do país.

“Este investimento visou mitigar o isolamento das ilhas, fomentar a produção local e, por conseguinte, promover o crescimento económico e a autonomia das populações”, refere a organização na página oficial na Facebook. ANG/JD/ÂC//SG

Desporto-futebol/SB Benfica assume liderança isolada do Campeonato Nacional de Futebol da 1ª Divisão

Bissau, 06 Fev 25(ANG) - O Sport Bissau e Benfica venceu na tarde de quarta-feira,  por 2-1, na receção aos Estivadores dos Portos de Bissau no jogo referente à terceira jornada do Campeonato Nacional da Primeira Divisão.

No dérbi  disputado no estádio Lino Correia, em Bissau, foram os visitantes os primeiros a marcar  por intermédio de  Edmundo Pereira, aos 21 minutos, na conversão de uma grande  penalidade.

A reviravolta dos campeões nacionais em título só veria  a ocorrer no  segundo tempo com os golos do Javier Injai e Edmundo Monteiro, aos 55 e 72 minutos, respetivamente.

Com este resultado, o Sport Bissau e Benfica soma  nove pontos e assume a liderança isolada da Primeira Liga 24/25, isto porque, o FC Cumura empatou na noite de quarta-feira [2-2] frente ao FC Sonaco no jogo que encerrou a jornada três, em que o FC Sonaco conseguiu o  primeiro ponto na prova.

O sensacional FC Cumura passa a somar sete pontos na tabela classificativa tal como o FC Canchungo, Sporting CGB e UDIB. ANG/O golo GB

Comércio/ Setor privado mantém Guiné-Bissau na concorrência internacional na fileira do caju

Bissau, 06 Fev 25 (ANG) – O Secretário-geral da Câmara do Comércio, Indústria,  Agricultura e Serviços(CCIAS) disse, quarta-feira, em Bissau, que o setor privado através dos produtores, comerciantes e exportadores tem desempenhado um papel crucial na dinamização da actividade na fileira de caju, garantindo que o país se mantenha competitivo no mercado internacional.


Mama Saliu Bá fez estas afirmações na cerimónia que assinalou o  fecho da campanha de comercialização da castanha de caju/2024, em representação do Presidente Interino da organização Bacar Baldé.

Salientou  que a castanha de caju continua a ser o principal motor da economia da Guiné-Bissau, uma vez que representa mais de 90 por cento das exportações nacionais, e que é fonte essencial de rendimento para milhares de famílias.

“A campanha de cajú de 2024 trouxe uma melhoria significativa na dinâmica do sector e pela primeira vez não houve balizarão dos intervenientes e todos os atores da fileira puderam comprar diretamente aos agricultores, criando um ambiente de maior concorrência resultando em benefícios diretos, tanto para os produtores como para o governo, através de arrecadações de receitas fiscais", disse
.

Para Saliu Bá   o desafio mais crítico foi a fraca participação do sector bancário nacional no financiamento aos operadores, cujas as  principais  justificações têm sido a dificuldade de obtenção de garantias, a morosidade da justiça na resolução de litígios comerciais e o volatilidade do preço fixado pelo Governo.

Baldé agradeceu ao Governo pelo trabalho feito durante a campanha finda,. Tendo reiterado que a colaboração com o sector e privado será determinante para o futuro da economia nacional.

Realçou que juntos podem transformar desafios em oportunidades e garantir que o caju da Guiné-Bissau continuasse a ser um pilar de desenvolvimento do país.

Na campanha de comercialização de caju de 2024 foram exportadas 163 mil toneladas do produto que é considerado por muito o “Ouro da Guiné-Bissau", por ser o meio de sobrevivência   de muitas famílias guineenses.ANG/MSC/ÂC//SG


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Cooperação/ PR condecora Secretário-geral da Liga Mundial  Islâmica com medalha Colinas de Boé

Bissau, 05 Fev 25(ANG) – O Presidente da República condecorou, esta quarta-feira, o Secretário-geral da Liga Mundial  Islâmica com a  Medalha  Colinas de Boé, instituida pela Lei número 2/80 de 17 de maio, para expressar o reconhecimento do desempenho de diferentes personalidades mundiais.


