Defesa e Segurança/PR guineense diz ser inaceitável haver "mais oficiais" que soldados
Bissau,04 Nov 24(ANG) - O Presidente da República Umaro Sissoco Embaló, disse que o país "tem mais oficiais" nas forças de defesa e segurança "do que soldados", uma situação que considerou ser inaceitável perante esforços de desenvolvimento do país.
O
chefe de Estado falava no Domingo aos
jornalistas à margem de uma visita e almoço com os oficiais do Ministério do
Interior, em Bissau.
"Hoje
temos mais oficiais que soldados. Como é que isso é possível", questionou
Umaro Sissoco Embaló, que disse estar a combater aquela realidade no sentido de
a mudar.
O
chefe de Estado afirmou que o país conheceu vários Presidentes da República
desde o fim do conflito político-militar de 1998/99, mas que nenhum "teve
a coragem de atacar o problema", que diz agora enfrentar por ter sido
oriundo das Forças Armadas.
Embaló
cumpriu o Serviço Militar Obrigatório .
O
Presidente guineense disse ser necessário um diálogo para mudar aquele
paradigma, ao mesmo tempo que é preciso encorajar os cidadãos a retomarem a
confiança no país.
Sissoco
Embaló afirmou que a diáspora guineense "é a mais perdida", onde,
disse, existem cidadãos que "falam mal do país".
O
Presidente observou ainda que guineenses, sobretudo os que vivem na diáspora,
"insultam as autoridades", mas avisou que vai se manter no poder
"até dois mil e trinta e tal", enquanto o poder for conquistado
através do voto do povo, notou.
"Enquanto
eu for Presidente, nem o chefe do Estado-Maior (das Forças Armadas) será
assassinado, nem chefes dos ramos (das Forças Armadas) serão assassinados. Quem
duvidar que tente, haverá consequência", sublinhou, referindo-se a
eventuais golpes de Estado.
O
chefe de Estado defendeu que "as pessoas sabem hoje qual é a correlação de
forças" que existe no país, onde, frisou, deve existir ordem e disciplina
"Existe
só um chefe neste país", afirmou, referindo-se a si próprio.
O
chefe de Estado guineense disse ter ficado "agradavelmente
surpreendido" ao constatar que existem no Ministério do Interior cinco
jovens acabados de chegar ao país após se formarem na Escola Superior da
Polícia de Segurança Pública (PSP) em Portugal.
"Devem ser aproveitados como professores até nas nossas universidades, têm condições para lá lecionarem. Quando fizermos um recrutamento de novos polícias essa gente poderá capacitar os novos polícias", observou Sissoco Embaló. ANG/Lusa
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