Golpe de Estado/ CEDEAO condena e cria Comissão de Mediação da crise na Guiné-Bissau
Bissau, 28 Nov 25(ANG) - A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) condenou, quinta-feira, de forma veemente, o golpe de Estado ocorrido na Guiné-Bissau, na véspera da proclamação dos resultados eleitorais.
A posição foi assumida durante a Cimeira Extraordinária do Conselho de Mediação e Segurança a Nível dos Chefes de Estado e de Governo, realizada por videoconferência.
A organização sub-regional condenou o golpe de Estado perpetrado em 26 de Novembro e apela a restauração incondicional e imediata da ordem constitucional e rejeita quaisquer acordo que suspende, ilegalmente, do processo democrático e a subversão da vontade do povo da Guiné-Bissau.
A CEDEAO exige que os líderes do golpe respeitem a vontade do povo e permitam que a Comissão Nacional de Eleições proceda a declaração dos resultados das eleições de 23 de Novembro de 2025.
Instou as Forças Armadas da Guiné-Bissau a regressarem aos quartéis e a mantiverem o seu papel constitucional.
A CEDEAO apelou à restauração imediata da ordem constitucional e ao respeito integral pelo processo eleitoral guineense.
A organização instou ainda as novas autoridades a libertarem todos os líderes políticos e altos funcionários que permanecem detidos, sublinhando a necessidade de salvaguardar a paz, a democracia e o Estado de Direito no país.
A CEDEAO decide que, em conformidade com as disposições do protocolo da organização sobre a Democracia e Boa Governação número 2001 (A/SP/12/10), suspender a Guiné-Bissau de todas as instâncias decisórias da CEDEAO até que a ordem constitucional plena e efetiva no país seja restabelecida.
Segundo a declaração final, a CEDEAO criou uma Comissão de Mediação para acompanhar a crise, composta pelo Presidente da CEDEAO e Chefe de Estado da Serra Leoa, e pelos Chefes de Estado de Cabo Verde, Senegal e Togo, além do Presidente da Comissão da organização.
As autoridades do Senegal confirmaram, em comunicado, a receção em Dacar do ex-presidente, Umaro Sissoco Embaló.
Em Bissau, o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, segundo Dinísio Pereira, dirigente do PAIGC, ainda se encontra detido, contrariamente as informações segundo as quais Simões Pereira terá sido posto em liberdade.
ANG/ÂC//SG

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