O Cheikh Mohammad Ben Abdelkarim Alissa se encontra no país para uma visita de trabalho de dois dias, com o objetivo de estreitar laços de amizade e cooperação entre a Liga Islâmica Mundial e a Comunidade Islâmica da Guiné-Bissau.

Califa Soares Cassamá, chefe de Gabinete do PR, disse que a distinção, interpreta os sentimentos dos  guineenses para com a Liga Islâmica e enaltece o papel  relevante que o Mohammad Ben tem desempenhado.

Por sua vez, o Cheikh Alissa agradeceu pelo gesto  de Umaro Sissoco Embaló  e diz estar  satisfeito por ter recebido uma condecoração da Ordem Nacional. ANG/JD/ÂC//SG

Comércio/Governo encerra campanha de comercialização da castanha de caju/ 2024

Bissau, 05 Fev 25 (ANG) – O Primeiro-ministro afirmou hoje que a castanha de caju, não é somente um produto agrícola, mas sim, uma fonte de sustento para milhares de famílias e um pilar da economia da Guiné-Bissau.

Rui Duarte Barros fez estas declarações no ato de enceramento da campanha de comercialização da castanha de caju de 2024, e  afirmou que a ação que hoje chega ao seu término representa mais do que os números e volumes comercializados.

O chefe do governo disse que, isso reflete a resiliência e o espirito da cooperação, bem como a determinação do povo em superar desafios e construir um futuro mais próspero.

Segundo disse, ao longo da campanha encerrada hoje foram enfrentadas dificuldades como as variações climáticas, os desafios logísticos e  as flutuações de preços no mercado internacional.

O governante acrescenta que, contudo , graças ao esforço conjunto dos produtores, das associações, do governo e outros intervenientes no setor, conseguiu-se alcançar resultados significativos, tendo agradecido à todos os intervenientes no processo.

Barros  pediu aos agricultores para melhorarem a prática e os cuidados com os pomares com o objectivo de aumentar a produção e disse que o  país precisa que os produtores recebam preços justos pelos seus trabalhos e que a cadeia de valor da castanha de cajú seja cada vez mais inclusiva e competitiva.

Rui Duarte Barros realçou que um encerramento não é um ponto final, mas um ponto de partida que inspira um sonho mais alto e diz acreditar  que, juntos, se pode transformar este produto(caju) num motor de desenvolvimento da Guiné-Bissau.

O Pm deseja que a próxima campanha que se avizinha seja ainda de mais sucessos.

Para o ministro do Comércio e Indústria, Orlando Mendes Veigas  se 2024 que considera um ano de experiência, em que  foi lançado um desafio em termos de comercialização de caju e foi um sucesso, a campanha do ano em curso será ainda melhor, uma vez que os envolvidos  já conhecem o formato.

Segundo Veigas, o sucesso da campanha do a ano findo foi conseguido graças ao trabalho de equipa, que conseguiu impedir com que a castanha saísse da forma como saía para os países vizinhos.

A título de exemplo, disse que um comerciante com licença para trabalhar numa região, pode o fazer em outras áreas sem impedimento.

Veigas afirmou que apesar de a produção de caju não for boa no ano passado o Governo conseguiu exportar um total de 163 mil toneladas, frisando que o preço do produto compensou a perda uma vez que variou entre os 600 à 800 francos CFA.

Aquele responsável disse acreditar   que para  2025  a produção será outra, uma vez que choveu muito na Guiné-Bissau, e que se a poeira não estragar as flores de caju a produção será boa.

Falando da fraca participação do Setor Privado nacional na campanha devido, entre outros motivos, a falta de financiamento dos bancos, que exigiram garantias, Veigas disse que, os bancos têm normas que devem ser cumpridas antes de concessão de empréstimos.

 “Quem não o cumprir não pode receber créditos, mas há bancos que arriscam e dão empréstimo”, disse..

O governante reconheceu que a transformação local é um problema uma vez que as pequenas unidades existentes têm dificuldades de funcionar principalmente o ano passado em que a produto foi muito escasso.

Disse  que tem se esquivado de fazer comparação entre os anos 2023 e 2024, mas destaca  que foram reforçados os níveis de controlo da fuga da castanha para países vizinhos, o que , diz, terá ajudado para que não haja tanta fuga da castanha para países vizinhos, contrariamente ao 2023

No ato tomaram parte os produtores, corpos diplomáticos ,sector privado, e alguns membros do Governo.ANG/MSC/ÂC//SG

 

                                                                                                   

Justiça/Dois funcionários do Aeroporto Osvaldo Vieira detidos por alegado tráfico de drogas foram hoje apresentados ao Ministério Público

Bissau, 05 Fev 25 (ANG) – Os dois funcionários  do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, detidos, terça-feira, pela Polícia Judiciária (PJ), por suspeita de  envolvimento em tráfico de drogas foram hoje apresentados ao Ministério Público (MP), para  efeito de responsabilização criminal.

Segundo o site da Polícia Judiciária (PJ) guineense, a respectiva operação foi conduzida pela Unidade Nacional de Combate à Droga da (PJ), na sequência de informações  recebidas de um indivíduo detido no aeroporto de Lisboa, que transportava 2.246,76 gramas de cocaína proveniente de Bissau.

De acordo com o mesmo “Site”, o traficante conseguiu embarcar a droga com a colaboração de dois funcionários do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira de Bissau, após passar pelo controle de revista, recebeu a carga das mãos de um dos empregados, que facilitou assim o tráfico ilícito.

“Esta importante operação contou com a efetiva colaboração do comando territorial da Guarda Nacional (CT-GN), no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, e a PJ reitera a importância da cooperação entre as autoridades para desmantelar redes de tráfico e garantir a justiça no país”, lê-se no site da PJ.ANG/LLA/ÂC//SG  

   

         Gaza/Alemanha, França e Reino Unido rejeitam plano de Trump

Bissau, 05 fev 25 (ANG) - Alemanha, França e Reino Unido rejeitaram hoje o plano do Presidente norte-americano de expulsar os palestinianos e ocupar os seus territórios, defendendo que a solução para a região tem de passar pela existência de dois Estados.

Faixa de Gaza "pertence aos palestinianos" e deverá, "tal como a Cisjordânia e Jerusalém Oriental" fazer parte do "futuro Estado palestiniano", defendeu a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, numa resposta às declarações de Donald Trump sobre uma possível tomada de poder da zona pelos norte-americanos.

"A população civil de Gaza não pode ser expulsa e Gaza não pode ser permanentemente ocupada ou recolonizada", sublinhou Annalena Baerbock, em comunicado.

Também a França se mostrou contra o plano, sublinhando que a solução para a região tem de passar pela existência de dois Estados: Israel e Palestina.

"A França opõe-se totalmente à movimentação das populações", afirmou a porta-voz do Governo francês, Sophie Primas, acrescentando que as declarações de Donald Trump sobre a Faixa de Gaza e a transferência dos palestinianos que lá vivem são "perigosas para a estabilidade e para o processo de paz".

Paris continua a ter a mesma política, garantiu, afirmando que não pode haver "nenhuma deslocação de populações", e que o cessar-fogo temporário deve ter em vista "um processo de paz e uma solução de dois Estados".

Uma posição que o Reino Unido também defendeu, com o ministro dos Negócios Estrangeiros, David Lammy, a defender que os palestinianos devem manter-se na Faixa de Gaza e na Cisjordânia e ter a possibilidade de aí "viver e prosperar".

"Precisamos de ver que os palestinianos são capazes de viver e prosperar nos seus territórios, em Gaza e na Cisjordânia", disse.

O Presidente norte-americano anunciou na terça-feira querer que os Estados Unidos assumam o controlo da Faixa de Gaza depois de os palestinianos serem reinstalados noutros locais.

No final de um encontro com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, Trump avançou que quer reconstruir aquela região e passar a controlar a zona, não excluindo a possibilidade de enviar tropas norte-americanas para a Faixa de Gaza.

Netanyahu considerou ser uma ideia que "vale a pena tentar", afirmando que o plano "pode mudar a História".

Donald Trump já tinha sugerido que os palestinianos deslocados em Gaza fossem "reinstalados permanentemente" fora do território devastado pela guerra, nomeadamente no Egito e na Jordânia. ANG/RFI

 

     Gaza/Agência da ONU para refugiados surpreendida com plano de Trump

Bissau, 05 Fev 25 (ANG) - O responsável da agênciada ONU para os refugiados considerou hoje "muito surpreendente" o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, de deslocar os palestinianos e ocupar a Faixa de Gaza.

“É muito difícil expressar-me sobre esta questão tão delicada", admitiu Filippo Grandi, em Bruxelas, citando pela agência francesa de notícias AFP.

Para o alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados, a situação atual "não é clara" após as "declarações extraordinárias" feitas pelo Presidente norte-americano na terça-feira.

Donald Trump disse que quer assumir o controlo da Faixa de Gaza, devastada pela guerra, e repetiu que os residentes de Gaza deveriam ir viver para a Jordânia ou para o Egito, apesar da oposição destes países e dos próprios palestinianos.

"É algo muito surpreendente, mas temos de ver concretamente o que isto significa", afirmou Filippo Grandi.

Sobre o anúncio feito na segunda-feira pelo conselheiro presidencial Elon Musk do fim abrupto da ajuda externa norte-americana, que vai afetar várias organizações não-governamentais, o alto-comissário voltou a apelar à cautela.

"Está tudo muito fluido agora, o que é um problema, porque somos uma organização que não pode esperar muito tempo", devido à importância crítica do financiamento dos EUA, admitiu, lembrando que a ajuda norte-americana representa atualmente "entre 35 e 40%" das contribuições para o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR).

O responsável das Nações Unidas considerou "radical" a abordagem de Elon Musk, o braço direito de Donald Trump responsável por uma diminuição dos gastos do governo federal, mas disse que "já estava a dialogar" com as autoridades norte-americanas sobre o processo de "renegociação da ajuda".

O diálogo não está, no entanto, a acontecer com o Elon Musk, já que Filippo Grandi não relatou qualquer interação direta com o milionário doo da rede social X, sublinhando que o interlocutor do ACNUR "continua a ser o Departamento de Estado".

A administração norte-americana anunciou no domingo que tinha afastado dois chefes de segurança da USAID, agência humanitária dos EUA que financia desenvolvimento internacional, depois de estes se recusarem a entregar material confidencial ao Departamento de Eficiência Governamental, conhecido como DOGE, dirigido por Elon Musk.

Trump explicou a decisão afirmando que a agência é dirigida por "extremistas loucos", que devem ser expulsos, e garantiu que as decisões de Musk são sempre concertadas com a Casa Branca.

Elon Musk anunciou o encerramento da USAID e os funcionários receberam instruções para ficar fora das instalações da sede em Washington, com 600 a denunciarem ter sido bloqueados do sistema informático.

Musk, Trump e alguns congressistas republicanos têm criticado a USAID - que supervisiona programas humanitários, de desenvolvimento e de segurança em cerca de 120 países - em termos cada vez mais duros, acusando-a de promover causas progressistas. ANG/Lusa

 

      Suécia/ Autor do tiroteio que matou 10 pessoas terá tirado a própria vida

Bissau, 05 fev 25 (ANG)  - O autor do tiroteio que fez 10 mortos na terça-feira num centro de educação de adultos em Örebro, no centro da Suécia, ter-se-á provavelmente suicidado, anunciou hoje a polícia.

"Muitas provas apontam" para suicídio, disse o comandante do distrito policial de Örebro, Roberto Eid Forest, acrescentando que o "suspeito foi encontrado morto" pela polícia durante uma busca no local.

O presumível assassino tinha, segundo a estação local TV4, 35 anos, sendo que a polícia acredita que terá agido sozinho e que não tem ligações a grupos criminosos, tendo também excluído inicialmente ligações a organizações terroristas.

A casa do suspeito, em Örebro - a cerca de 200 quilómetros a oeste de Estocolmo -, foi revistada pela polícia na terça-feira e foi determinado que o atirador tinha licença de porte de arma e não estava registado na polícia.

A escola onde decorreu o tiroteio, designada Campus Risbergska, destina-se a alunos com mais de 20 anos de idade e leciona cursos de ensino primário e secundário, bem como aulas de sueco para imigrantes, formação profissional e programas para pessoas com deficiências intelectuais, segundo a sua plataforma 'online'.

A violência armada nas escolas é muito rara na Suécia. Mas, nos últimos anos, registaram-se vários incidentes com registo de feridos ou mortos com outras armas, como facas ou machados.

O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, lamentou "o pior tiroteio em massa" da história do país, afirmando que se tratou de "violência brutal e mortal contra pessoas completamente inocentes.

"Há de chegar o momento em que saberemos o que aconteceu, como pôde acontecer e que motivos poderão estar por detrás disso. Não especulemos", afirmou Kristersson.

O número total de vítimas e de feridos, bem como o motivo do atirador ainda estão a ser investigados.ANG/Lusa

 

Regiões/Bailo Sabali eleito novo Presidente de Associação de Motoristas de Gabu

Gabu, 05 Fev 25 (ANG) – Bailo Sabali foi eleito, no fim de semana, como novo presidente da Associação dos Motoristas da região de Gabu, leste do país, com mais de 90 por cento de votos à favor, para um mandato de quatro anos.

De acordo com o despacho do correspondente da ANG na região de Gabú, Bailo Sabali (Ex-Vice-Presidente da mesma organização há oito anos), substituiu nas funções  Abubacar Djaló vulgo “Djordon”.  

Bailo Sabali que concorreu sem adversário disse que a sua prioridade vai ser   trabalhar com o Sindicato dos Motoristas na gestão das duas paragens daquela região e  organização das estruturas da associação em todos os setores da região.

Sabali garantiu que fará  tudo para  promover maior organização e entendimento no seio da Associação dos Motoristas de Gabu.

O Secretario Nacional da Federação dos Transportadores da região de Gabu, Izaquiel Domingos recomendou aos responsáveis da nova direção eleita à pagar as contribuições ao Estado e trabalhar sem fazer política partidária ativa, razão que terá estado na origem da realização da assembleia geral antecipada da associação.

“O ex-presidente da Associação dos Motoristas de Gabu, Abubacar Djaló deixou a presidência da associação devido o mal-estar que se instalou entre ele e  a Administração do Comité de Estado local”, referiu.

Izaquiel Domingos disse que o Administrador do sector de Gabu, Mutaro Colubali, contou que as paragens pertencem ao Estado  e que por isso, tinha autorizado que a  gestão das mesmas fossem comum, entre a administração local e Associação dos Motoristas, situação que o presidente demitido da associação, Abubacar Djaló não aceitou.

“Devido à essa polémica decidiu
suspender  a gestão das duas paragens deixando a Associação de Motoristas fora do cenário, o que obviamente não contentou os membros da associação, que decidiram desafiar a posição radical do ex-presidente, através de uma Assembleia Geral”, explicou.  

A eleição de Bailo Sabali decorreu na presença dos membros da Federação Nacional dos Transportadores, da Administração Local e Poder Tradicional da   região de Gabu. ANG/SS/AALS/ÂC//SG

Regiões/FFGB procede a entrega provisória do Estádio Saco Vaz ao Futebol Clube de Canchungo

Canchungo, 05 Fev 25 (NG) – A Federação de Futebol da Guiné-Bissau(FFGB), procedeu , terça-feira, a entrega provisória do Estádio "Saco Vaz" à direção de Futebol Clube de Canchungo.

De acordo com o despacho do correspondente da ANG na região de Cacheu, na ocasião, o Presidente da FFGB Carlos Alberto Teixeira, disse que a entrega provisória do referido Estádio simboliza a preocupação da entidade máxima do futebol guineense para com os associados.

Aquele responsável, sublinhou que durante  duas épocas desportivas passadas, o Futebol Clube de Canchungo
não jogou no Estádio "Saco Vaz"  e que isso o acarretou mais despesas  e desânimo  aos adeptos.

Carlos Teixeira revelou que usou as suas prerrogativas e  influência junto da FIFA para permitir que o Estádio Saco Vaz  seja utilizado antes da entrega oficial, por isso o Futebol Clube de Canchungo vai usar o Estádio de forma restritiva durante os treinos, a porta fechada, e nos jogos oficiais não vai utilizar a nova bancada.

O Presidente da Liga Guineense dos Clubes de Futebol, Dembo Sissé disse estar satisfeito com  a entrega do Estádio ao Futebol Clube de Canchungo, porque vai permitir que seja utilizado por todos os clubes de futebol da região de Cacheu, dependendo do calendário dos jogos.

O responsável de Clubes de Futebol disse ainda que a organização que dirige já agendou o jogo de Futebol Clube de Canchungo e Sport de Bissau e Benfica, no próximo domingo, dia 09 de Fevereiro para o referido estádio.

O vice-presidente do Futebol Clube de Canchungo, Faustino Paulo  Mango prometeu  respeitar as condições restritas impostas pela  FIFA para a utilização do estádio, até a entrega oficial do mesmo.

“Esta entrega  vai permitir  ao clube angariar fundos com jogos que vai realizar no estádio”, disse Mango.

O Estádio "Saco Vaz" está a ser reabilitado com financiamento da FIFA em parceria com o governo guineense, através da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, e beneficiou de obras de instalação de relva sintética e construção de nova bancada.ANG/MI/ÂC//SG   

   EUA/Donald Trump quer controlar a Faixa de Gaza sem palestinianos

Bissau, 05 Fev 25(ANG) – Donald Trump que controlar a Faixa de Gaza, após retirar os palestinianos e realojá-los noutros locais, e não descartou enviar tropas para ajudar na reconstrução de Gaza.

O Hamas rejeitou a ideia de deslocamento forçado, chamando as propostas de Trump de "absurdas" e capazes de "provocar o caos". A Arábia Saudita reafirmou o seu apoio à criação de um Estado palestiniano independente.

Donald Trump propôs que os Estados Unidos da América assumam o controlo da Faixa de Gaza, após a remoção forçada dos palestinianos, sugerindo que sejam realojados noutros locais. A posição do Presidente norte-americano foi revelada em conferência de imprensa, depois do encontro com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca. Trump não descartou a possibilidade de enviar tropas dos EUA para apoiar a reconstrução de Gaza, afirmando que a participação dos Estados Unidos seria de "longo prazo".

Trump defendeu ainda que os palestinianos deslocados em Gaza não devem regressar ao território devastado pela guerra. "Não se pode viver em Gaza neste momento", afirmou. Para o Presidente, a solução passa por encontrar um novo espaço para realojar os palestinianos, sugerindo que devem ser instalados "onde possam ter uma vida bonita", estimando que cerca de 1,7 a 1,8 milhões de palestinianos precisariam ser realojados.

A Faixa de Gaza foi descrita pelo Presidente norte-americano como um "local de demolição", sublinhando que ao ver as fotografias do enclave, chegou à conclusão de que o lugar "é um inferno", onde ninguém pode viver.

Os Estados Unidos vão apoderar-se da Faixa de Gaza. Vamos fazer um bom trabalho ali. Seremos os donos e responsáveis pelo desmantelamento de todas as bombas perigosas, ainda por explodir e de outras armas existentes no local. Nivelaremos o terreno e vamos limpar os edifícios destruídos. Criaremos um desenvolvimento económico que proporcione um número ilimitado de empregos e habitações para a população da zona. Faremos um trabalho a sério! Algo diferente! Não se pode voltar atrás. Se voltarmos vai continar igual ao que tem sido nos últimos 100 anos

A proposta de Donald Trump surge num momento em que o apoio ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, está em declínio em Israel. Muitos israelitas exigem a libertação dos reféns e o fim do conflito, que dura há 15 meses.

O grupo Hamas, que governa a Faixa de Gaza, rejeitou qualquer tentativa de deslocação da população palestiniana. Em resposta às declarações de Donald Trump, que sugeriu que os palestinianos fossem deslocados de Gaza, o movimento acusou o Presidente norte-americano de lançar propostas "absurdas" "ridículas", afirmando que não vai permitir a expulsão dos seus cidadãos.

O dirigente do Hamas, Sami Abu Zuhri, afirmou que as palavras de Trump são uma "receita para criar caos e tensão" na região, considerando-as uma ameaça à paz. O porta-voz do grupo, Izzat Al-Rishq, acrescentou que as declarações reflectem uma "profunda ignorância" sobre a realidade da região, criticando a postura norte-americana como parte do apoio a Israel e uma tentativa de dominação. Para o Hamas, Gaza é uma parte integral da Palestina ocupada e qualquer solução deve passar pela liberdade do povo palestiniano, não pela imposição de soluções externas.

Do lado palestiniano, Mustafa Barghouti, secretário-geral da Iniciativa Nacional Palestiniana, classificou as declarações de Donald Trump como uma violação do direito internacional, e afirmou que as sugestões representam um apelo à "limpeza étnica", um crime de guerra.

A Arábia Saudita reafirmou a sua posição de apoio à criação de um Estado palestiniano independente e a sua recusa em normalizar relações com Israel sem garantir este direito aos palestinianos.

A França também se opõe a "qualquer deslocamento forçado da população palestiniana de Gaza", considerando-o "uma violação grave do direito internacional". Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, afirmou que a França continua a defender uma solução de dois Estados, que considera a única forma de garantir a paz e segurança a longo prazo para israelitas e palestinianos. A França defende que o futuro de Gaza deve estar ligado à criação de um Estado palestiniano, sob a liderança da Autoridade Palestiniana, com o desarmamento do grupo Hamas e sem o envolvimento do grupo na governança do território.ANG/RFI

             RDC/ M23 anuncia cessar-fogo por "razões humanitárias"

Bissau, 05 Fev 25 (ANG) – O grupo M23, apoiado pelo Ruanda, anunciou um cessar-fogo por "razões humanitárias", após  combates, desde dia 26 de Janeiro, e que  tiraram a vida a centenas de pessoas e obrigaram milhares a deslocarem-se.

O anúncio do M23 acontece a poucos dias de uma cimeira na Tanzânia, onde os líderes regionais se vão reunir para tentar acabar com este conflito no leste da República Democrática do Congo (RDC).

A República Democrática do Congo enfrenta um conflito armado, sobretudo na região leste do país, nomeadamente no norte e sul Kivu, onde o grupo M23 tem avançado e controlado áreas estratégicas, incluindo a cidade de Goma. Este grupo, composto predominantemente por tutsis congoleses e com o apoio de Ruanda, tem sido uma peça central no conflito armado, que tem resultado em centenas de mortos e milhares de feridos. As Nações Unidas alertam que o número de vítimas pode ser maior, com centenas de milhares de pessoas forçadas a fugir dos combates.

O M23 anunciou esta terça-feira, 4 de Fevereiro, um cessar-fogo, que entrará em vigor a partir de hoje, justificando “razões humanitárias”. Segundo a liderança do grupo, a trégua pretende aliviar a crise humanitária que se agrava com os intensos combates. O M23 acusou o exército congolês de bombardear áreas que estão sob o seu controlo, o que, segundo o grupo M23, teria agravado a situação para os civis.

Este cessar-fogo é incerto, uma vez que não houve confirmação se o governo da RDC de Félix Tshisekedi iria respeitar as tréguas. As tensões têm vindo a crescer nos últimos dias entre o governo congolês e o M23, que é acusado de tentar desestabilizar a região. O M23 reiterou que o objectivo não é expandir o controlo para Bukavu, cidade chave na região, mas proteger a população tutsi, que, segundo o grupo, tem sido alvo de ataques sistemáticos.

O anúncio do cessar-fogo acontece a faltarem poucos dias de uma cimeira crucial na Tanzânia, onde líderes da Comunidade da África Oriental (EAC) e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) se vão reunir para tentar encontrar uma solução para o conflito. A reunião, que acontece na sexta-feira e sábado, 7 e 8 de Fevereiro será um momento para alinhar as abordagens das duas organizações regionais. A EAC defende negociações directas entre o governo congolês e o M23, enquanto a SADC, que apoia o governo de Kinshasa, exige a retirada das forças do Ruanda do território congolês, uma condição fundamental para o fim das hostilidades.

A presença do presidente ruandês, Paul Kagame, está confirmada, e a participação de Félix Tshisekedi ainda é incerta, já que ele ainda não anunciou se estará presente fisicamente ou participará remotamente. A cimeira  é vista como um passo importante no esforço diplomático para evitar a escalada do conflito.ANG/RFI

Costa do Marfim/ Uso da Inteligência Artificial na educação em África oferece oportunidades apesar dos desafios

Bissau, 05 Fev 25 (ANG)  – A inteligência artificial (IA) está gradualmente se estabelecendo no cenário educacional africano, oferecendo oportunidades sem precedentes, apesar dos desafios persistentes relacionados à infraestrutura e aos preconceitos tecnológicos, de acordo com uma publicação feita pela ONU, terça-feira, 4 de fevereiro de 2025.

Graças ao surgimento de ferramentas digitais acessíveis, vários países do continente estão explorando a IA para melhorar o aprendizado. Na Costa do Marfim, a Ministra da Educação Nacional e Alfabetização, Mariatou Koné, enfatizou que a IA está integrada às reformas do sistema educacional.

"Implementamos iniciativas para conscientizar sobre a IA e seu potencial educacional, ao mesmo tempo em que garantimos a proteção de dados pessoais", disse ela.

Na República Democrática do Congo (RDC), onde os desafios tecnológicos são ainda mais pronunciados, os professores percebem a IA por meio de seu impacto social e na mídia. “Nós educamos nossos alunos a reconhecer informações falsas e imagens manipuladas pela IA”, diz Benjamin Sivanzire, um professor em Beni.

No entanto, a IA continua amplamente desenvolvida fora do continente, particularmente no Vale do Silício (na Califórnia), onde os preconceitos algorítmicos geram preocupações. A ONU está pedindo maior participação dos africanos na criação de ferramentas de IA para que elas sejam adaptadas às realidades locais.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) também incentiva uma abordagem ética e inclusiva à IA na educação, com estruturas de competências para orientar professores e alunos. Embora os governos africanos estejam comprometidos em adotar estratégias nacionais de IA, o desafio continua sendo garantir acesso equitativo às tecnologias e treinar os futuros talentos que moldarão uma inteligência artificial verdadeiramente africana.

Em 2021, os Estados-membros da UNESCO adotaram o primeiro padrão global sobre ética em IA, definindo valores e princípios comuns que orientam a construção da infraestrutura jurídica necessária para garantir o desenvolvimento saudável desta tecnologia.

Em 2024, a UNESCO publicou estruturas de competências para estudantes e professores para orientá-los sobre o uso e o uso indevido da IA ​​na sala de aula. ANG/FAAPA

 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Dia Mundial de Cancro/Enfermeira Gineco-Obstetrícia apela intervenção do Governo para evacuação de doentes com cancro

Bissau, 04 Fev 25 (ANG) – A Enfermeira Chefe dos serviços da Gineco-Obstetrícia do Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM), apelou hoje ao Governo  a usar a sua  influência junto da Embaixada de Portugal para facilitar a evacuação rápida  de doentes com cancros para Portugal.

Em entrevista exclusiva ,hoje, à Agência de Notícias da Guiné (ANG),  em que se assinala o “Dia Mundial de Luta contra o Cancro”, Maria Antonieta Cabral Barbosa disse haver muita demora na emissão de vistos para evacuação de doentes portadores de diferentes tipos de cancro para Portugal.

 “Apelo ainda ao Governo a trabalhar no sentido de criar programas radiofónicas e teatral, para fazer com que os cidadãos possam ter a noção sobre os riscos dessa doença  para a vida humana, e peço também ao Governo que reforce os trabalhos de extinção das práticas nefasta, porque o uso de planta medicinal denominada de “tababá”, é uma porta de entrada para essa doença na camada feminina”, disse a Enfermeira Chefe.

Segundo Maria Barbosa, pacientes com cancro tem aumentado significativamente no país, sobretudo entre a camada feminina.

De acordo com aquela profissional da saúde, existem vários tipos de cancro, mas nos últimos anos, o cancro de útero, que só afeta as mulheres, tem subido drasticamente, devido a falta de controlo das raparigas.

“O cancro é uma doença que pode ser adquirida tanto pelo homem e assim como pela mulher, e para evitá-lo, temos que manter a higiene corporal, evitar ter vários parceiros sexuais, o consumo abusivo de  álcool e cigarro, manter o controlo médico, pelo menos de seis em seis meses, e não se esquecer que a boa alimentação ajuda-nos a evitar da doença”, disse Maria Antónia Cabral Barbosa.

Anteriormente, diz a Enfermeira, as mais afetadas por essa doença eram pessoas com mais de 50 anos. “No contexto actual,  jovens de 30 anos representam os maiores portadores da doença, sobretudo as meninas”, disse.

ANG/LLA/ÂC//SG